- Por Kennedy Cardoso / Redação da Central do Timão
O cenário político do Corinthians segue esquentando a cerca de dois meses da eleição que vai definir o sucessor de Duilio Monteiro Alves na presidência alvinegra. Na noite da última quarta-feira, 20, o ex-diretor de futebol e das categorias de base do clube, Carlos Nujud, conhecido como Nei, anunciou a saída da chapa 88, União dos Vitalícios, por discordâncias com o grupo.
A chapa 88 é uma das principais e mais influentes na política do Corinthians. A União dos Vitalícios decidiu, recentemente, apoiar o candidato de oposição, Augusto Melo, nas eleições, apesar de alguns membros não concordarem com a decisão. Um deles foi o próprio Carlos Nujud, motivo pelo qual o ex-dirigente decidiu abandonar o grupo.
De acordo com Nujud, em vídeo publicado no Instagram, a União dos Vitalícios conversou nos últimos meses para lançar um candidato próprio para enfrentar André Luiz de Oliveira (situação) e Augusto Melo (oposição) nas eleições. Um nome levantado pela chapa 88 era o de Paulo Garcia, que já concorreu ao cargo máximo do Corinthians em oportunidades anteriores – leia a declaração completa de Nujud abaixo.
Mas, segundo Nujud, Paulo Garcia disse que não conseguiria disputar o pleito porque “não conseguiu se desvencilhar de problemas profissionais e particulares”. Sem a alternativa de uma candidatura própria, a União dos Vitalícios decidiu dar apoio, mesmo que sem concordância geral de todos os membros da chapa, ao candidato Augusto Melo.
Carlos Nujud não concordou com a decisão da chapa em apoiar um dos dois candidatos e se retirou da União dos Vitalícios. O ex-diretor do Corinthians fez críticas às duas candidaturas, dizendo que André “Negão” significaria um continuísmo do grupo Renovação & Transparência, que comanda o clube desde 2007, enquanto Augusto Melo representa uma “aventura”, com promessas populistas e difíceis de serem cumpridas.
Nujud foi diretor de futebol do Corinthians entre os anos de 1998 e 2000, na gestão de Alberto Dualib. No período, o clube conquistou títulos relevantes, como dois Brasileiros (1998 e 1999), um Paulista (1999) e um Mundial (2000). Anos depois, o ex-dirigente se tornou diretor das categorias de base nas gestões de Roberto de Andrade e na última de Andrés Sanchez, entre os anos de 2017 e 2020.
A chapa 88, União dos Vitalícios, é uma das oito que, até o momento, declararam apoio a Augusto Melo, junto com 05 (Paixão Corinthiana), 30 (Corinthians Mais Forte), 77 (São Jorge 77), 82 (Movimento Corinthians Grande), 83 (Valores Corinthianos), 90 (Oficial 90) e 95 (Arquibancada 95).
Já André Negão, até agora, conta com o apoio de sete chapas: 10 (Renovação & Transparência), 11 (Fiéis Mosqueteiros), 26 (Somos Associativos), 15 (Tradição Corinthiana), 22 (Preto no Branco) e 33 (Corinthians Com Respeito), além da recém-criada 23 (Resgata Corinthians).
Leia a declaração completa de Carlos Nujud (clique AQUI para assistir ao vídeo no Instagram):
“Convidado para participar do grupo pelo Fran (Papaiordanou), fiquei muito lisonjeado e contente, sabedor de quem compõe esse grupo. Pessoas íntegras, da mais alta confiabilidade e com serviços relevantes prestados ao clube. Mas as conversas sempre geraram em torno de um candidato da própria chapa.”
“O nome que sempre conversávamos era do Paulo Garcia. Infelizmente, o Paulo Garcia, nessa última reunião, disse que não poderia mais ser candidato porque não conseguiu se desvencilhar dos problemas profissionais e particulares para poder pleitear o cargo. Faz parte, é democrático.”
“O grupo achou que estava muito em cima da hora para lançar um candidato, o que eu discordo veementemente, porque é uma eleição com duas candidaturas que não inspiram confiança para o eleitor. Não é aquele voto que é melhor para o clube, ‘é esse’. Temos uma candidatura, de um lado, que é um continuísmo de 15 para 18 anos, mesmo continuísmo que a Renovação & Transparência surgiu na época para acabar com o do Dualib, de 16 anos.”
“Do outro lado, temos uma candidatura aventureira. É uma aventura, a gente nunca sabe. Discurso populista e promessas difíceis de serem cumpridas. Na política é assim, se promete tudo e cumpre o que der. O que não der, sempre vai se arrumar uma desculpa para justificar.”
“Nós precisamos de uma candidatura de mudança, corajosa. Isso não aconteceu. Espero que ainda apareça a candidatura de alguma chapa ou independente, não sei, para que a gente mude esse estado de coisas que acontecem no clube. Pelo menos para dar uma alternativa a mais para o eleitor.”
“Isso posto, gostaria de pedir desculpa aos meus companheiros de grupo, se magoei alguém. Gostaria que eu fosse respeitado, assim como respeitei a decisão de todos vocês. Peço desculpas, mas não tenho outra alternativa se não for me retirar do grupo. E desejar, ao próximo presidente, seja quem for, que terá sempre a minha torcida no que fazer de bom e minha crítica no que fazer de ruim, sempre em prol de um Corinthians melhor.”
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