No programa Cartão Vermelho, do UOL Esporte, o ídolo corinthiano Walter Casagrande opinou sobre os primeiros confrontos das quartas de final da Copa do Brasil. O ex-atacante afirmou que o Corinthians tem mais chances de se classificar para a semifinal em relação ao Flamengo.
O Timão, vale lembrar, perdeu o jogo de ida das quartas por 2 x 0 para o Atlético-GO, enquanto o Rubro-Negro empatou sem gols com o Athletico-PR. O time de Vítor Pereira, no entanto, decide o mata-mata em casa contra o Dragão, situação diferente da que será enfrentada pela equipe carioca, que irá até a Arena da Baixada. Ambos os jogos acontecem em 17 de agosto.
“O Corinthians é muito forte em casa, mas precisa se preocupar com o contra-ataque, o Atlético-GO vai se fechar e jogar no contra-ataque, a defesa do Corinthians não é tão nova assim, é muito experiente, com ótimos jogadores, mas com idade avançada. O Corinthians tem que tomar cuidado, mas tem mais possibilidade de passar que o Flamengo“, declarou Casagrande.
“A situação do Flamengo é muito difícil, o time do Athletico é muito forte, bem treinado pelo Felipão, vai jogar em casa, tem a liderança do Fernandinho agora, que é um jogador que jogou quase 10 anos em alto nível no Manchester City. O Flamengo tem mais elenco, é um time mais técnico, mas vai ter muita dificuldade de jogar na Arena”, concluiu.
O ídolo corinthiano Walter Casagrande Jr. não é mais funcionário da TV Globo. O contrato do ex-atacante com a emissora se encerraria em dezembro, mas a saída foi antecipada e as partes rescindiram o vínculo em comum acordo nesta quarta-feira. O comentarista deixa a rede carioca após 25 anos.
“Depois de 25 anos de Globo, seis Copas do Mundo, cinco finais, incluindo a de 2002, com os dois gols do Ronaldo, três Olimpíadas e diversas finais de campeonatos por aí, meu ciclo acabou. Estou saindo da Globo hoje (6 de julho), não faço mais parte do grupo de Esportes da TV. Vou seguir a minha estrada. Na realidade, acho que foi um alívio para os dois lados”, declarou Casagrande, em contato com o site Notícias da TV.
Um dos principais ídolos da história do Corinthians, Casagrande atua como comentarista esportivo desde que se aposentou dos gramadas, em 1996. Ele começou a carreira na ESPN, e se transferiu para a Globo no ano seguinte. Na emissora carioca, o ex-atacante foi parceiro de Galvão Bueno em diversos jogos da Seleção Brasileira, além de participar de transmissões de confrontos envolvendo clubes brasileiros e de programas no SporTV.
Recentemente, Casagrande protagonizou a série documental Casão – Num Jogo Sem Regras, de quatro episódios. O programa, exclusivo para assinantes do streaming Globoplay, foi ao ar no final de maio.
Revelado pelo Corinthians, Casagrande pertenceu ao clube entre os anos de 1980 e 1986, quando acumulou empréstimos para Caldense e São Paulo no período. Ele foi um dos principais nomes da Democracia Corinthiana, ao lado de outros ídolos alvinegros, como Zenon, Biro-Biro e Sócrates.
Em 1986, o ex-atacante deixou o Corinthians para vestir a camisa do Porto, de Portugal. Entre 1987 e 1993, Casagrande ainda atuou por Ascoli e Torino, ambos da Itália, até retornar ao Brasil para jogar pelo Flamengo. Já no ano seguinte, o comentarista teve sua última passagem pelo Timão. Ele ainda defendeu Paulista e São Francisco-BA até se aposentar, em 1996.
Ao todo, Casagrande disputou 256 jogos pelo Corinthians, com 103 gols marcados. Além disso, o ídolo corinthiano conquistou os títulos paulistas de 1982 e 1983 com a camisa alvinegra.
O Corinthians passeou e deu show na estreia do técnico português Vítor Pereira na Neo Química Arena, no último sábado (12), na goleada por 5×0 sobre a Ponte Preta, com gols de Renato Augusto, Paulinho, Gustavo Mosquito, Adson e Gustavo Mantuan, respectivamente.
A atuação do Timão rendeu elogios do ídolo corinthiano Casagrande. Em seu blog no “Globo Esporte”, o ex-centroavante disse que a equipe do Parque São Jorge dominou todo o primeiro tempo e poderia ter até ido para o intervalo com um placar maior. Para ele, a Macaca não conseguiu jogar por conta do ritmo imposto pelos mandantes.
“Eu nunca tinha visto uma diferença técnica tão grande entre Corinthians e Ponte Preta – times que já disputaram três finais de Campeonato Paulista. O Corinthians dominou completamente o primeiro tempo, fazendo três gols, e poderia ter terminado com um placar maior. Na realidade, não teve jogo. A Ponte não ameaçou em nenhum momento, fora a bola que o Fagner tirou em cima da linha no final da partida e mais nada”, escreveu o ex-jogador.
O comentarista seguiu ressaltando a qualidade técnica de jogadores que se destacaram no duelo, como Renato Augusto, Gustavo Mosquito, Paulinho e Willian.
“Mais um gol espetacular de Renato Augusto, que naquela posição para ele parece pênalti. Um belo gol do Gustavo Mosquito, e o terceiro do Paulinho, no seu estilo e chegando como elemento surpresa. Willian também foi muito bem na partida e continua mostrando que a sua dinâmica e intensidade são diferentes das que vimos normalmente aqui. No ano passado ele disse que iria manter o ritmo e a velocidade da Premier League (Campeonato Inglês), e está conseguindo.”
Para Casagrande, a exibição do Corinthians contra a Ponte Preta tem muitos méritos de Vítor Pereira, que já está conseguindo implantar seu estilo de jogo no Timão. Como dito pelo treinador, a ideia é ver um time marcando com linhas altas no campo ofensivo e pressionando o adversário o tempo inteiro, o que aconteceu durante praticamente o jogo todo.
“Começam a aparecer algumas coisas diferentes que o novo treinador, Vítor Pereira, está implantando. Ele deu uma entrevista na semana passada dizendo que queria um time compacto e que marcaria lá em cima para tentar roubar a bola no campo do adversário, e foi que vimos no primeiro tempo. A ideia foi confirmada pelo Renato Augusto no fim da partida, e o grupo concorda com esse esquema. Funcionando se corre menos, como o Renato falou“, disse o ex-atacante.
Por fim, o ídolo alvinegro projetou o clássico contra o Palmeiras, que será realizado na próxima quinta-feira (17), às 20h30 (Brasília), no Allianz Parque. O ex-jogador acredita que será um grande teste para a equipe de Vítor Pereira neste começo de temporada, em um duelo de técnicos portugueses.
“Na quinta tem Derby no Allianz Parque, e será um forte teste de começo de temporada. Não acontece nada se um ou o outro perder, já que estão classificados e a única coisa que vale mesmo é pela grande rivalidade. O Corinthians ainda não está pronto para os compromissos difíceis do Brasileiro e da Libertadores, mas o Palmeiras já está. Então será um jogo duro. Dois treinadores portugueses, dois estilos diferentes e dois times cheios de ótimos jogadores. Uma garantia para se ter um bom jogo“, concluiu.
O ídolo do Corinthians, Walter Casagrande Jr, cobrou um posicionamento dos jogadores brasileiros em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Tropas do país de Vladimir Putin invadiram a nação de Volodymyr Zelensky na última quinta-feira, o que gerou diversas manifestações em pedidos de paz ao redor do mundo.
“Não vi muitas posições de jogadores brasileiros claramente contra a guerra. Alguns se manifestaram em solidariedade aos jogadores brasileiros que estão na Ucrânia, mas não ao povo ucraniano, não com gritos de paz”, publicou o ex-atacante na manhã do último domingo, em seu blog no “Globo Esporte”.
Além disto, o comentarista sugeriu algumas punições à Rússia pela invasão. Para o ex-corinthiano, o maior país do mundo deveria ser banido das Eliminatórias para a Copa do Mundo no Catar, e os clubes russos deveriam ser suspensos de competições europeias, como a Liga Europa e a Liga dos Campeões.
“Na minha opinião, a Rússia deveria ser eliminada da próxima Copa do Mundo, e os times russos suspensos das competições europeias por alguns anos, da mesma forma que os clubes ingleses ficaram suspensos, por cinco anos, das competições internacionais depois da tragédia no estádio de Heysel, na Bélgica, em 1985. Se a suspensão foi de cinco anos em uma tragédia em um jogo de futebol, quantos anos de suspensão merecem as equipes russas por seu país ter causado uma guerra?”, questionou.
“Foi assim com a antiga Iugoslávia, em 1992, quando entrou em guerra. Sua seleção estava classificada para a Eurocopa, mas acabou punida. A Dinamarca entrou no seu lugar e foi a campeã. Vamos ver como o universo do esporte vai agir desta vez.”
Há de se destacar que Casagrande integrou a Democracia Corinthiana ao lado de nomes como Sócrates, Wladimir e Zenon, em que os jogadores votavam em decisões no clube no início da década de 1980 e se manifestavam politicamente em questões que envolviam a sociedade. Muito por conta disto, o ex-centroavante defende a ideologia proposta pelo movimento democrático, que entende o futebol como um veículo de pacificação social e promoção de cidadania.
Horas depois da publicação do ídolo alvinegro, a FIFA anunciou um primeiro pacote punições contra a Rússia. A entidade informou que a Seleção Russa não poderá atuar utilizando a bandeira e nem o nome do país, passando a ser chamada de União do Futebol Russo. Além disto, a Seleção ou qualquer clube está proibido de atuar em solo russo, e terão que jogar em campo neutro no caso de um duelo como mandante, fora da nação de Vladimir Putin, e com portões fechados. A decisão tem prazo indeterminado.
Já na manhã desta segunda-feira, a UEFA decidiu eliminar o Spartak Moscou da Liga Europa, de acordo com a imprensa europeia. Os russos enfrentariam o RB Leipzig, da Alemanha, nas oitavas de final da competição continental. Agora, os alemães devem se classificar diretamente às quartas de final.
Nesta tarde, a FIFA e a UEFA se uniram para suspender os clubes e a Seleção Russa de todos os seus campeonatos. “O futebol está totalmente unido aqui e em total solidariedade com todas as pessoas na Ucrânia”, diz comunicado.
O atual comentarista dos canais Globo iniciou citando o momento difícil que o Timão vivia naquela época. Ele havia acabado de retornar de empréstimo da Caldense-MG, e foi acionado às pressas após lesão no tornozelo do então centroavante titular, Mário.
“Voltei para o Corinthians em janeiro de 1982 (após ser emprestado à Caldense-MG). O clube tinha feito um péssimo Campeonato Paulista, não se classificando direto para a Taça de Ouro – tendo que disputar a Taça de Prata, que classificaria os melhores times para a de Ouro”, escreveu o ex-atleta.
“Fui relacionado para o terceiro jogo, num domingo, dia 31 de janeiro de 1982, ficando no banco para o centroavante Mário, que já era experiente e ótimo finalizador. Foi outro péssimo jogo, um empate por 0 a 0 contra a Catuense na Bahia. E aí o Mário torceu o tornozelo.”
“Como dormíamos no mesmo quarto, vi na concentração para o jogo da quarta feira, dia 3 de fevereiro, ele fazendo gelo o tempo todo. No dia do jogo, depois do almoço, o (técnico) Mário Travaglini me chamou e disse que eu iria jogar, porque o Mário não havia se recuperado. Bom, aí a história começa. Fui para o quarto e pensei: ‘É a minha chance’.”
Casagrande marcou um hat-trick com apenas 27 minutos do primeiro tempo. Para ele, tudo aconteceu de uma forma “natural, mágica e impressionante”. O placar final ficou em 5×1 para o Timão naquele jogo, com o então jovem dando também assistência para o gol de Biro-Biro.
“O jogo iniciou, Corinthians x Guará-DF, e de repente tudo começou a acontecer de uma forma natural, mágica e impressionante. Fiz o primeiro gol logo no início do jogo, mas a equipe do Guará empatou, e já começou um certo rumor nas arquibancadas.”
“Mas aí eu fiz o segundo e o terceiro gols, e o estádio virou uma festa, porque o autor dos gols era um centroavante corinthiano, que estava no clube desde os 11 anos, e já na sua estreia, no primeiro tempo, tinha feito três gols. Quando o segundo tempo começou, dei ótima assistência para o Biro-Biro marcar o quarto gol. Ainda completei a goleada, fazendo também o quinto.”
Por fim, o ex-goleador recordou o assédio da imprensa em cima dele no dia seguinte após o jogo em questão. Ele também julga ter tido “a melhor estreia” de um jogador com a camisa do Corinthians na história.
“Assim que acabou o jogo, a imprensa toda veio para cima de mim. Eu tinha acabado de fazer a melhor estreia de um jogador com a camisa do Corinthians. Todos já me conheciam pelos jogos da Copa São Paulo, mas daquela vez era diferente: era uma estreia no profissional fazendo quatro gols. Logo pela manhã da quinta-feira, dia seguinte ao jogo, já estava a imprensa toda na porta da minha casa. Dei entrevistas o dia todo”, concluiu.
Casagrande defendeu o Corinthians até 1986, tendo sido emprestado ao São Paulo em 1984 após desagradar ao técnico Jorge Vieira. Ele retornou em 1994 após passagens por Portugal e Itália, além do Flamengo. No total, o ex-atacante disputou 256 jogos com a camisa alvinegra, com 103 gols marcados e os títulos dos Paulistas de 1982 e 1983.
Ex-jogador do Corinthians e atualmente como comentarista de futebol, Walter Casagrande revelou nesta quarta-feira (01), aniversário do Corinthians, os momentos mais marcantes em sua vida como torcedor e jogador pelo clube.
Durante um debate em sua participação no programa Seleção SporTV, o comentarista lembrou o aniversário do Corinthians e parabenizou o clube pelos 111 anos de vida. Perguntado sobre qual o momento mais marcante pelo Timão, Casagrande relembrou de algumas situações. Confira:
“Confesso que sou corinthiano desde os cinco anos de idade, vou relembrar de alguns momentos de quando era garoto. Primeiro foi a invasão de 1976 da torcida do Corinthians contra o Fluminense. Aquilo me deixou super emocionado, eu assisti o jogo pela televisão e realmente não acreditei, foi ali que fui conhecendo mais o que era a torcida do Corinthians”, declarou o comentarista.
“O título de 1977 também foi uma coisa inesquecível porque cara, eu nasci em 1963 e desde então, todo ano eu era zoado pelos meus amigos que torciam para outros times e ganhavam campeonatos, e o Corinthians não ganhava. em 1977, do jeito que foi, foi uma explosão muito grande”, disse Casagrande.
Por fim, o ex-jogador de futebol relembrou os momentos como jogador, destacando a participação nas duas conquistas corinthians do Campeonato Paulista de 1982 e 1983, relembrando também a importância dos títulos para a Democracia Corinthiana, dentro e fora do campo.
“Agora como jogador, sem dúvida alguma foram os dois títulos do Campeonato Paulista pela Democracia Corinthiana, que ali o contexto era muito maior, não era só futebol, não era só bola rolando. Principalmente a final de 1982, que foi realmente, a gente precisava ganhar de qualquer maneira porque a gente estava defendendo a democracia e estava todo mundo, a grande maioria, o governo todo contra, passando vários problemas e ali naquela final foi o time da democracia contra o São Paulo“, disse.
“Infelizmente o São Paulo, se ganhasse o campeonato, iria ajudar quem era contra a democracia, porque os caras iam cair matando e mostrar que era uma bagunça, ‘tá vendo não ganham um título’, porque eles não tinham argumento algum, porque o time jogava muito e ganhava todas as partidas. Aquela final, o time campeão foi o Corinthians, mas a grande vencedora foi a democracia naquele momento. Aquilo me emocionou bastante naquela final“, completou.