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CORI recomenda reprovação das contas de 2024 do Corinthians e aponta gestão temerária

  • Por Larissa Beppler | Redação da Central do Timão

Nesta segunda-feira, 28, o Conselho de Orientação (CORI) e o Conselho Deliberativo (CD) do Corinthians se reuniram para deliberar sobre o balanço financeiro do exercício de 2024, o primeiro da gestão de Augusto Melo. Seguindo o entendimento do Conselho Fiscal, o CORI também recomendou, por ampla maioria, a reprovação das contas. 

O parecer, aprovado com 16 votos favoráveis à rejeição e apenas um contrário, aponta uma série de irregularidades, omissões e problemas considerados graves, a ponto de caracterizar gestão temerária, com risco de responsabilização civil e penal dos dirigentes conforme a nova Lei Geral do Esporte. 

Em sua decisão, o CORI afirmou que a reprovação das contas é necessária para preservar a integridade do Corinthians perante órgãos de controle, como o Profut, além de resguardar os próprios membros do Conselho Deliberativo de eventuais responsabilizações futuras. A votação do CD, iniciada às 19h, ainda está em andamento. No relatório encaminhado aos conselheiros, o órgão detalha os principais pontos que embasam a recomendação pela reprovação, entre eles:

Atrasos e falhas na entrega de documentos

O CORI criticou o atraso na entrega das demonstrações financeiras e do relatório dos auditores independentes, que só ocorreram dias antes da análise final, dificultando o trabalho de fiscalização. O órgão também destacou que as mudanças no formato das apresentações, como a ausência de comparativos entre valores orçados e realizados, dificultaram a análise do balanço.

Ausência de balancetes e falta de respostas

O Conselho também apontou a ausência de divulgação dos balancetes mensais, violando o estatuto social do clube, e a falta de resposta a diversos ofícios com pedidos de explicações e documentos. Um exemplo é a ausência de faturas de cartão de crédito corporativo, já solicitadas pelo órgão na análise semestral do ano passado.  

Como exemplo, citamos falta de apresentação das faturas de cartão de crédito que somaram inicialmente mais de R$ 2,8 milhões até junho de 2024 e posteriormente R$ 4,8 milhões, com divergências não discriminadas até os dias atuais”, diz trecho do documento. 

Ausência de revisão orçamentária 

De acordo com o colegiado, a ausência de revisão orçamentária não apenas compromete as análises de direcionamento do clube, como também configura infração ao artigo 120, parágrafo único, do estatuto do Corinthians.

Aumento do passivo total do clube em R$ 829 milhões

Segundo o Cori, o passivo total do clube cresceu R$ 829 milhões em relação a 2023, número considerado alarmante. “Constatamos o aumento do total do passivo em R$ 829 milhões, comparado ao exercício de 2023 número de grande relevância em quaisquer comparações percentuais e mesmo comparado com aumento total do Ativo, o Passivo cresceu mais de R$ 300 milhões”, pontuou o órgão. 

Divergências contábeis e contratações irregulares

Também foram relatadas divergências entre saldos de controle gerencial e os registros contábeis, contratações sem contratos formais — como o caso da empresa Workserv, que recebe mais de R$ 346 mil mensais — e o descumprimento de recomendações do compliance interno, ignorando alertas de risco.

Neo Química Arena e campanha Doe Arena Corinthians 

A ausência de consolidação contábil entre o clube e a Neo Química Arena foi duramente criticada pelo CORI. Segundo o documento, a não divulgação das demonstrações de forma consolidada está em desconformidade com o CPC 36 e impede a adequada visualização dos efeitos numéricos resultantes dessa consolidação, que podem envolver aspectos de grande relevância.

Além disso, os valores arrecadados por torcedores para a quitação da Arena foram contabilizados como receitas do clube, prática considerada inadequada e já alertada pelo CORI em dezembro, antes da aprovação da previsão orçamentária pelo Conselho Deliberativo. Na época, o então diretor Pedro Silveira havia concordado em excluir a campanha de arrecadação do orçamento. No entanto, os números voltaram a aparecer no balanço financeiro posteriormente entregue aos órgãos de fiscalização.

Contrato de Memphis Depay e patrocínios questionáveis

O CORI também destacou a falta de apresentação do contrato do jogador Memphis Depay e a ausência de providências legais em casos envolvendo patrocinadores como PixBet e VaideBet. A saída da PixBet, por exemplo, gerou uma multa de R$ 40 milhões, além de R$ 4 milhões em honorários advocatícios, sem contestação judicial. 

Ainda no sentido deste tipo de patrocínio, no caso da VaideBet não nos foi devidamente explicado o motivo de nenhuma medida judicial ter sido tomada até a presente data”, afirmou o órgão. Vale ressaltar que o presidente Augusto Melo é alvo de investigação no inquérito que apura o caso.

Uso não esclarecido de recursos

Outro ponto salientado foi a ausência de prestação de contas sobre os R$ 150 milhões captados junto à XP Investimentos, com garantia de receitas futuras da Liga Forte União (LFU). O não esclarecimento sobre o uso desses recursos, segundo o órgão, comprometeu ainda mais a transparência da gestão.

Descumprimento do PROFUT e riscos à regularidade fiscal

O déficit financeiro de 19,4% do clube em 2024, muito próximo do limite de 20% estabelecido pela Lei 13.155/15 (Profut), acendeu alerta máximo no CORI.

Ainda em relação ao PROFUT alertamos que nos termos do art. 4º, inciso V, alínea “b” da lei 13.155/15 para que a entidade se mantenha no PROFUT é exigida a redução do déficit para 5% da sua receita bruta apurada no ano anterior, no entanto, tal regra legal foi descumprida no exercício de 2024 tendo em vista a prestação de déficit face a superávit dos exercícios anteriores”, destacou o órgão.

Esses números demonstram que o controle de despesas ou de endividamento não foi uma preocupação prioritária da Diretoria do clube, despesas financeiras elevadas com aumento de mais de R$ 120 milhões bem como despesas operacionais com futebol com aumento de mais de R$ 80 milhões”, completou. 

Ajustes Gerenciais 

Em relação às alegações da diretoria sobre possíveis contingências herdadas de gestões anteriores, que somam R$ 191,2 milhões, o CORI destacou que não foram apresentados documentos comprobatórios, como composições de saldo, extratos de órgãos reguladores, cartas de circularização de advogados ou controles de auditoria, apesar de tais informações terem sido solicitadas em reuniões e por ofício até o dia 24 de abril.

A não entrega das cartas de advogados contendo a classificação dos processos com probabilidade de perda como provável, possível ou remota dos exercícios de 2023 e 2024 nos impede de realizar comparativos, orientações ou até mesmo conferência da alegada possibilidade de erro de classificação no exercício anterior.”

Conclusão: gestão temerária e recomendação ao Ministério Público

Com base nesses apontamentos, o CORI recomendou que o relatório seja enviado ao Ministério Público para apuração de responsabilidades, citando artigos da nova Lei Geral do Esporte que tratam de gestão irregular e temerária, e recomendou a reprovação das contas ao Conselho Deliberativo do clube.

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CORI responde nota oficial do Corinthians e esclarece atuação na apuração de denúncias

  • Por Larissa Beppler | Redação da Central do Timão

O Conselho de Orientação (CORI) do Corinthians publicou uma nota oficial nesta segunda-feira, 7, em resposta à diretoria do clube, esclarecendo sua atuação em meio a denúncias envolvendo o programa Fiel Torcedor e a entrega parcial das demonstrações financeiras do clube.

Segundo o CORI, a reunião extraordinária realizada na última quinta-feira, 3, foi motivada por uma série de denúncias relacionadas ao programa Fiel Torcedor, além do descumprimento de prazos previamente estabelecidos para a entrega das demonstrações financeiras completas de 2024, acompanhadas do parecer da auditoria independente — conforme noticiado pela Central do Timão na última sexta-feira, 4. Clique AQUI para ler.

O Conselho afirma que, em vez das demonstrações financeiras completas, recebeu apenas versões preliminares dos documentos no dia 31 de março, às 18h48, por e-mail enviado pelo diretor financeiro Pedro Silveira, contrariando o que havia sido combinado com a diretoria em reunião realizada em 10 de março, e ressalta que a tentativa da gestão de envolver o órgão na tomada de decisões sobre lançamentos contábeis poderia comprometer sua imparcialidade e a independência de sua função fiscalizadora.

O CORI também destaca que, apesar de não necessitar de autorização da diretoria para se reunir, comunicou a realização da reunião extraordinária à secretária da presidência na quarta-feira, 2, formalizando o aviso na manhã de quinta-feira, por e-mail. Conforme prevê o Art. 90, §3° do estatuto do clube, o presidente da diretoria tem assento nas reuniões do CORI, salvo nas sessões secretas, com a finalidade de prestar informações e relatar o desempenho das atividades, ainda que sem direito a voto. Contudo, o presidente Augusto Melo optou por responder à mensagem, solicitando esclarecimentos sobre a pauta e colocando membros da diretoria e da administração à disposição.

Em relação aos resultados financeiros divulgados pela diretoria, o CORI informou que se manifestará oficialmente apenas após a conclusão e análise das demonstrações completas, uma vez que ainda podem ocorrer ajustes relevantes. Também aguarda informações detalhadas sobre operações como a realização de RCE e outras medidas para emitir posicionamento.

Por fim, o CORI lamentou a exposição pública de “enfrentamento a um órgão institucional” e reforçou que atua com imparcialidade, sempre buscando o melhor para o clube com base em suas atribuições estatutárias.

Durante a reunião extraordinária, os membros do CORI ouviram ex-colaboradores e atuais funcionários do clube sobre as denúncias envolvendo o programa Fiel Torcedor e a implantação do sistema de reconhecimento facial na Neo Química Arena. A Central do Timão apurou que, após o encontro, o Conselho encaminhou um ofício à diretoria solicitando a apresentação do RFP (Request for Proposal) das empresas interessadas em negociar com o clube, e recomendou que nenhum contrato ou distrato com essas empresas fosse assinado antes de sua análise, com o objetivo de evitar possíveis prejuízos financeiros à instituição, em razão das altas multas previstas nos acordos.

Confira a nota do CORI na íntegra:

Esclarecimento sobre a nota oficial do clube em relação aos trabalhos do CORI – Conselho de Orientação e Fiscalização do Sport Club Corinthians Paulista.

Inicialmente cabe esclarecer que o CORI é órgão independente e não necessita de autorização da Diretoria para realização de reunião, porém tendo em vista o recebimento de diversas denúncias relativas ao programa fiel torcedor, o colegiado de orientação e fiscalização, resolveu reunir-se de forma extraordinária para tratar desse assunto e das demonstrações financeiras que deveriam ter sido disponibilizadas juntamente com o parecer dos auditores independentes em 31.03.2025, como aprazado em conjunto com a Diretoria em reunião realizada na data de 10/03/2025, preservando o jogo de volta da pré-libertadores e os dois jogos da final do campeonato Paulista, deliberação essa não cumprida pois foi entregue apenas com prévias desses documentos.

Cabe mencionar que tais prévias nos foram encaminhadas por correio eletrônico no dia 31.03.2025 as 18:48h pelo Diretor Financeiro solicitando inclusive reunião para tomada de decisão de lançamentos contábeis, fato esse deliberado pelo CORI nessa mesma data como conflitante com a atribuição Fiscalizadora deste órgão, podendo causar nossa perda de imparcialidade e independência, nos termos da legislação interna.

Tendo em vista tais circunstâncias o CORI resolveu realizar a reunião extraordinária no dia 03/04/2025 encaminhando aviso a secretária do Presidente na própria quarta-feira, formalizando o mesmo na quinta-feira pela manhã via correio eletrônico também à secretária do Presidente, sendo este respondido no próprio corpo do correio eletrônico com assinatura do Presidente Augusto, o qual solicitou esclarecimentos sobre a reunião e colocando membros da Diretoria e Administração à disposição. Importante registrar que não recebemos ofício da Diretoria Jurídica como mencionado em nota do clube.

Cabe por bem salientar que dado início a apuração das denúncias ouvido o ex-colaborador Marcelo Munhoes e os colaboradores Sr. Lucio da arena e Vinicius do marketing esse órgão com a presença de seus membros por seu secretário encaminhou mensagem durante a própria sessão as 22:55h solicitando maiores esclarecimentos justamente para que possa ter elementos de orientação à Diretoria.

Como é de conhecimento público, cabe ao Conselho Fiscal responder o descrito em tal nota tendo em vista sua autonomia.

Em relação aos números divulgados pela Diretoria nessa mesma nota, nos resguardamos ao Direito de emissão de opinião apenas quando do fechamento das Demonstrações Financeiras, tendo em vista a possibilidade de ajustes relevantes como já mencionado no corpo do correio eletrônico encaminhado pelo Diretor Financeiro.

Outrossim no que tange a realização de RCE e outras medidas, o CORI aguarda o detalhamento dessas operações para emissão de opinião a respeito.

Por fim, lamentamos a publicidade de enfrentamento a um órgão institucional que preza pelos interesses maiores do Sport Club Corinthians Paulista, cujas atribuições e ações sempre buscaram de forma imparcial o bem de nossa Instituição com base em informações divulgadas pela imprensa sem buscar nossas informações oficialmente.

Informamos ainda que este órgão tem se empenhado e assim continuará para a realização de um trabalho técnico e imparcial visando suas atribuições estatutárias em busca do melhor ao Corinthians.

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CORI exige documentação e adverte diretoria sobre contratos com empresas suspeitas

  • Por Larissa Beppler | Redação da Central do Timão

Na noite da última quinta-feira, 3, o Conselho de Orientação (CORI) do Corinthians se reuniu no Parque São Jorge para analisar alguns assuntos internos do clube, como a possível troca de empresa que administra o programa Fiel Torcedor e implantação da biometria facial na Neo Química Arena. A reunião extraordinária contou com a participação de membros das Comissões de Justiça e Marketing, responsáveis pela investigação interna sobre as denúncias de desvios de ingressos. Marcelo Munhoes, ex-diretor de TI, também foi ouvido pelos conselheiros.

O presidente Augusto Melo era esperado pelo órgão, mas, novamente, não compareceu. Em seu lugar, o superintendente de marketing Vinicius Manfredi de Azevedo e Lúcio Blanco, administrador da Neo Química Arena, foram designados para prestar esclarecimentos sobre o Fiel Torcedor.

Nota da Redação: Após a publicação desta matéria, a assessoria de Augusto Melo entrou em contato com a Central do Timão, informando que nem a diretoria nem o presidente do clube foram convidados para a reunião do CORI. No entanto, fontes ouvidas pela reportagem contestam essa afirmação e alegam que o presidente foi devidamente informado sobre a reunião por e-mail, tendo, inclusive, designado os funcionários ouvidos pelos conselheiros no encontro.

Afirmam, ainda, que Augusto estava na sala ao lado durante a reunião, tratando da nomeação do novo diretor de Marketing, enquanto sua equipe financeira se reunia com o Conselho Fiscal e a auditoria externa para ajustar as contas que deveriam ter sido apresentadas ao órgão no último dia 31 de março.

Uma das pautas da reunião seria a análise prévia das contas da gestão. No entanto, a diretoria do clube ainda não enviou o balanço financeiro ao CORI, entregando apenas um draft (rascunho) — uma espécie de documento preliminar, emitido antes da versão oficial, para que todos os campos sejam conferidos e eventuais erros, apontados. A justificativa da diretoria para o atraso é que a auditoria das contas ainda não foi concluída.

Marcelo Munhoes, ex-diretor de TI, prestou esclarecimentos ao órgão sobre as denúncias divulgadas pela imprensa a respeito de uma suposta preferência da diretoria por negociar com empresas rejeitadas pelo compliance do clube para administrar o programa Fiel Torcedor e realizar a implantação da biometria facial na Neo Química Arena. As Comissões de Justiça e Marketing do Conselho Deliberativo também foram ouvidas e apresentaram suas considerações após a realização de uma investigação interna.

Diante do exposto, por decisão unânime do colegiado, o Conselho de Orientação encaminhou um ofício à diretoria do clube, solicitando a apresentação do RFP (Request for Proposal, sigla em inglês para ‘solicitação de proposta’, um processo de concorrência) referente às empresas interessadas em negociar com o Corinthians, e recomendou que nenhum contrato ou distrato com as empresas mencionadas na reunião seja assinado antes da análise do CORI, a fim de evitar possíveis prejuízos financeiros ao clube, devido às altas multas previstas nesses contratos.

No ofício, o CORI também destaca a urgência legal para a implantação do sistema de reconhecimento facial, recomendando que a diretoria envie uma resposta detalhada com a “máxima brevidade” e se colocando à disposição para tratar do assunto em reunião de caráter urgente.

O CORI se reunirá novamente no próximo dia 14 para analisar as contas do exercício de 2024. O órgão já rejeitou o balanço fornecido pela diretoria referente ao primeiro semestre do ano passado, recomendando o afastamento de Augusto Melo por gestão temerária. O processo segue na Comissão de Ética e Disciplina, paralelamente ao pedido de impeachment do mandatário, relacionado ao caso VaideBet.

*Matéria atualizada em 04/04/2025, às 14h25.

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Notícias do Corinthians

EY pediu por e-mail que Corinthians dividisse resultados de investigação com o Conselho do clube

  • Por Larissa Beppler e Daniel Keppler / Redação da Central do Timão

No final de janeiro, a Central do Timão publicou uma matéria sobre declarações de Augusto Melo, presidente do Corinthians, a respeito da investigação de sete contratos assinados por gestões anteriores. O trabalho foi realizado pela consultoria EY no primeiro semestre de 2024, enquanto esteve vinculada ao clube.

Embora o mandatário afirmasse que a empresa nunca informou ao clube os resultados obtidos nesses projetos, trocas de e-mails e fontes ligadas ao Corinthians sustentavam o contrário: a diretoria corinthiana já tem conhecimento desses resultados há meses. Essa versão, agora, é reforçada por novos documentos e conversas entre clube e empresa, aos quais a Central do Timão teve acesso.

Cobrança por escrito

Um dos documentos é um e-mail enviado em 1º de julho de 2024 por um sócio da EY a Augusto Melo, com cópia para membros da diretoria corinthiana: Marcelo Mariano (diretor administrativo), Vinicius Cascone (secretário-geral), Leonardo Pantaleão (diretor jurídico) e Luiz Ricardo Alves, conhecido como Seedorf (então diretor financeiro adjunto).

Na mensagem, a EY informa à diretoria do Corinthians que estava sendo cobrada por Romeu Tuma Júnior sobre os serviços prestados ao clube. O presidente do Conselho Deliberativo (CD) alegava não conseguir obter essas informações diretamente da gestão alvinegra, o que levou a empresa a reagir no e-mail enviado a Augusto Melo:

“Temos o compromisso de esclarecer que a responsabilidade de prestar tais esclarecimentos ao Conselho Deliberativo incumbe primordialmente à Administração do SCCP, podendo contar com o suporte da EY, quando necessário. Neste contexto, instamos que a Presidência e/ou a Diretoria do SCCP conceda uma resposta ao eminente Presidente do Conselho Deliberativo, com a máxima celeridade, mantendo a EY devidamente informada sobre o desenvolvimento da situação.”

A EY segue reforçando que, em maio, firmou um compromisso com o Corinthians para investigar sete contratos assinados por gestões anteriores à de Augusto Melo. O trabalho incluiu análise documental, testes de transações e background check de fornecedores, pessoas relacionadas e ex-dirigentes do clube.

No e-mail, o sócio da EY confirma que, em 6 de maio de 2024, a empresa se reuniu com Rozallah Santoro, Yun Ki Lee e Fernando Perino, então membros dos departamentos financeiro e jurídico do clube, para apresentar os resultados da investigação. Embora a mensagem não detalhe esses resultados, uma apuração da Gazeta Esportiva, publicada na última terça-feira, 18, e confirmada pela Central do Timão, revelou que não foram encontradas irregularidades entre os fornecedores e dirigentes envolvidos nos contratos analisados.

Ainda segundo a apuração, ao tomar conhecimento dos resultados da análise, a diretoria do Corinthians optou por não pagar pelos serviços prestados pela EY, que deveriam ser quitados em duas parcelas: R$ 97.959,18 em 10 de junho e R$ 144.139,94 em 10 de julho. Como resultado, a EY não emitiu o parecer final, deixando o clube apenas com as informações compartilhadas na reunião de maio.

Cobranças continuaram

Este e-mail jamais foi respondido pela diretoria, que até hoje afirma não ter conhecimento sobre o conteúdo da análise dos contratos feita pela EY. Em razão disso, a diretoria se recusa a prestar esclarecimentos aos órgãos fiscalizadores do Corinthians. Mesmo assim, outras tentativas de obter o material foram realizadas, incluindo uma série de ligações feitas por Romeu Tuma Júnior, membros da EY e pessoas ligadas ao clube.

Diante da negativa da atual diretoria em fornecer o teor dos resultados da investigação, o presidente do CD passou a buscar o material em outras fontes. A justificativa era subsidiar a Comissão de Justiça com os documentos, já que o órgão estava, à época, examinando os contratos assinados entre o clube e a consultoria.

Um dos nomes abordados foi um dos sócios da EY, que confirmou ao dirigente o conteúdo do e-mail citado nesta matéria: a diretoria teve acesso aos resultados da investigação dos contratos. Ele também informou que o parecer por escrito só poderia ser entregue após o pagamento pelos serviços, o que nunca ocorreu. Tuma ainda alertou que, caso a situação continuasse sem resposta, convocaria a EY para explicar o caso no Conselho Deliberativo.

Outra pessoa procurada foi um membro da atual diretoria, com quem Tuma expressou preocupação pelo fato de a EY resistir em compartilhar os resultados da investigação com o Conselho Deliberativo do clube, alertando sobre as possíveis implicações caso essa situação persistisse.

Ainda assim, os órgãos fiscalizadores do clube continuam sem acesso às informações recebidas pela diretoria do Corinthians. Da mesma forma, a EY segue sem receber pelo serviço prestado.

Cobranças também foram internas

Conforme mencionado anteriormente, a diretoria estaria omitindo de forma sistemática as informações sobre os serviços prestados pela EY dos órgãos de fiscalização do clube. Um dos conselheiros que, nos últimos meses, tem insistido nas cobranças é Paulo Roberto Bastos Pedro, também membro do Conselho de Orientação (CORI) do Corinthians.

A primeira cobrança ocorreu em 12 de agosto de 2024, quando Paulo Pedro questionou diretamente Augusto Melo sobre vários temas, incluindo a consultoria, durante uma reunião do CD: “Peço, também, esclarecimentos sobre o fato de até o presente momento não ter sido apresentado o relatório da empresa EY, o relatório que seria doa a quem doer.”

O presidente corinthiano respondeu, afirmando que, caso recebesse o pedido por escrito, forneceria os esclarecimentos. O conselheiro, então, entregou as questões por escrito, mas não obteve resposta. Dois meses depois, voltou a interpelar o mandatário alvinegro, lamentando a “falta de transparência” da diretoria.

“São 63 dias e eu até agora não fui respondido. A transparência, presidente Augusto, ela não é uma dádiva ou uma qualidade de um gestor. A transparência, ela é uma obrigação e é tudo o que nós não estamos vendo aqui. (…) O senhor está tratando com a paixão de 35 milhões de torcedores e o senhor age sem transparência, sem diligência, sem nada?”

Após um bate-boca entre Paulo Pedro e Augusto Melo, o assunto novamente ficou sem resposta, mas voltou à tona nos bastidores do Parque São Jorge quando o vínculo do Corinthians com a EY foi citado como um dos problemas da prestação de contas do primeiro semestre de 2024 enviada pela diretoria ao CORI. A situação foi fortemente criticada, levando o órgão a recomendar o impeachment do presidente.

No relatório, aprovado por unanimidade pelo Conselho de Orientação, o colegiado criticou a “dificuldade de entendimento” dos contratos assinados entre clube e empresa, além do alto custo dos serviços (podendo ultrapassar os R$ 13 milhões) e o fato de não ter recebido da diretoria alvinegra qualquer documento relativo à rescisão contratual entre o clube e a EY, tampouco os demonstrativos dos resultados obtidos com os serviços prestados pela consultoria e pagos pelo Corinthians.

Implicações políticas à gestão

Alguns conselheiros ouvidos pela Central do Timão reforçaram o entendimento expresso pelo CORI no relatório mencionado acima, de que as omissões de informação por parte da diretoria configuram prática de gestão irregular ou temerária, e afirmam que o fato de Augusto Melo saber dos resultados da investigação feita pela EY e se negar a compartilhá-los com os órgãos fiscalizadores constitui uma infração grave ao estatuto social do Corinthians.

Um conselheiro citou os artigos que, em seu entendimento, estão sendo descumpridos pelo presidente alvinegro neste tema: o artigo 106, nas letras “b”, “d” e “e”, combinado com o artigo 112, que trata das atribuições do cargo.

“Art. 106 — São motivos para requerer a destituição dos administradores (Presidente da Diretoria ou de seus Vice-Presidentes):

b) ter ele acarretado, por ação ou omissão, prejuízo considerável ao patrimônio ou à imagem do Corinthians;

d) ter ele infringido, por ação ou omissão, expressa norma estatutária.

e) prática de ato de gestão irregular ou temerária.”

Vale lembrar que a recomendação do CORI para o afastamento de Augusto Melo, devido à sonegação de informações na prestação de contas do primeiro semestre de 2024, resultou em um processo ético-disciplinar na Comissão de Ética e Disciplina (CED) e pode levar ao impeachment do presidente.

Fontes também informaram à Central do Timão que a cobrança pelos resultados da EY continua, pois outros conselheiros e órgãos fiscalizadores do clube seguem exigindo essas informações. Caso a diretoria corinthiana persista em resistir ao envio das informações ao CORI, a EY poderá ser convocada para explicar a situação aos conselheiros.

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Conselhos do Corinthians analisam previsão orçamentária para 2025 nesta segunda-feira

  • Por Larissa Beppler | Redação da Central do Timão

Na última sexta-feira, 6, a diretoria do Corinthians enviou a previsão orçamentária para 2025 aos órgãos fiscalizadores do clube. O documento será analisado e votado nesta segunda-feira, 9, pelo Conselho de Orientação (Cori) e pelo Conselho Deliberativo, seguindo os trâmites internos.

Segundo a projeção orçamentária para a próxima temporada, o Corinthians prevê uma arrecadação de R$ 181 milhões com a venda de jogadores e estima encerrar o ano com um superávit de R$ 34 milhões. O orçamento também projeta um faturamento total de R$ 795 milhões, dos quais R$ 340 milhões devem vir de direitos de TV. 

O Cori se reunirá às 17h (horário de Brasília), no Parque São Jorge, para analisar o orçamento e emitir seu parecer. Apesar de não ter poder para aprovar ou reprovar o documento, o órgão é responsável por elaborar um diagnóstico que será submetido ao Conselho Deliberativo, cuja reunião está marcada para as 19h.

A tendência é que os conselheiros aprovem o planejamento para 2025. No entanto, segundo fontes ouvidas pela Central do Timão, existe a possibilidade de o Cori não emitir uma recomendação devido à “falta de informações complementares”, situação semelhante à que ocorreu neste ano com o balanço financeiro do primeiro semestre.

O orçamento de 2024, revisado em março, que inicialmente previa um superávit de R$ 17,5 milhões, agora projeta um déficit de R$ 237,8 milhões. A diretoria enfrenta críticas em relação à gestão, especialmente pela falta de respostas às solicitações dos órgãos fiscalizadores do clube e pelo descumprimento de algumas exigências, como o detalhamento dos números e a contratação de auditoria externa, conforme estabelece a Lei Geral do Esporte. A análise das contas do primeiro semestre foi encaminhada pelo Cori à Comissão de Ética e Disciplina para julgamento.

Em 2024, a dívida do Corinthians aumentou cerca de R$ 400 milhões, passando de R$ 1,97 bilhão para R$ 2,39 bilhões. Esse crescimento é parcialmente atribuído à revisão de dívidas tributárias, que somaram R$ 109 milhões, referentes a débitos municipais e federais acumulados em anos anteriores.

Os números fazem parte de uma projeção elaborada pela diretoria financeira do clube e, segundo nota oficial, ainda podem sofrer alterações até o final do ano. Por determinação da Lei Geral do Esporte, no entanto, o orçamento dos clubes deve ser apresentado até o fim da primeira quinzena de dezembro. A situação financeira de 2024 ainda será tema de uma nova reunião, prevista para ocorrer até abril de 2025.

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Presidente do Cori afirma que Corinthians ‘é dos associados’ e é rebatido por Augusto Melo e Gaviões

  • Por Victor Franqueira e Larissa Beppler / Redação da Central do Timão

Na tarde da última sexta-feira, 29, Miguel Marques e Silva, presidente do Conselho de Orientação (Cori) do Corinthians, concedeu entrevista ao programa Esporte em Debate, da Rádio Bandeirantes. Durante a conversa, ele abordou o clima político tenso no clube, marcado pelo processo de impeachment que pode afastar o presidente Augusto Melo na votação prevista para a próxima segunda-feira, 2.

Ao ser questionado sobre a representatividade dos conselheiros em relação à Fiel Torcida, Miguel Marques e Silva fez uma declaração polêmica. Ele afirmou que representa exclusivamente os associados do clube, reforçando que o Corinthians pertence a eles: “O clube não é da torcida. O clube é dos associados. Sou representante dos associados, e não dos torcedores.”

Pressionado a revelar seu voto sobre o impeachment de Augusto Melo, o presidente do Cori ressaltou que a votação é secreta: “Eu não posso falar em quem vou votar. Mas meus amigos sabem em quem vou votar. O voto é secreto. O presidente do Cori não tem que dar o voto. Não estou falando sobre transparência. Transparência é a diretoria anterior (grupo da Renovação & Transparência)”, completou, lembrando que reprovou as contas de Andrés Sanchez na época.

Nas redes sociais, o presidente Augusto Melo evitou responder diretamente às declarações de Miguel Marques e Silva, mas alfinetou o conselheiro com uma publicação em seu perfil no Instagram. No post, ele aparece recebendo torcedores durante a chegada da delegação alvinegra em Criciúma e reforça: “O Corinthians é do Povo e do Corinthiano.”

Nos stories, Augusto Melo também resgatou a emblemática frase de Miguel Battaglia, primeiro presidente da história do Corinthians. Proferida em 1910, ano da fundação do clube, a declaração reforça a ligação com a torcida: “O Corinthians é o time do povo e o povo é quem vai fazer o time.”

A Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, também se manifestou nas redes sociais. Em uma publicação, reuniu a emblemática frase de Miguel Battaglia com a polêmica declaração de Miguel Marques e Silva, deixando clara sua desaprovação ao presidente do Cori. Na legenda, o recado foi direto: “Respeitem a nossa história.”

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Cori aprova proposta de regimento para fortalecer diretrizes administrativas do Corinthians

  • Por Larissa Beppler | Redação da Central do Timão

Na noite da última segunda-feira, 15, o Conselho de Orientação (Cori) do Corinthians se reuniu para deliberar sobre a proposta de criação do regimento interno administrativo do clube, apresentada pela Comissão de Justiça do Conselho Deliberativo (CD). O documento, que visa estabelecer diretrizes para a conduta dos dirigentes e aumentar o controle de conformidade no Timão, foi aprovado por unanimidade pelo órgão fiscalizador.

A votação estava marcada para o dia 13 de junho, mas foi adiada para que uma comissão interna do Cori pudesse verificar se o regimento não apresentava conflitos ou redundâncias em relação ao estatuto do Corinthians. Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo, comemorou a aprovação da proposta nas redes sociais e parabenizou o Conselho de Orientação pelo cumprimento do estatuto.

Parabenizo o CORI pela aprovação do Regimento Interno Administrativo do SCCP. Após um excelente trabalho que realizamos juntamente com a Comissão de Justiça do Conselho Deliberativo dando cumprimento ao estabelecido no Estatuto do Clube, o Corinthians enfim, tem um Código de Ética e Procedimento. Agora cabe à Diretoria divulgar e todos(as) começarem a cumprir. Servirá para aqueles que de alguma forma se relacionam com o Clube, inclusive parceiros e terceiros. Compromisso Cumprido“, publicou Tuma Jr.

Além do presidente do CD, outros nomes que contribuíram para a elaboração da proposta foram: André Moreno, Fábio Antônio Palmieri, Herói Vicente, Pedro Luis Soares e Willian Tapara de Oliveira, todos membros da Comissão de Justiça do Conselho. O documento indica que a criação de um regimento interno administrativo estava prevista no artigo 145 do estatuto do clube, porém nunca foi efetivada.

A Central do Timão teve acesso ao regimento interno, que possui 16 páginas e tem como objetivo definir os princípios éticos, as normas de conduta e a governança que devem guiar as atividades esportivas e administrativas do clube, bem como de todas as pessoas físicas e jurídicas que se relacionem com o Corinthians.

Uma ampla gama de assuntos é tratada no novo regimento, como por exemplo o cuidado com recursos financeiros, segurança, vedação ao favorecimento pessoal, uso de Internet e redes sociais, proteção ao patrimônio, cuidado com as informações, conflitos de interesses, proibição ao porte de armas, responsabilidade ambiental, apostas e manipulação de resultados, contratação de fornecedores, patrocinadores e parceiros, etc.

Entre outras coisas, o regimento interno determina que os dirigentes devem obedecer às leis, estatutos, regulamentos e normas do clube, agindo com transparência e honestidade. Eles devem colaborar com a mídia para garantir a integridade do clube, evitar conflitos de interesse em contratos, e assegurar a gestão financeira transparente. A contratação de fornecedores com vínculos próximos a dirigentes e colaboradores também é restrita, exceto com autorização do Cori.

De acordo com artigo 2° do regimento interno, são princípios éticos básicos do Corinthians: a dignidade, a integridade, a transparência, a esportividade, a igualdade, a sustentabilidade, a não discriminação, o respeito, o fair play e a moralidade. Qualquer ação ou omissão que caracterize afronta a um ou mais desses princípios poderá configurar infração ética, sujeita a sanção.

Considerando a importância desses assuntos, a aprovação do texto proposto criará e fortalecerá políticas administrativas eficientes, gerando reais oportunidades de progresso ao Corinthians, sem nos descuidarmos das questões de transparência e ética tão caras a todos. Políticas que, infelizmente, foram negligenciadas ao longo do tempo, mas que agora têm tudo para voltar ainda melhores“, publicou o conselheiro Herói Vicente, um dos autores da proposta, sobre a aprovação do novo regimento interno.

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Notícias do Corinthians

Conselho de Orientação do Corinthians adia votação do novo regimento interno administrativo

  • Por Daniel Keppler e Larissa Beppler / Redação da Central do Timão

Na noite desta quinta-feira, 13, o Conselho de Orientação (Cori) do Corinthians se reuniu para deliberar sobre a proposta do novo regimento interno administrativo, apresentada pela Comissão de Justiça do conselho do clube. O documento visa estabelecer diretrizes para a conduta dos dirigentes e aumentar o controle de conformidade no Timão.

Na reunião, uma comissão interna do Cori, constituída para analisar o regimento, solicitou o adiamento da votação. O motivo alegado foi que a equipe precisava de mais tempo para verificar se o documento proposto por Tuma não apresenta conflitos ou redundâncias em relação ao estatuto do Corinthians. A nova votação está prevista para o mês de julho. Outra pauta debatida na reunião desta noite foi a análise do balancete financeiro do primeiro trimestre.

Além de Romeu Tuma Júnior, outros nomes que contribuíram para a elaboração do regimento interno foram: André Moreno, Fábio Antônio Palmieri, Herói Vicente, Pedro Luis Soares e Willian Tapara de Oliveira, todos membros da Comissão de Justiça do Conselho. O documento indica que a criação de um regimento interno administrativo estava prevista no artigo 145 do estatuto do clube, porém nunca foi efetivada.

A Central do Timão teve acesso ao regimento proposto, que possui 23 páginas e tem como objetivo definir os princípios éticos, as normas de conduta e a governança que devem guiar as atividades esportivas e administrativas do clube, bem como de todas as pessoas físicas e jurídicas que se relacionem com o Corinthians.

De acordo com artigo 2° do regimento interno, são princípios éticos básicos do Corinthians: a dignidade, a integridade, a transparência, a esportividade, a igualdade, a sustentabilidade, a não discriminação, o respeito, o fair play e a moralidade. Qualquer ação ou omissão que caracterize afronta a um ou mais desses princípios poderá configurar infração ética, sujeita a sanção.

Uma ampla gama de assuntos é tratada na proposta submetida ao Cori, como por exemplo o cuidado com recursos financeiros, segurança, vedação ao favorecimento pessoal, uso de Internet e redes sociais, proteção ao patrimônio, cuidado com as informações, conflitos de interesses, proibição ao porte de armas, responsabilidade ambiental, apostas e manipulação de resultados, contratação com fornecedores, patrocinadores e parceiros, etc.

O regimento proposto determina, entre outras coisas, que os dirigentes devem obedecer às leis, estatutos, regulamentos e normas do clube, agindo com transparência e honestidade. Eles devem colaborar com a mídia para garantir a integridade do clube, evitar conflitos de interesse em contratos, e assegurar a gestão financeira transparente. A contratação de fornecedores com vínculos próximos a dirigentes e colaboradores também é restrita, exceto com autorização do Cori.

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Notícias do Corinthians

CORI aprova balanço de 2020 e orçamento 2021; veja como anda a apreciação das contas do Corinthians

  • Por Jadiel Saraiva / Redação da Central do Timão

Na última terça-feira (23), o Conselho de Orientação do Corinthians – CORI apreciou o balanço do ano de 2020 e o orçamento referente ao ano de 2021. O Colegiado emitiu parecer de aprovação de ambos os documentos.

Foto: Divulgação Corinthians

Agora, os documentos precisam passar pelo Conselho Fiscal, que também dará seu parecer, e depois serem apreciados pelo Conselho Deliberativo. Por este Conselho também ainda deve passar de forma atrasada a análise do balanço de 2019 (apresenta um déficit de R$ 195,4 milhões), que se arrasta sem apreciação por muito tempo.

O balanço do ano de 2020, que deve ser publicado nas próximas semanas, traz um déficit de R$ 123 milhões. Assim como em anos anteriores, o clube não conseguiu equacionar as despesas com o montante arrecadado.

Com isso, a dívida do clube passou dos R$ 900 milhões de reais, sem contar a parte que envolve a Neo Química Arena, que tem praticamente uma contabilidade independente.

Já o orçamento de 2021, elaborado pela gestão Andrés Sanchez, que ainda deve sofrer alterações pela nova gestão do Clube, prevê um pequeno superávit nas contas. Segundo informou o site Meu Timão, o orçamento 2021 apresenta previsão de arrecadação de R$ 500 milhões de reais, além do referido pequeno lucro ao fim do período.

Ou seja, espera-se, segundo o documento orçamentário, que ao fim do ano de 2021 não tenhamos mais um rombo nas contas, como ocorreu nas últimas temporadas.

Em 2020, vimos um resultado final bem diferente do que o orçamento tinha previsto, pois diferente do superávit indicado inicialmente, o Clube fechou com R$ 123 milhões de déficit.

Desde o ano de 2017, o Corinthians vem acumulando sucessivos déficits em suas contas, situação esta que ocasionou um aumento significativo das dívidas totais da instituição.

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Notícias do Corinthians 

CORI adia parecer sobre contas do Corinthians

Reunião aconteceu na noite desta segunda-feira (11), de forma virtual

O Conselho de Orientação do Corinthians – CORI reuniu-se para a análise das contas do Timão referente ao ano de 2019, que apresenta um déficit de R$ 177 milhões. O encontro, contudo, não culminou na apresentação de um parecer.

A apreciação do CORI é uma das etapas que a prestação de contas passa no seu processo de análise (Foto: Divulgação SCCP)

O CORI entendeu que não havia subsídios totais para apresentar um posicionamento sobre as contas, pois a análise do Conselho Fiscal foi a ele enviada de última hora. Além do mais, desejam obter mais informações da direção do clube.

Dentre os participantes, estavam Roberto de Andrade, que, segundo o site Globoesporte teria saído em defesa do atual presidente Andrés Sanchez, afirmando que reprovar as contas seria prejudicial ao clube. Também esteve presente, de forma virtual, o ex-presidente Mário Gobbi.

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Após o parecer do CORI, o Conselho Deliberativo do Corinthians apreciará finalmente as contas, em data ainda não agendada, ante os reflexos da pandemia do coronavírus.

Por Redação Central do Timão

Notícias do Corinthians

Grupo de conselheiros protocola pedido de esclarecimento sobre relação entre Corinthians e a Elenko Sports

A relação entre o Timão e a Elenko causa muitos debates na FIel, sendo que, recentemente, o tema “esquentou”, após uma matéria publicada pelo site Meu Timão, que detalhou a participação da empresa na negociação de dezenas de atletas nos últimos anos, o que motivou a ação dos Conselheiros

Foto: Reprodução google maps

Um grupo de 4 Conselheiros do Corinthians, integrantes da denominada Frente Liberdade Corinthiana, apresentou um pedido de esclarecimento direcionado ao Presidente do Corinthians Andrés Sanchez, ao Conselho Deliberativo e ao Conselho de Orientação – CORI.

O pedido afirma que se refere a “Suposto privilégio nas relações profissionais com a Elenko Sports com ausência de definição técnica de critério e com tendências de fornecimentos vedados estatutariamente.

No documento, os conselheiros citam uma certa preocupação com a relação do clube com a empresa Elenko Sports, comandada por Fernando Garcia, e que veem indícios de favorecimento, citando, inclusive, que, em alguns casos, a referida empresa representava o atleta e também o clube, algo que poderia ser interpretado como um conflito de interesses.

Os conselheiros pedem uma resposta aos questionamentos, com a adoção de todas as medidas para a apuração dos fatos.

Por Redação Central do Timão

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Notícias do Corinthians