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BREJA EM SP: Presidente da FPF declarou apoio à liberação de cerveja nos estádios

Além de Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos, a entidade máxima do futebol no estado de São Paulo também se posicionou para pressionar o governador a sancionar a lei

Reinaldo Carneiro, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF) declarou apoio à luta pela liberação da comercialização de cervejas com álcool dentro dos estádios da cidade.

O projeto, já aprovado pela Assembleia Legislativa, precisa da sanção do governador João Dória, que se mostrou contrário à liberação, alegando que a ação seria inconstitucional.

O movimento “LiberaBrejaSP”, divulgado nas redes sociais nas últimas semanas, foi criado pelos clubes paulistanos e agora conta com o apoio do dirigente da federação. Para ele, a Assembleia toda entende que a liberação não é sinônimo de baderna, e sim negócio, pois gera receita e traz torcedores que também serão consumidores.

“É muito simplista ter a cabeça dos tempos passados, que significava: beber no estádio é briga e confusão”, afirmou Carneiro, e ainda completou:

“Beber no estádio é família, é paz, é gerar negócios para que a gente possa fornecer o entretenimento cada vez melhor. No mundo inteiro a cerveja faz parte do entretenimento com ordem e segurança, e São Paulo vai dar esse exemplo também”.

Por Redação Central do Timão

BLOG DA NÁGELA GAIA: Bebidas nos estádios – na dúvida, a liberdade

A comercialização de bebida nos estádios de São Paulo continua proibida, mas o debate pegou fogo entre os torcedores, pois os presidentes dos quatro maiores clubes do Estado (Corinthians, São Paulo, Santos e Palmeiras), se reuniram e se manifestaram favoráveis à liberação que deram os deputados na Alesp. Falta a sanção do Governador.

Foto: Reprodução / Twitter

Não precisamos ser especialistas em operação de segurança de estádios, e nem grandes bebedores de cerveja, para entendermos o que representaria a volta das bebidas alcoólicas aos jogos de futebol.

Há, entre os torcedores, quem seja contra. Respeito.

Frequento estádio aqui em Goiânia, e também vou umas quatro a cinco vezes por ano à Arena Corinthians, em São Paulo.

Nos estádios de Goiânia, a cerveja é “inocente”, livre! É comercializada durante os jogos, vendida nos bares dos estádios e por ambulantes autorizados que passeiam nas arquibancadas, nos incentivando a beber mais uma. Raramente vejo algum tumulto. Aliás, as confusões, quando acontecem, são protagonizadas sempre pelos mesmos indivíduos e nada é feito para impedi-los. Por que? A quem interessa? Mas, isso é assunto para outro post.

Chegamos ao Serra Dourada ou ao Olímpico, compramos nossa cerveja, nosso disco de carne (o melhor do mundo!), e ficamos na bancada encontrando os amigos, cornetando o time, cantando e dando risada. Até que o jogo termine, vão umas três ou quatro latinhas. Não se veem bêbados. Um jogo de futebol é isso: é momento de lazer, e no Brasil, a cerveja faz parte do pacote futebol e samba.

Olha o meu copinho ali disfarçado no estádio Olímpico, num jogo do Atlético Goianiense, pela série B 2018.

Nem vou entrar no quesito da receita dos clubes subir alguns vários milhões por ano, o que faria diferença, não só para os times da capital, mas, principalmente para os do interior do Estado, que se mantêm ativos com sacrifícios. Os clubes sabem o quanto estão perdendo, tanto por não terem o produto à venda em seus estádios, quanto com contratos de exclusividade com determinadas marcas.

“Sendo inconstitucional, o governador não pode sancionar. Irei vetar”, disse João Doria, governador de São Paulo, à imprensa.

Oras, Sr. Governador, com todo respeito, a Constituição legisla sobre isso?… Inconstitucional é essa proibição, que além de ser uma ingerência no setor privado, ainda restringe, de forma indevida e paternal, a liberdade de escolha do cidadão, garantida pela Constituição.

Já que não existem relatórios, pesquisas, ou quaisquer outros elementos comprovando que a bebida é a culpada pela violência nos estádios, “in dubio, pro reo”… em caso de dúvida, deve-se optar, sempre, pela liberdade.

A cerveja é inocente!!! Libera a breja, São Paulo!

BLOG DO LUCAS ARAÚJO: LIBERA A BREJA AE, MEUUU

Quem não gostaria de beber uma breja no estádio, vendo seu time de coração?

Se é algo que os torcedores gostam, por que tirar? Não é mais fácil punir a minoria baderneira, do que tirar a liberdade de escolha da maioria que vai lá só para se divertir com os amigos e ver seu time jogar?…

Cerveja no estádio pode trazer patrocínio para o clube de futebol, que precisa de investimentos. Hoje não pode nem estampar patrocínio de cerveja no uniforme, porque é proibido. Além do que, o dinheiro que podíamos dar para o nosso time, comprando a cerveja lá dentro do estádio, damos para o cara do bar.

Se liberar, o quanto de dinheiro o clube pode arrecadar!?

Basta pensar, não é apenas um entretenimento, é também, algo que pode render dinheiro ao nosso clube de coração. Libera aê, Governador! LiberaBrejaSP

LIBERAÇÃO DE BEBIDAS NOS ESTÁDIOS DE SP: Vontade da maioria, manifestação positiva do legislativo e o risco de veto

A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou, no último dia 13, projeto de lei que libera a venda de bebida alcoólica em praças esportivas do estado. A Redação da Central do Timão traz sua opinião sobre o tema.

A comercialização ou não de bebidas alcoólicas nos estádios apresenta-se como tema complexo para muitos, mas, na verdade, não há nada que dificulte a compreensão exata do assunto, caso sejam expostas todas as suas variantes. Proibir ou não o consumo é uma decisão meramente política.

Não existe qualquer comprovação no sentido de que a bebida alcoólica ingerida causa, como consequência, a violência em estádios. Eventuais brigas e desentendimentos acontecem em todos os locais de convívio social entre pessoas, contudo, somente os estádios “pagam o preço”. Fatos isolados existem, alguns por estarem embriagados podem brigar, mas não se pode generalizar e suprimir o direito de grande parte dos cidadãos torcedores de arquibancada, que gostam de beber e torcer de forma civilizada.

Ademais, é fato que um grande número de torcedores consome bebida alcoólica nos arredores das praças esportivas, sendo que adentram nelas sob o efeito da bebida consumida. Assim, a proibição não surge seus alegados efeitos preventivos.

Por mais que possa alegar que o efeito do álcool no organismo sai com o tempo, ele perdura por um grande período, sendo que, mesmo no início do jogo, onde muitos estão com 100% do efeito da bebida consumida fora do estádio, não vemos, via de regra, atos violentos causados pela ingestão.

O art. 24 inciso V da Constituição Federal determina que compete à União e aos Estados legislarem sobre o consumo. No caso da existência de regras conflitantes dos dois tipos de entes federados, prevalece a legislação federal.

Sobre o tema bebida alcoólica nos estádios, não há qualquer proibição. O tão falado art. 13-A, II, do Estatuto do Torcedor (Lei Federal nº 10.671/03, alterada pela Lei Federal n° 12.299/10) não proíbe a venda de bebidas. Vejamos seu texto:

“Art. 13-A.  São condições de acesso e permanência do torcedor no recinto esportivo, sem prejuízo de outras condições previstas em lei: (incluído pela Lei 12.299/10)

II – não portar objetos, bebidas ou substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência; (incluído pela Lei 12.299/10)”

O legislador aborda a palavra “bebidas” de forma genérica, sem cravar quais são elas, o que, numa interpretação irracional, poderia se chegar a uma conclusão que até um mero suco em copo descartável seria vedado. O legislador quis passar o comando de que essa proibição é para apenas bebidas (o que inclui sua forma de manuseio e tipo de compartimento) que possam gerar violência.

Mas, quem poderia estabelecer qual o tipo de bebida pode gerar violência? A própria União ou os Estados.

Como a União não tem lei prevendo tal proibição de forma expressa e específica, os estados estão livres para legislar sobre o tema.

Muitos estados do Brasil possuem, atualmente, leis liberando o consumo de bebidas em estádios, notadamente aqueles que foram sede de Copa do Mundo. No Estado do Paraná, inclusive, o impasse jurídico foi parar no Tribunal de Justiça, que considerou constitucional a lei estadual paranaense que liberou o consumo nos estádios.

Foto extraída do site TJ/PR

A própria União legislou sobre o assunto, reforçando a ideia da liberação para os eventos na Copa do Mundo.

Na copa, o que se viu foi muita festa nos estádio, tudo no clima natural deles. Em outros estados onde a bebida está liberada, não há registro de grandes mudanças no comportamento do torcedor.

O Estado de São Paulo tem uma norma do ano de 1996 (Lei 9.470/96) proibindo o consumo de bebida alcoólica nos estádios.

“Artigo 1.º – É obrigatória em todos os estádios de futebol, ginásios de esportes e demais estabelecimentos congêneres do Estado de São Paulo a manutenção de toda a lotação com lugares numerados.

“Artigo 5.º – Nos estádios de futebol e ginásios de esportes mencionados no Artigo 1.° ficam proibidas a venda, a distribuição ou utilização de:
I – bebidas alcoólicas;”

No entanto, em recente votação, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou projeto de lei em outro sentido, desta feita, liberando o consumo nos estádios.

Após tal aprovação, o projeto precisa ser sancionado pelo Governador João Dória.

Ocorre que há indícios de que o citado governante quer vetar o projeto de Lei, alegando que ele é inconstitucional.

O governante concorda com tal tese jurídica ou simplesmente arrumou um disfarce para eventual concordância com a ideia de que o consumo de bebidas nos estádios traz violência?

Caso queira bancar o ato político, uma escolha governamental (entre o sim e o não), que se banque, mas não dá para sustentar a inconstitucionalidade do projeto aprovado, que respeita a constituição e se baseia nos anseios da maioria da população.

De um lado há permissão do mundo jurídico, do outro há o anseio de esmagadora parte da população que frequenta estádios.

A FPF e os quatro maiores clubes de SP (Corinthians, Palmeiras, SPFC e Santos) entraram na campanha #LiberaBrejaSP, por entenderem que a mudança fará bem para o futebol paulista, gerando mais receitas e empregos.

No que tange especificamente ao Timão, a liberação é de suma importância, tendo em vista que a Arena Corinthians tem a maior capacidade de exploração, dentre todas as praças esportivas do estado. Como se sabe, a interação promovida por meio de atividades associadas à bebida gera muito interesse de empresas e investidores, o que facilitaria o uso de cada vez mais espaços da casa corinthiana, que precisa de sua plena exploração, para que possa, finalmente, arrecadar conforme todo o seu potencial de mercado.

Foto: Rodrigo Coca

Não custa lembrar que, caso seja vetado o projeto, a Assembleia Legislativa pode derrubar o veto e dar “vida” a esta garantia pleiteada pela esmagadora parte dos cidadãos torcedores.

E você torcedor, é contra ou a favor?

Dê sua opinião, defenda seu ponto de vista e lute, com seus argumentos, para que ele prevaleça.

Por Redação Central do Timão