Cada um no seu quadrado, uma frase antiga, mas que pode ser usada para os dias atuais. Quando você estuda jornalismo, você aprende alguns conceitos básicos sobre o papel da imprensa na sociedade. Repórter é uma das funções primordiais do mundo. É ele quem levará uma informação para a eternidade. A queda do Muro de Berlim, o fim da segunda guerra mundial ou até mesmo a informação do primeiro título mundial da Seleção Brasileira.
Em algum desses momentos da história, você viu algum repórter ser o centro das atenções? Claro que não.
A função de um repórter é pura e simplesmente reportar o fato, ser testemunha ocular da história, tal como o Repórter Esso.
As mídias sociais deram uma importância demasiada aos que só deveriam levar notícias ao público. Alguns jornalistas se acham mais importantes do que a notícia que ele é pago para transmitir.
Fábio Carille não é arrogante. Isso é falado por dez a cada dez pessoas que convivem com o treinador corinthiano. Não é perfeito como alguns repórteres são, ou ao menos acham que são. Carille comete erros como todos os treinadores ou seres humanos que na Terra habita. Talvez o maior erro de Carille seja não ser antipático com os setoristas que adoram levar invertidas de treinadores como Murici Ramalho era adorado pelas patadas distribuídas em coletivas. O Treinador tricampeão paulista e Campeão Brasileiro poderia ser chato e resmungão como o ex-treinador palestrino.
Mas ele não é nada disso, tenta responder a todas as perguntas, sofre com o mal de “sincericídio” e abusa da verdade numa terra em que respostas clichês agradam mais.
Hoje, repórter discute com entrevistado na ânsia de ter a razão e na vontade de ter seu nome ovacionado pelos lacradores de plantão.
O Timão sempre foi e sempre será considerado o verdadeiro “TIME DO POVO”, e a Arena Corinthians está levando cada vez mais o povo para ver os jogos no estádio. Após a inauguração do estádio em Itaquera, a média de público do Corinthians aumentou consideravelmente para o que vinha tendo no Pacaembu ou em outros estádios. E esse aumento fez o Timão alcançar números dos anos 70, década em que o clube mais levou torcedores às arquibancadas.
Foto Rodrigo Coca – Agência Corinthians
No ano de 1977, quando conquistou o histórico título paulista, diante da Ponte Preta, o Corinthians chegou à marca de 52.207 de média de público, recorde absoluto do clube e do Brasil. Temos que avaliar que nesta época, os estádios tinham capacidade de público muito maior que nos dias atuais, além de preço de ingresso, situação econômica etc.
Em 1978, no embalo do ano anterior, a média de público chegou a 36.844 torcedores por jogo, número maior que 1979, quando a média caiu para 34.730 torcedores por jogo. Após 1980, quando a média de público do Timão chegou a 34.207 fiéis corinthianos por jogo, o Corinthians passou mais de 35 anos com média de público abaixo dos 30 mil.
O Corinthians inaugurou a Arena oficialmente no dia 18 de
maio de 2014, diante do Figueirense, quando perdeu por 1 x 0, Gol de Giovani
Augusto, que fora contratado posteriormente. Em junho e julho desse mesmo ano,
a Arena foi entregue para a FIFA, para jogos da Copa do Mundo. Como o clube fez
bastantes jogos fora da Arena, nesse ano, a média de público subiu, mas não
alcançou a marca de 30 mil torcedores por jogo.
Desde 2015, as arquibancadas definitivamente foram ocupadas
e o clube vem sendo o recordista de público, ano após ano. O ano de 2017, fez o
clube chegar a sua 4° melhor média de público da história, ficando atrás apenas
de 77/78/79, levando 34.720 torcedores ao jogo, em média.
Veja o Top 10 de público em média do Corinthians, de 1971
até 2019:
Já está mais que comprovado por números que a Fiel torcida ficou mais fiel com a Arena Corinthians, e os números podem subir se a diretoria reduzir os preços de ingressos no setor Oeste Inferior, mas podemos dizer também que o acúmulo de títulos nos últimos 10 anos ajuda na presença de público no estádio.
Em reunião do Conselho Deliberativo do Corinthians, em fevereiro, um conselheiro pediu a palavra e perguntou ao presidente do clube se ele havia lido seu e-mail no qual criticava a gratuidade de ingressos para jogos na Arena Corinthians entregues a conselheiros e assessores.
Andrés respondeu que a entrega de ingressos para conselheiros não era ilegal e continuaria a ser distribuído entre os membros do conselho. Neste instante, Andrés foi aplaudido pela maioria dos presentes na reunião. A cada jogo na Arena Corinthians, cerca de 300 ingressos são cedidos à conselheiros, assessores e amigos de diretores.
No Parque São Jorge, temos 134 conselheiros vitalícios e 200 eleitos trienalmente, subdivididos em 8 “chapinhas” com 25 candidatos. Além disso, mais duas chapas ficam na suplência das vagas do conselho.
Andrés tem razão em afirmar que não há irregularidades em distribuir ingressos. No estatuto do clube não há nenhuma menção com relação a isso. Pode ser legal, porém, imoral.
Arena Corinthians – Créditos: Bruno Teixeira Rolo/Ag.Corinthians
Na noite desta segunda-feira (12), houve uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, no Parque São Jorge, onde foi detalhado, para os conselheiros, um acordo feito com a Odebrecht, diminuindo a dívida da Arena Corinthians com a Odebrecht.
Os detalhes do novo acordo foram mantidos em sigilo, por determinação do próprio presidente Andrés Sanchez. Caso algum conselheiro dê detalhes do novo acordo, poderá sofrer punição no clube, como a expulsão do quadro do Conselho.
A única informação autorizada a ser repassada pelos conselheiros e pelo próprio presidente, é que a dívida do clube com a Odebrecht caiu de 800 para 160 milhões de Reais. Nessa dívida não está incluído o valor que está sendo pago para a BNDES, através da Caixa Econômica Federal, dívida essa que está em 470 milhões de Reais.
Ainda não se sabem detalhes sobre o abatimento da dívida, mas é bem provável que o clube tenha repassado o restante dos CID’s à Construtora e abatido as obras inacabadas da Arena.
Segundo fontes, a reunião foi muito positiva e teve aprovação até mesmo de oposicionistas que fazem parte da Comissão da Arena.
Nos próximos dias, o Corinthians informará, de forma oficial, sobre o acordo com a construtora. Vale, também, lembrar que os valores citados acima são aproximados. Amanhã traremos mais informações sobre a reunião e o relatório.
O próximo presidente do Corinthians só será escolhido em dezembro de 2020, mas nos bastidores já começam a borbulhar nomes para o próximo pleito.
Andrés Sanchez, atual presidente do Corinthians (Foto Reprodução)
Andrés Sanchez, que voltou após dizer que não seria mais candidato, não tem nenhum nome escolhido para tentar a sucessão presidencial de sua chapa, Renovação & Transparência.
Entre os nomes que foram candidatos derrotados no último pleito, pelo menos dois podem tentar a eleição novamente:
Paulo Garcia (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
Paulo Garcia – ficou em segundo lugar na eleição 2018 e chegou perto de ser eleito, mesmo não querendo ser eleito, entenda. Paulo entrou na eleição apenas para enfraquecer os adversários de Andrés, facilitando assim sua volta ao cargo. Mesmo assim, obteve 832 votos, ficando 403 votos atrás de Andrés.
Felipe Ezabella (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
Felipe Ezabella – surgiu como um novo nome para a política alvinegra. Ficou em penúltimo lugar no último pleito, conquistando 461 votos. Apesar da 4° posição, Ezabella saiu fortalecido como sendo um dos nomes mais fortes da oposição corinthiana.
Entre os nomes para a sucessão de Andrés no seu grupo, dois estão em destaque:
Duílio Monteiro Alves – sempre leal ao presidente e diretor com muito bom trânsito dentro do Parque São Jorge, Duílio é visto com bons olhos entre os integrantes do grupo da situação.
André Luiz de Oliveira, André Negão (Foto: Imagem: Arquivo Pessoal )
André Negão – era pra ter sido o candidato de 2018, mas seu nome não foi bem aceito pelos sócios do clube. Andrés voltou por André Negão não ter votos necessários para ser eleito.
Veja os nomes de possíveis candidatos:
Heroi Vicente (Foto: Arquivo pessoal)
Heroi Vicente – conselheiro opositor atuante, vêm sendo muito efusivo em suas críticas ao atual mandatário, principalmente na questão dos pagamentos da Arena Corinthians;
Ricardo Maritan (Foto: Reprodução Facebook)
Ricardo Maritan – dificilmente aparecerá seu nome na próxima eleição, por não ter ainda dois mandatos de conselheiro – regra para poder se candidatar -, mas é um jovem com muita ambição dentro do Parque São Jorge. Maritan foi eleito conselheiro pela primeira vez, em 2018. Apesar de não poder se candidatar, vai agir nos bastidores por algum nome;
Ilmar Schiavenato (Foto: Reprodução/JovemPan)
Ilmar Schiavenato – candidato derrotado como vice, na chapa Democracia Corinthiana Participativa, Ilmar integrou a chapa de Romeu Tuma Júnior. Terminaram com 278 votos. Apesar de opositor, Ilmar é muito bem visto pelos sócios do clube e atuou como Diretor Social do Parque São Jorge na gestão Mário Gobbi Filho;
Antônio Roque Citadini (Foto: Divulgação/TCESP )
Antônio Roque Citadini – nome sempre presente na política do clube, Roque têm seu eleitorado cativo, não suficiente para ser eleito, mas que faz a diferença para os opositores. Citadini terminou em terceiro na última eleição com 803 votos.
Até dezembro tudo pode mudar, mas até o momento esses são os nomes que possivelmente aparecerão nas eleições.
Twitter @TioSamSccp
Vista aérea da Arena Corinthians, em Itaquera, zona leste de São Paulo
Vista aérea da Arena Corinthians – Foto: Fernandes de Oliveira/Estadão Conteúdo)
Diversas matérias estão sendo divulgadas falando sobre os números do pagamento da Arena Corinthians com a Odebrecht, Caixa e BNDES. Segundo a Folha de São Paulo, um diretor da Construtora teria dito que a dívida do Corinthians com a Odebrecht seria de 800 milhões de reais e não seria negociável. Esse valor somado aos 470 milhões de reais junto a CEF e BNDES, faria a Arena custar mais de 1,2 bilhão para os cofres do clube.
A cobrança noticiada foi imediatamente rechaçada por integrantes da Comissão da Arena, composta por alguns conselheiros opositores e da situação do clube. Segundo alguns membros, não houve nenhuma cobrança por parte do dirigente da construtora, tão pouco houve questionamentos de conselheiros sobre valores a pagar.
Já para a Revista Isto É, o diretor de Marketing, Caio Campos, disse que o Corinthians está negociando os valores do estádio, o que não é novidade e seria absurdo se não estivesse. Outros portais estão soltando especulações sobre pagamentos efetuados ou pendentes.
Mas o que sabemos de fato, sobre os números? Quase nada.
A única verdade sobre os números da Arena Corinthians é que não há quase nenhuma informação concreta sobre essa dívida. A diretoria do Timão esconde os valores a sete chaves, inclusive há uma cláusula absurda de confidencialidade no contrato entre Odebrecht e Corinthians.
Única informação que veio a público foi a compra pela Odebrecht do restante dos CID’s os quais o Corinthians têm direito, que giram em torno de R$385 milhões. Além disso, a outra parte da dívida da construção da Arena está sendo paga em parcelas mensais com a Caixa Econômica Federal. Você pode ver mais clicando na matéria veiculada pela Central do Timão no último dia 26, abaixo.
Haverá uma reunião no próximo dia 12 de agosto para tratar o tema, após um pedido feito por conselheiros. Antes disso, a Comissão da Arena emitirá um relatório e garante que o imbróglio está próximo de ser resolvido, segundo o relator da comissão.
Enquanto isso, não confie em nada do que seja publicado. Todos os números que saem nos noticiários são especulativos.
Juarez Soares – O China nos deixou nesta tarde de terça-feira (23). Um brilhante jornalista esportivo que fez sua voz ecoar por milhares de rádios e TV’s, durante décadas pelo Brasil afora.
De voz firme com um tom “caipiresco” que dava aquela sensação de estarmos conversando com um amigo de longa data. E não deixa de ser isso. O China é um daqueles jornalistas que faz a sua voz sair como se estivesse numa mesa de bar, tomando uma cerveja e comentando aquela final de campeonato entre Corinthians e Palmeiras, no dia seguinte.
Juarez tinha voz firme, mas tinha elegância ao elogiar ou criticar um time ou jogador, que te fazia pensar duas vezes antes de xingar aquele jogador que perdeu aquele gol sem goleiro, na cara do gol. Juarez passou por diversos canais de rádio e televisão, sempre levou junto seus ouvintes, era fiel ao seu ideal e a seus amigos. Fez grandes parcerias em narrações esportivas, principalmente com Silvio Luiz, Luciano do Valle, Ciro José e até mesmo com o gênio Osmar Santos, no programa Balancê, na Rádio Excelsior.
Juarez Soares era um Corinthiano apaixonado pelo clube, mas sempre foi imparcial em seus comentários. Tão imparcial que só quem realmente o acompanhava sabia do seu corinthianismo.
O Governador de São Paulo, João Dória, vetou o PL 1363/2015 de autoria de Itamar Borges que dispõe sobre a autorização, comercialização, propaganda e consumo de bebidas alcoólicas em eventos esportivos nos estádios de futebol e arenas esportivas localizadas no Estado de São Paulo.
Créditos Folha/Press
O projeto foi aprovado na Assembleia Legislativa do Estado, mas foi vetado por João Dória, hoje. Ele alegou que o projeto é inconstitucional e fere o Estatuto do Torcedor.
Acontece que no Estatuto do Torcedor não há nenhum artigo dizendo claramente que é proibido vender cerveja ou outro tipo de bebida em estádios. Há o Artigo 13-A II que diz: “não portar objetos, bebidas ou substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência”.
Esse artigo foi acrescido pela Lei 12.299, de 2010, porém não há nenhuma especificidade sobre vendas de bebidas alcoólicas ou não alcoólicas, dentro de um estádio de futebol. O que há é um artigo muito abrangente sobre o tema.
Enquanto São Paulo continua sem arrecadar impostos e tributos em eventos esportivos por esse veto, clubes deixam de arrecadar com patrocínios e vendas, já que todos os torcedores que consomem cervejas, ficam nas imediações das arenas e estádios, consumindo de ambulantes que trabalham na clandestinidade e sem impostos. Lembrando que diversos estados já liberaram a venda, propaganda e consumo de cervejas.
Enfim a Copa América terminou e teremos o Corinthians de volta à sua casa, seu lar e seu refúgio. O torneio continental de seleções foi um sucesso para quem foi torcer na Arena Corinthians, os jogadores elegeram a casa da Fiel como o melhor estádio da competição e a Conmebol faturou muitos milhões em Itaquera. Dito isto, digo que o único prejudicado nesta história foi o Corinthians.
Foto: AP
A Conmebol faturou mais de 26 milhões – só considerando a
renda do jogo -, na Arena Corinthians e ao Corinthians foi repassado um valor
de 1 milhão de reais. Veja bem, 1 milhão de reais não paga a parcela do mês de
julho da dívida corinthiana pelo estádio.
Não bastasse o prejuízo financeiro, o Timão ainda teve que fazer três amistosos longe de São Paulo, tentando arrecadar algum valor que chegasse perto do que arrecada na Arena. A arrecadação dos três amistosos, longe de casa, contra Londrina, Botafogo de Ribeirão Preto e Vila Nova, foi de cerca de 950 mil reais, bruto. Contando as despesas e a divisão com o clube local, não chegaram aos cofres corinthianos nem 500 mil reais.
Para fazermos um exercício rápido aqui, no Campeonato
Paulista o Corinthians teve uma renda média bruta de R$ 1.829.382,22 por jogo.
Se avaliarmos que sobra em torno de 65% do valor, o Timão tem uma renda de R$
1.189.098,44. Essa é a média de faturamento por jogo, num campeonato em que o
Timão joga contra equipes do interior em noites de chuva, frio e a Fiel
comparece.
Agora imagine se o Corinthians não tivesse cedido a Arena, e realizasse três amistosos em sua casa, contra equipes mais fortes que Londrina, Vila Nova e Botafogo de Ribeirão Preto, o Alvinegro teria um ganho muito maior que 1 milhão de reais e teria aproveitado melhor, tecnicamente, essa parada da Copa América.
A Copa América foi legal para a Conmebol, torcedores, CBF, menos para o Corinthians.
Marlene Matheus, ex-presidente do Sport Club Corinthians Paulista Foto retirada da internet
A Paulistana do Brás e corinthiana de corpo e alma, Marlene Matheus nos deixou. Mulher de fibra, especialista em cada canto do Parque São Jorge, e primeira presidente mulher da história do Corinthians (talvez da história do futebol), foi se juntar ao seu segundo amor e marido Vicente Matheus, juntos com Sócrates, Luizinho, Teleco, Idário, entre outros.
Vicente e Marlene fizeram mais pelo Corinthians que qualquer outro presidente, conselheiro, sócio e até mesmo jogadores que pelo clube passaram. Se casaram em 1968 e ficaram 29 anos juntos até Vicente nos deixar, em 1997. Marlene assumiu o protagonismo no clube em 1991, quando assumiu a presidência do Timão. Sua gestão não foi vitoriosa, nenhum título.
Para quem não conhece os meandros do Parque São Jorge, posso dizer que, mesmo distante da direção, sempre influenciou as eleições do Corinthians. No último pleito, em 2018, apoiou Antônio Roque Citadini. Em 2007, chegou a ser vice-presidente da primeira gestão do atual presidente Andrés Sanchez.
A palavra corinthianismo poderia ser sinônimo de Família Matheus, que estaria muito bem representada. Marlene foi rever seu segundo amor, Vicente Matheus, mas levou consigo seu primeiro amor, Corinthians, na alma e na história.
Volante limpo, com ótimo tempo de bola e preciso nos desarmes, Ralf de Souza Teles está em sua oitava temporada pelo Corinthians e carrega muitas glórias em sua bagagem pelo Timão.
Em 2010, quando contratado, Ralf tinha a missão de substituir Cristian, um dos jogadores mais identificados com o clube, então vendido para Europa. Não decepcionou, o volante teve boa atuação e conquistou sua titularidade, no decorrer do ano.
Em 2011, foi peça chave do
pentacampeonato brasileiro. Carregou o piano para o time, liberando Paulinho
para atacar com mais tranquilidade.
Humilde e discreto, o meio-campista alvinegro chegou à incrível marca de 418 jogos pelo Corinthians e é o 14° jogador com mais atuações pelo clube, ficando atrás apenas de jogadores como Wladimir, Luizinho, Ronaldo Giovanelli, Biro-Biro, e outros poucos.
O
ano de 2012 foi um ano especial na história do Corinthians. A tão sonhada Taça
Libertadores da América enfim chegou, e começou com um gol dele. Não podia ser
diferente para não deixar de ser tão especial. Na estreia do time na
competição, Ralf foi o responsável pelo gol de empate aos 48 do segundo tempo,
contra o Desportivo Táchira, no empate por 1×1. O resto do ano está eternizado
na mente e no coração de cada corinthiano. Ralf conseguiu fazer o que nem a
seleção brasileira conseguiu em Copa do Mundo: anular o Belga Hazard. O MUNDO
ERA NOSSO, MAIS UMA VEZ!
Ralf já era ídolo da Fiel, mas passou por um momento de pressão. O jogador chegou a ser alvo de questionamentos por alguns torcedores e até mesmo pela diretoria, no ínicio de 2015, ano em que o clube conquistou o hexacampeonato brasileiro. Após a eliminação na Taça Libertadores da América para o modesto Guarany do Paraguai, o time viveu momentos turbulentos e Ralf foi perdendo a posição de titular para o hoje rival Bruno Henrique. Ralf não se abalou e continuou treinando forte para recuperar seu lugar na equipe titular.
Enquanto trabalhava para recuperar sua vaga, vivia uma guerra de bastidores com o então presidente Roberto de Andrade, que não queria renovar seu contrato sem redução salarial. A titularidade não demorou a retornar e ele foi peça fundamental para a conquista do hexacampeonato, sendo capitão e erguendo a taça, após a incrível goleada de 6×1 sobre o São Paulo, na Arena Corinthians.
Foto de Daniel Augusto Jr.
Já a “novela” sobre a renovação de
contrato durou até o final do ano e não foi do jeito que o clube esperava. Ralf
fez um novo contrato com uma multa baixa – 2 milhões de Euros -, já sabendo que
viria uma proposta do futebol chinês. O Beijiing Guoan pagou a multa e tirou
Ralf do Corinthians. Parte da torcida não perdoou a saída conturbada do volante
em meio à um desmanche surreal que o clube vivera no final de 2015. O tribunal
das mídias sociais o carimbou como mercenário.
Em dois anos longe, o Corinthians encontrou em Gabriel teu substituto ideal, mas longe de ter a mesma qualidade e regularidade que Ralf sempre demonstrou enquanto esteve em campo. Mesmo assim, Gabriel foi peça importante para o bicampeonato paulista (17/18) e o heptacampeonato brasileiro, em 2017.
Após encerrar seu contrato com o clube chinês, Ralf não pensou duas vezes e decidiu voltar para o Timão, seu clube de coração, onde já incluiu mais dois títulos paulistas para sua coleção.
DISCIPLINA INVEJÁVEL
Ralf
é um jogador que tem apenas 9 gols marcados, mas tem dezenas de centenas de
gols evitados contra o Corinthians, e o melhor de tudo, é um volante que sabe
jogar limpo. Em 418 jogos disputados pelo clube, Ralf tem apenas 48 cartões
amarelos (uma média de quase 1 cartão a cada 9 jogos) e NENHUM cartão vermelho.
Jogador de destruição de jogadas sem nenhum cartão vermelho é algo muito além
do entendimento de qualquer torcedor.
Ralf
sempre foi o parceiro ideal de Elias e Paulinho, dois volantes que fizeram
história no clube, mas vai além disso. Com sua proteção à frente da zaga,
jogadores medianos saíram do Corinthians com status de ótimos. Posso citar dois
exemplos claros: Paulo André e Cléber. Paulo André pintava quadros melhor do
que jogava futebol, mas após passagem pelo Timão ganhou fama e passeou pelo
México, Cruzeiro e Athletico Paranaense. Assim como o zagueiro Cléber que fez
dupla com Gil, em 2014, e foi vendido para o futebol europeu.
NÚMEROS
Os
números do Pitbull são para serem jogados para uma das prateleiras mais altas
de ídolos do Parque São Jorge:
Jogos
– 418
Gols
– 9
Temporadas
– 8
Títulos:
9
Campeonato
Paulista – 2013/2018/2019
Campeonato
Brasileiro – 2011/2015
Recopa
Sulamericana – 2013
Taça
Libertadores da América – 2012
Mundial
Interclubes da FIFA – 2012
Diante de toda essa história acima
descrita, digo que Ralf é o símbolo de uma era vitoriosa do Corinthians, e
nossa geração é privilegiada em poder acompanhar tudo de perto.
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