Por Maria Beatriz de Teves / Redação da Central do Timão
No último domingo (24), o Corinthians voltou aos gramados, desta vez no Beira-Rio, onde empatou com o Internacional, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro. Antes do duelo, no entanto, as organizadas de Corinthians e Internacional se envolveram em uma briga nas proximidades do estádio. No conflito, um torcedor colorado ficou ferido e teve que ser levado ao Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS).
Após a briga, o Juizado do Torcedor e de Grandes Eventos do Tribunal de Justiça do estado do Rio Grande do Sul decidiu aplicar uma punição para ambas as torcidas organizadas: foram suspensas de frequentarem os estádios por um período de seis meses. Conforme a decisão do TJ-RS, as organizadas de Internacional e Corinthians, suspensas, foram a “Nação Independente”, do Colorado, e a “Camisa 12”, do Timão.
A briga
A confusão, segundo informações da imprensa gaúcha, teve início após torcedores organizados da equipe do Corinthians, que estavam se deslocando com ônibus e vans para o Estádio Beira-Rio, descerem dos veículos para conflitarem com uma torcida organizada do Internacional.
Este, vale lembrar, foi o primeiro duelo da competição que foi permitido a presença de torcedores visitantes para assistir à partida depois da pandemia. Antes, só estava sendo permitido a presença de torcedores da equipe mandante. As organizadas do Timão garantiram aproximadamente 300 ingressos.
Por Maria Beatriz de Teves / Redação da Central do Timão
Na noite da última segunda-feira (18), São Paulo e Corinthians se enfrentaram, no Estadio do Morumbi, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro – o jogo acabou em 1×0 para a equipe mandante. Após o clássico, torcedores de ambas as equipes protagonizaram cenas de violência, em Diadema. A informação foi dada inicialmente pela Band TV.
”Assim que acabou o clássico paulista, em Diadema, começou essa confusão generalizada justamente próximo a uma quadra que é utilizada pela torcida do Corinthians para assistir aos jogos e realizar outros eventos. Ao que tudo indica, o confronto foi premeditado, já que um motorista foi preso, com pedaços de madeira, barra de ferros e pedra. Uma confusão que começou com fogos de artificio de torcedores de um time contra torcedores de outros. Muita gente está envolvida nesta briga”, disse o repórter da Band TV.
Segundo a polícia, 200 pessoas estavam presentes na briga, onde apareceram utilizando barras de ferros, pedras e fogos de artificios. Na ocasião, um homem saiu gravemente ferido e encaminhado ao Hospital Municipal de Diadema pelo Samu. Além do mais, 16 torcedores foram presos pelas autoridades de segurança após o confronto.
O jogo, vale lembrar, não pôde contar com a torcida corinthiana nas arquibancadas do Morumbi. Apesar da autorização do retorno do público, a CBF ainda não deu o aval para a volta dos torcedores visitantes. No entanto, o avanço da vacinação e a queda recorrente das médias de mortes e infectados pela Covid-19 permitem esta liberação ainda na atual edição do Brasileirão.
Sidney Teixeira Nicolau, o principal suspeito da morte de Wallace Thomaz, membro dos Gaviões da Fiel e conhecido como Pirata, de 29 anos, teve sua prisão temporária decretada e está foragido. Sidney tem 27 anos, mora em Heliópolis, está desempregado, e é membro da torcida organizada do Palmeiras, Mancha Verde.
O suspeito teve sua foto como responsável do crime divulgada em grupos na internet poucas horas depois da briga. Segundo o UOL Esporte, no inquérito, há várias imagens anexadas, onde ele utiliza roupas da torcida. Além disso, uma tatuagem na altura do peito, sua orelha e corte de cabelo também foram detalhes importantes para seu reconhecimento.
O advogado do palmeirense, Jacob Filho, disse ao UOL Esporte que Sidney atirou em legítima defesa e “para o alto”, e prometeu apresentar seu cliente na próxima terça-feira (30) à polícia. O advogado ainda diz que o confronto aconteceu após uma emboscada armada pelos corintianos e usa disso na defesa de seu cliente.
“A Gaviões sabia que o ônibus de palmeirenses passaria por ali e armou a emboscada. Eles fizeram uma trajetória diferente para não passar em frente à sede, mas foram interceptados. O ônibus tinha criança e mulher, o objetivo não era brigar. Corintianos atiraram, outro palmeirense atirou, inclusive já prestou depoimento e entregou a arma”, afirmou o advogado.
Já o advogado que trabalha na defesa dos membros dos Gaviões da Fiel, Renan Bohus, rebate a tese de emboscada e destaca que o fato de se utilizarem de arma de fogo mostra premeditação.
“Os corintianos afirmam que foram pegos de surpresa. O trajeto dos torcedores rivais sequer deveria ter sido por aquele local, uma vez que é usual o caminho pela Rodovia Anchieta. Cabe ressaltar que se utilizaram de arma de fogo é porque premeditaram o fato. Se a real intenção fosse se defender deveriam ter acionado o batalhão da PM para escolta”, completou.
Além dos 22 envolvidos na briga que foram detidos no dia do fato e depois liberados, a Polícia Civil ouviu o presidente dos Gaviões, Rodrigo Gonzales Tapia, e da Mancha, André Guerra Ribeiro.
A briga terminou com 22 detidos, dois feridos e um morto. Foto: Reprodução vídeo whatsapp
Outro torcedor do Palmeiras que estava armado e efetuou disparos, Raoni Lopes Bonassi, se apresentou à polícia, após também ser flagrado em vídeos portando armas e, como Sidney, teve sua identidade revelada após um dos diretores da Mancha Alviverde reconhecê-los em depoimento. O diretor da agremiação, responsável por alugar o ônibus em que estavam os envolvidos na briga, sustentou que não sabia que a dupla estava armada. Ainda segundo a reportagem do UOL, Bonassi tem a propriedade e o registro de uma pistola Taurus 380 milímetros junto ao Exército, desde 2018.
Ele negou que tenha atirado na direção das vítimas, e afirmou que atirou em legítima defesa para dispersar um grupo que agredia o diretor da Mancha, o mesmo homem que o apontou como um dos atiradores. O suspeito conta que após o ocorrido deixou o local num Uber. Após ser ouvido pela polícia, ele teve sua arma apreendida.
No dia 30 de janeiro, por ocasião da final da Libertadores 2020, entre Santos e Palmeiras, torcedores organizados da Mancha Alviverde e dos Gaviões da Fiel protagonizaram um confronto que teve paus e barras de ferro, além de tiros por armas de fogo do lado palmeirense. Na briga, Wallace Thomaz, o Pirata, e Wallace Augusto Nascimento dos Santos, ambos corinthianos, foram atingidos com tiros no tórax. Santos sobreviveu, mas Pirata faleceu pouco depois já no hospital.