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“Totalmente espontâneo”: torcedor comenta abraço de Paulinho em jogo histórico da Libertadores

A Central do Timão conversou com um dos personagens de Corinthians e Vasco pela Libertadores de 2012

Em tempos de coronavírus, precisamos dar uma pausa nos abraços. E também nos jogos de futebol, que não ocorrem há mais de 50 dias. Porém, podemos nos lembrar de momentos históricos. E o de hoje, mistura os dois: abraço e jogo. Há exatos oito anos, o Corinthians enfrentava o Vasco por um dos jogos mais difíceis da Libertadores.

Após a defesa ‘milagrosa’ de Cássio, o 0x0 levava a partida para os penais. Entretanto, aos 42 minutos do segundo tempo, Paulinho subiu mais alto e cabeceou firme sem dar chances para Prass. Na comemoração do gol que levava o time às semifinais, o volante abraçou um torcedor no alambrado do Pacaembu.

Foto: Hélio Suenaga/Getty Images

A Central do Timão encontrou o dono do abraço, que relembra o jogo:

Lucas Perassollo Vieira, 36 anos, morador da Zona Leste, São Paulo, próximo do Corinthians. Pai santista, tios palmeirenses, avó são-paulina. Porém, por influência dos amigos, acabou virando corinthiano. Começou a ir aos estádios por volta dos 15 anos de idade.

Foto: arquivo pessoal

Central do Timão: Você costumava frequentar os estádios naquela época?

Lucas: tinha dado uma pausada, né, mais velho. Teve a Libertadores, os jogos no Pacaembu. Daí minha mãe trabalha na Secretaria de Esportes, então eu consegui arrumar ingresso para assistir os jogos. Daí eu voltei a ir nessa Libertadores. O Corinthians sempre esteve presente, umas vezes mais intensamente, outras menos.

CdT: Como foi a ida ao Pacaembu naquele dia?

Lucas: eu estava com uns amigos e a gente ia fazer um churrasco antes do jogo. Chegamos lá por volta de umas duas, três da tarde. Ficamos lá até a hora do jogo. Daí eu fui pra numerada e o restante da galera estava em outro setor.

CdT: Como estava o clima do estádio? A torcida estava confiante?

Lucas: ah, eu tava lá desde as duas horas. Pra mim tudo era festa. Mas a maioria dos torcedores que você olhava, sim. Torcida do Corinthians é f… Torcida do Corinthians acredita até o último minuto, até o último segundo. Então, tava com aquele clima de confiança. Mas depois daquele lance do Diego Souza, ficou um pouco tenso. Foi uma das poucas vezes que eu vi o estádio em silêncio. Ainda mais com a torcida do Corinthians, que grita o jogo inteiro, até mesmo perdendo. Foi um momento raro de se ver.

Foto: Hélio Suenaga/Getty Images

CdT: Como surgiu a ideia de dar o abraço no Paulinho?

Lucas: na verdade, foi bem espontâneo mesmo, esse momento. Eu desci da numerada pra ir no banheiro químico. Saí, tava até anunciando o público pagante. Era escanteio pro Corinthians, nem tava prestando atenção no lance, tava voltando para o local onde eu estava. Na verdade, eu nem vi o gol. Vi que explodiu a massa: gol. Àquela altura do campeonato né, 40 e poucos minutos. Daí subi no alambrado, na parte que eu tava mesmo, perto. Gritei e tal. E desci. No que eu tava voltando pro meu lugar e dei uma olhada pra trás, eu vi o Paulinho vindo. Daí eu voltei, subi, espontaneamente mesmo, subi. Rolou a cena aí, natural. Nunca tinha feito isso, nem tentado fazer outras vezes.

CdT: Para você, como foi ver as imagens circulando tanto na TV e na internet?

Lucas: eu achei que nem ia repercutir tanto assim, nem dei conta da repercussão. Eu voltei com um amigo de carona, paramos em um local. Nisso, a gente assistindo ao jornal da Globo, aí apareceu na TV. Meu amigo não tava acreditando que tinha sido eu. Cheguei em casa, já tinha mensagens, fotos, galera me marcando. Recebi alguns telefonemas de amigos. Dormi, tranquilo. Só que no dia seguinte, Facebook era notificação atrás de notificação, gente pedindo para me seguir. Na verdade, acontece até hoje.

CdT: Você encontrou o Paulinho outras vezes?

Lucas: além das matérias que a gente fez, eu encontrei com ele algumas vezes. No lançamento do filme, o Libertados, eu encontrei com ele. Aí teve uma vez que eu fui na casa dos pais dele, esse final de ano aí, ganhei até uma camiseta do clube que ele tá na China. Ele é uma pessoa humilde, conversa, dá atenção.

Foto: arquivo pessoal

CdT: Você continua frequentando os jogos do Corinthians?

Lucas: faz tempo que eu não vou para o estádio Assisto os jogos mais pela TV. Casado, dois filhos, é outra situação. Não tenho mais aquele ímpeto de ir pra todos os jogos. Ainda nunca fui na Arena, assistir um jogo. Tenho muita vontade de conhecer lá. Gostaria até de levar meus filhos também.

Por: Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão

BLOG DO MARCELO TIMÃO: Prorrogação – COR 1 x 0 VAS

Adversário fraco, jogando mal. Mas com 3 pontos e G-4

Imagem Reprodução

Domingão cedo, 11 horas, 37 mil pagantes após uma eliminação. Não tem pra ninguém. A Fiel é foda. E ela merecia sair da Arena feliz, com uma vitória. Mas poderia ser, pelo fraco adversário, um jogo mais vistoso e de mais gols do Timão. Mas o bom jogo não veio. Principalmente no primeiro tempo.

Com Ramiro e Sornoza fazendo o meio campo o time ficou lento e sem criatividade, muito menos agressividade. O Vasco não levava perigo, mesmo com contribuições frequentes de Manoel, em partida muito fraca. Pelo menos Carille tentou mudar sem alterações, colocando Ramiro pela direita e centralizando Pedrinho. Mas nada surtia efeito, a não ser uma ou outra tentativa de Pedrinho.

Clayson em ma fase (e de cadeira cativa) e todo time, inclusive Boselli, erravam passes de dois metros. Até lateral, Avelar conseguiu errar. Zero a zero que a Fiel não merecia.

No segundo tempo, Carille volta com Jadson na vaga de Ramiro. Mesmo muito abaixo técnica e fisicamente, Jadson é acima da média. Não que tenha feito uma boa partida, mas ele tem facilidade em se posicionar no campo. Logo de cara já criava perigo num cruzamento pela direita, cortado pela zaga vascaína. E ajudou o time a ser mais presente perto da área adversária. Pedrinho tentava criar as principais jogadas. Mas antes do nosso gol, o Vasco teve gol anulado pelo VAR, numa falta infantil de Manoel. Susto que logo após, revertemos com o belo gol de fora da área de Ralf.

Ralf. Um jogador diferente. Não fazia um bom primeiro tempo, errando passes simples, mas reverteu no segundo tempo com desarmes precisos e decidindo o jogo. Como o gol saiu cedo, o Vasco teve que se abrir. Mas sem qualidade para incomodar. Só nas bolas paradas. Vital já tinha entrado na vaga de Sornoza, mas com todo espaço do mundo, nossos meias e atacantes eram inofensivos. Deixaram de matar o jogo. E toda vez e qualquer time deixa de matar o jogo, vai passar por riscos e pressão. E eles vieram. O Vasco se atirou e teve as bolas altas. Nada perigoso, até um vacilo da defesa, onde Clayton saiu na cara de Cássio, que para presentear a fiel, fez uma defesaça no fim do jogo, impedindo novo tropeço e lembrando que ele erra às vezes, mas muitas vezes nos salva também. Depois de 13 minutos de acréscimos e sofrimento, o sorriso pelos 3 pontos deixaram o domingo da Fiel mais ensolarado. G-4, com um jogo a menos, pondendo empatar com Santos em 3º em pontos.

Que venha a Chapecoense e mais uma vitória . Jogar todos jogos com uma decisão.

#VaiCorinthians

Prêmios Sócrates (melhor do jogo): Ralf
Zé Maria (Melhor da raça): Ralf
Basílio (Herói do jogo): Cássio 
Iran (Pior do jogo): Manoel
Arce (gol perdido) : Avelar
Pato (morto): Clayson

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