O Corinthians tinha um acordo verbal para contratar o zagueiro Adriano Martins, do Novorizontino, mas a negociação não deve mais acontecer. A diretoria alvinegra fez uma análise do jogador com a comissão técnica de Mano Menezes e decidiu recuar nas tratativas, segundo a Rádio Bandeirantes.
De acordo com o ge.globo, o estafe do jogador ainda aguarda uma reunião com o Corinthians. Entretanto, os dois lados já tratam a transferência como improvável neste momento. O zagueiro chegaria ao clube sem custos após o término de contrato com o Novorizontino, com um vínculo que seria de três temporadas.
Adriano Martins foi peça fundamental na campanha do Novorizontino que terminou com a quinta colocação na Série B de 2023. O zagueiro foi oferecido ao Corinthians e agradou ao novo analista de mercado do clube, Thiago Gasparino, com quem trabalhou no Tigre em 2022. Porém, a boa avaliação não passou pela diretoria e comissão técnica.
Revelado pela Penapolense, o jogador chegou ao Novorizontino em 2020 e fez parte das campanhas dos acessos às Séries C e B. Adriano Martins disputou 47 jogos na última temporada, sendo 35 na segunda divisão nacional. No primeiro semestre, o defensor fez parte da campanha que recolocou a equipe na Série A1 do Paulistão.
Agora provavelmente sem Adriano Martins, o Corinthians deve contar com quatro zagueiros para 2024: Caetano, Lucas Veríssimo (adquirido em definitivo junto ao Benfica), Raul Gustavo (de volta após empréstimo ao Bahia) e Félix Torres (recém-contratado do Santos Laguna).
Nos últimos dias um acontecimento ganhou muita repercussão em toda a imprensa esportiva mundial. A atleta americana Simone Biles desistiu de provas dos jogos de Tóquio, após erros cometidos, durante suas apresentações nas olimpíadas. Os distúrbios mentais enfrentados pela atleta são corriqueiros pelo mundo, sendo que alguns jogadores que já passaram pelo Corinthians também tiveram grandes problemas.
Desde o início dos jogos olímpicos de Tóquio Simone apresentava sinais de que não estava bem emocionalmente. Em redes sociais ela escreveu frases que demonstravam isso. “Sinto peso do mundo nos ombros”, “Eu sei que eu me esforço e faço parecer que a pressão não me afeta, mas, às vezes, é difícil” revelava a ginasta.
Após desistir das provas, a atleta revelou mais sobre seu drama “Assim que eu piso no tatame, sou só eu e a minha cabeça, lidando com demônios. Tenho de fazer o que é certo para mim e me concentrar na minha saúde mental e não prejudicar minha saúde e meu bem-estar”.
Diante do ocorrido, a Federação de Ginástica dos Estados Unidos também se posicionou, dando apoio à ginasta “Após uma avaliação médica adicional, Simone Biles retirou-se da competição individual geral final. Apoiamos de todo o coração a decisão da Simone e aplaudimos sua bravura em priorizar seu bem-estar. Sua coragem mostra, mais uma vez, por que ela é um modelo para tantos”.
A cobrança pessoal e externa, bem como o stresse e a ansiedade contribuíram para o estado atual de saúde mental de Simone. A atleta, exemplo para muitos, sinônimo de excelência, não suportou um peso, que para muitos é invisível, mas que ela sentiu, “levando-lhe para uma queda”, não no palco da apresentação, mas na sua vida como um todo.
O multicampeão olímpico Phelps, que também sofreu problemas durante sua carreira, ao abordar o caso de Simone, afirmou “Você tem que poder pedir ajuda, quando está passando por momentos difíceis. É algo que tive dificuldade de fazer durante minha carreira”.
No Corinthians também já passaram atletas que tiveram problemas durante suas carreiras. Nilmar e Adriano Imperador são exemplos de atletas que tiveram sucesso, faturaram muito, mas isso tudo não impediu deles serem acometidos por distúrbios mentais.
Adriano Imperador estava em uma fase incrível de sua carreira, mas, com a morte de seu Pai, viu-se completamente alterado emocionalmente, fato que provocou uma grande Depressão, trazendo para ele sofrimento e abalando sua performance em campo.
Após aparentemente ter superado, ou ao menos melhorado de tal situação, o jogador teve passagem pelo Corinthians.
Apresentação de Adriano pelo Corinthians em 2011 Foto: Daniel Augusto Jr. / Fotoarena
Adriano escreveu a seguinte mensagem em uma rede social “Simone Biles… sei exatamente o que está passando e não deixe as pessoas te crucificarem. Seja feliz e cuide da cabeça!”.
Nilmar foi outro caso de ex-jogador corinthiano que sofreu com distúrbios mentais. Além do Timão, ele atuou em outros clubes como Lyon, Santos e Internacional. O jogador, quando da sua passagem pelo Santos abandonou suas atividades profissionais, por não conseguir administrar sua batalha contra a depressão e o dia dia de jogos e treinos.
“Você não consegue sair, por mais que você lute, mais triste você fica, mais angústia… Só quem enfrentou, quem viveu próximo a isso, e o atleta profissional tem essa imagem de ser um super-herói”, declarou Nilmar ao ao site Globo Esporte, em entrevista ao seu ex-companheiro de Corinthians Roger Flores.
Nos últimos anos, tivemos, inclusive, jogadores de futebol comentendo suicídio. Neste ano de 2021 dois episódios deste tipo aconteceram. Seid Visin, ex-jogador das categorias de base do Milan, de apenas 20 anos, cometeu suicídio. Dias atrás, o jogador uruguaio Emiliano Cabrera também teve o mesmo fim daquele.
No dia dia, um atleta está sujeito as mais variadas circunstâncias que podem causar problemas para sua saúde mental. As pressões podem ser por questões esportivas como desempenho, angústia, ansiedade ou dificuldade de absorver as cobranças, problemas com lesões, exposição por ter se tornado uma pessoa pública, assim como por questões da vida pessoal do atleta.
Diversos são os estudos divulgados nos últimos anos sobre a existência real de problemas mentais no ambiente esportivo. Atletas merecem ter uma atenção especial, com profissionais especializados sendo disponibilizados para o acompanhamento periódico.
Assim, a saúde mental do atleta deve ter uma atenção especial pelos Clubes, Federações, familiares e até patrocinadores. Todos devem dar total apoio e tentar ao máximo antever o início de crises ou acompanhar problemas que já existam com os atletas.
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Adriano Leite Ribeiro, conhecido popularmente como Adriano “Imperador” e que atuou pelo Corinthians por um curto período, entre 2011 e 2012, concedeu uma entrevista ao site “The Players Tribune” nesta terça-feira (11), e comentou sobre a reta final de sua carreira.
“Quando rompi o tendão de Aquiles em 2011, eu sabia que ali estava tudo acabado para mim, fisicamente. Você pode fazer uma cirurgia, reabilitar e tentar continuar, mas nunca mais será o mesmo. Minha explosão se foi. Meu equilíbrio se foi. Eu ainda manco. Ainda tenho um buraco no tornozelo”, disse o ex-atacante.
Adriano, em 2012, atuando pelo Corinthians diante do Botafogo/SP, no Campeonato Paulista. Foto: Imago.
“Foi a mesma coisa quando meu pai morreu. Mas a cicatriz estava dentro de mim. ‘Cara, o que aconteceu com o Adriano?’ É muito simples. Tenho um buraco no tornozelo e outro na alma”, continuou lamentando.
Atualmente, o ex-atleta está com 39 anos e aposentado do futebol desde 2016, quando teve breve passagem pelo Miami United, dos Estados Unidos. No Brasil, também atuou por São Paulo, Flamengo e Athletico/PR. Na Europa, brilhou pela Inter de Milão na década de 2000, além de ter defendido a Fiorentina, o Parma e a Roma.