De acordo com Gustavo Otero, técnico e camisa 10 do Boca à época não se davam bem no vestiário; entenda
No dia 4 de julho de 2012, Corinthians e Boca Juniors entravam no Pacaembu para a disputa da finalíssima da Copa Libertadores. Do lado argentino, junto de toda a história dos seis títulos da principal competição do continente, os Xeneizes traziam consigo um clima tenso entre o treinador Julio César Falcioni e o principal jogador do time, Juan Román Riquelme.
A má relação entre os dois teria começado bem antes da partida em São Paulo. Pouco após a chegada do treinador, Riquelme reclamou publicamente que o treinador o havia feito “correr como um idiota”, o que já esquentou o clima entre ambos. Em entrevista à Rádio Mundo Boca, o ex-preparador físico à época, Gustavo Otero, assumiu que as coisas saíram um pouco do controle.
“Surgiu uma situação tensa que não era o que estávamos procurando”, revelou o profissional. Otero ainda contou que o desgaste entre treinador e jogador atingiu o ponto máximo antes da final contra o Corinthians.
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Por mais que o ex-zagueiro do Boca, Matías Caruzzo, tenha dito recentemente que Riquelme anunciou apenas após o jogo que deixaria o clube argentino, Otero cita que alguns jogadores já sabiam da decisão do camisa 10 antes de entrar em campo. Tudo porque o irmão do atleta teria publicado mensagens sobre o assunto nas redes sociais, o que, na visão do preparador, influenciou muito no desempenho da equipe.
“Hoje é difícil saber o quanto a decisão de Riquelme antes da final com o Corinthians influenciou o elenco, ninguém você sabe, o que posso dizer é que todos nós fomos mobilizados com essa situação”, declara Otero, que ainda explica como o Boca esteve irreconhecível em campo, bem diferente da postura que apresentava regularmente.
“Jogamos 13 jogos antes de jogar naquela noite contra o Corinthians e o time havia mostrado algo totalmente diferente. Estava mostrando uma atitude e um fervor que aquela noite não apareceu. Na final, algo extra de futebol nos transformou em time que não manteve o que havia feito durante toda a Copa Libertadores“, completou Gustavo Otero.
Por: Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão