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Corinthians acerta acordo com atletas na Justiça; clube precisa arcar com R$ 3 milhões

  • Por Maria Beatriz de Teves / Redação da Central do Timão

O Corinthians entrou em um acordo com a Justiça do Trabalho para pagar dívida relacionada ao atleta Renê Júnior. Segundo o Globo Esporte, o Timão aceitou arcar com R$ 2,6 milhões ao volante até setembro de 2024.

Do valor em questão, o clube do Parque São Jorge deverá acertar R$ R$ 635 mil, que são referentes ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), até o fim deste ano. O restante, R$ 1,96 milhão, será pago em 39 parcelas mensais. O Timão ainda pagará R$ 200 mil em honorários advocatícios.

O volante, contratado em 2018 e dispensado pelo Corinthians ao fim de seu contrato em dezembro de 2020, acionou o clube na Justiça, onde pediu parte de salários não recebidos no período em que esteve cedido ao Coritiba e 29 contas de FGTS não depositados. Além desses direitos, também alega assédio moral e falta de seguro em seu nome, como manda a Lei Pelé.

Foto: © Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

Além de Renê Júnior, o Corinthians alcançou um acordo com o volante Paulo Roberto. No ano passado, o atleta, que atualmente defende as cores do Paysandu, acionou o Alvinegro na Justiça cobrando R$ 1,25 milhão, alegando um mês de salário atrasado, direitos de imagem, um ano de FGTS, o 13º salário de 2019, o terço das férias de 2019, além de multas da CLT e honorários.

No acordo estabelecido com o Mosqueteiro, o atleta concordou receber R$ 485 mil. O montante, assim como o de Renê Júnior, será parcelado, mas desta vez em 24 parcelas até maio de 2023. Até o fim deste ano, no entanto, o Timão terá que pagar R$ 147 mil de FGTS.

Somando os dois acordos, o Corinthians terá que desembolsar cerca de R$ 3 milhões. Recentemente, vale lembrar, o clube também alcançou acordos na Justiça do Trabalho com Léo Príncipe, Bruno Paulo, Giuseppe Dioguardi (ex-agente de Claudinho) e Sidcley.

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Em entrevista ao jornal O Globo, o mandatário da Construtora Odebrecht citou a Arena Corinthians como uma das causas da circunstância atual da empresa, que se encontra em grave estado financeiro. Recentemente, a Caixa Econômica Federal, credora de compromissos da empresa, chegou a pedir na Justiça a sua falência, visando obter de forma mais rápida o pagamento dos débitos em aberto.

“O estádio do Itaquerão foi uma dessas missões em que perdemos muito dinheiro”, afirmou Marcelo.

Na oportunidade, falou, ainda, sobre estratégias erradas na expansão das atividades econômicas.

“A maior parte do nosso crescimento e diversificação era sustentável: a internacionalização da companhia que vinha desde os anos 1980, a Braskem, óleo e gás… Mas nos aventuramos no setor de etanol a pedido do governo, e tivemos muito prejuízo, assim como no estaleiro na Bahia.”

As declarações do mandatário causam estranheza, tendo em vista os valores já pagos e os ainda a serem pagos pela Arena Corinthians. No dia  25 de julho deste ano, foi publicado, no Diário Oficial do Município de São Paulo, um Despacho Autorizatório municipal que repassou CIDs da Arena Corinthians (Arena Fundo de Investimento Imobiliário – FII)  para a Construtora Odebrecht.

Imagem extraída do Diário Oficial do Município de São Paulo (25/07/2019)

Outro ponto importante são as tratativas entre a empresa e o Corinthians para solucionar o pagamento da dívida, algo confirmando publicamente por ambas as partes. O Timão, inclusive, deseja abater do valor devido parte das obras, na sua grande maiorias da classe “perfumarias”, não entregues pela construtora.

Foto: Bruno Trolo

Assim, tudo indica que a Arena Corinthians, embora em descompasso com o planejamento inicial das partes, vai adimplir seu débito junto à Odebrecht. Ou seja, a perspectiva futura é de pagamento da dívida e não do calote, como faz parecer por meio da declaração dada.

Quanto ao débito com a Caixa Econômica Federal, o clube também está em processo de formalização de acordo, sendo que o processo de execução ajuizado pelo banco está suspenso, aguardando a finalização do ajuste entre as partes. O Timão deseja ter prestações menores do que as atualmente tem o dever de pagar, em no mínimo alguns meses do ano.

A Arena Corinthians é uma das únicas praças esportivas construídas para a Copa do Mundo de 2014 que tem buscado adimplir seu débito, tendo, inclusive, já pago mais de R$ 120 milhões de reais.

Por Redação Central do Timão