No dia 8 de julho de 2009, o Corinthians entrou no gramado do Pacaembu para enfrentar o Fluminense pelo Campeonato Brasileiro. Já campeão do Paulistão e da Copa do Brasil, o Timão tinha conseguido seu objetivo na temporada: classificar-se para disputar a Libertadores no ano de seu centenário, em 2010.
Só que, dentro de campo, não se viu um time acomodado, mas sim um Ronaldo Fenômeno com fome de gols. Logo aos 25 minutos, o camisa nove do time marcou o primeiro – também seu primeiro gol no Brasileirão -, recebendo passe de Douglas na entrada da área. Cinco minutos depois, foi a vez de Dentinho ampliar.
Ainda aos 36 do primeiro tempo, Ronaldo ‘fez valer o ingresso’ dos mais de 27 mil presentes no Pacaembu. Em uma de suas clássicas arrancadas, o jogador tabelou na intermediária e só parou com a bola no fundo das redes, após driblar dois jogadores do Flu.
Na volta para o segundo tempo, mesmo com os 3×0 no placar, o Fluminense tentou diminuir a diferença; e conseguiu. Aos 27, Dario Conca marcou o primeiro. Já aos 36, Diego Sacoman fez contra. Porém, já aos 41 minutos, Ronaldo fechou a conta com um ‘míssil’ de fora da área, direto no ângulo de Ricardo Berna.
Ficha técnica do jogo Corinthians 4×2 Fluminense 8 de julho de 2009 Estádio do Pacaembu Campeonato Brasileiro Árbitro: Héber Roberto Lopes Público: 27.329 pagantes Corinthians: Felipe, Alessandro (Diogo), Chicão, Diego Sacoman, André Santos, Cristian, Elias, Douglas (Boquita), Jorge Henrique, Dentinho e Ronaldo (Henrique). Técnico: Mano Menezes. Fluminense: Ricardo Berna, Mariano, Edcarlos, Cássio, João Paulo, Wellington Monteiro, Fabinho (Marquinho), Diguinho (Alan), Conca, Leandro Amaral (Carlos Eduardo) e Fred. Técnico: Carlos Alberto Parreira. Gols: Ronaldo (25′, 36′ e 86′), Dentinho (30′), Conca (72′) e Diego Sacoman (contra) (81′). Expulsões: Fred (81′).
Brazilian striker Ronaldo (2-L), of Corinthians, vies with Fabiano Eller (L) and Germano (R) of Santos, during their 2009 Paulista Championship football derby final match, at Vila Belmiro Stadium, in Santos, some 80 km south of Sao Paulo, Brazil, on April 26, 2009. AFP PHOTO/Mauricio LIMA (Photo credit should read MAURICIO LIMA/AFP via Getty Images)
Programação exibe vitória por 3×1 em cima do Santos na Vila Belmiro pela partida de ida da final paulista de 2009; saiba como e quando assistir
No início da noite desta sexta-feira (3), o canal SporTV 3 exibe o VT do jogo entre Santos e Corinthians pela final do Campeonato Paulista de 2009. A reprise vai ao ar a partir das 18h.
No dia 26 de abril de 2009, Corinthians e Santos entraram no campo da Vila Belmiro para a primeira parte da decisão do estadual. De um lado, Ronaldo, bicampeão do mundo e consagrado; do outro, Neymar, jovem e no início de sua promissora carreira. Logo aos 11 do primeiro tempo, brilhou a estrela de outro nome: Chicão. O zagueiro fez um gol de falta e colocou o Timão na frente.
Porém, era dia de Ronaldo. Aos 26 minutos, o camisa nove recebe lançamento de Chicão, mata a bola com maestria e coloca no fundo das redes. Apesar da plasticidade do lance, ainda havia mais show do Fenômeno naquela tarde. Aos 32 do segundo tempo, o jogador recebeu a bola, cortou o marcador, e ainda da intermediária, marcou de cobertura em cima do goleiro Fábio Costa.
Apesar do gol contra de Felipe, o Corinthians saiu de Santos com a vitória por 3×1. No domingo seguinte, conquistou o troféu paulista, no Pacaembu. Foi o primeiro título de Ronaldo com a camisa alvinegra.
Ficha técnica da partida Santos 1×3 Corinthians 26 de abril de 2009 Vila Belmiro Paulista 2009 – Final – Ida Santos: Fábio Costa, Luizinho, Fabão, Fabiano Eller, Triguinho (Maikon Leite), Germano, Pará, Paulo Henrique Ganso (Robinho), Madson, Neymar e Kléber Pereira (Roni). Técnico: Vágner Mancini. Corinthians: Felipe, Alessandro, Chicão, William, André Santos, Cristian (Túlio), Elias, Douglas (Boquita), Morais, Jorge Henrique (Fabinho) e Ronaldo. Técnico: Mano Menezes. Gols: Chicão (11′), Ronaldo (26′ e 77′) e Felipe (contra, 61′).
Reveja as conquistas do Timão e se recorde qual era a situação do clube em 2009
Atualmente, como podemos ver, o Timão atravessa boa fase. A equipe alvinegra conquistou o Campeonato Paulista, está na quarta colocação do Brasileirão e conseguiu feito inédito na Sul-Americana, alcançou a semifinal da competição. Ainda por cima, o Corinthians foi o único time do Brasil que ainda não perdeu após o retorno da Copa América.
Se hoje em dia as coisas andam muito bem, a pergunta que surge é: como estava o Corinthians há exatos 10 anos ?
Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians
Após a conquista do título da Série B do Brasileirão em 2008, Mano Menezes seguiu no comando do clube alvinegro para a temporada de 2009. O comandante também ganhou um grandíssimo reforço para o ataque, o que muitos consideram a maior contratação da história do clube, se tratava de Ronaldo, o Fenômeno.
O Timão iniciou a temporada com a disputa do Campeonato Paulista. Na fase primordial da competição, a equipe disputou 19 partidas, conseguiu 11 vitórias, 8 empates e nenhuma derrota, ficando na 3° colocação da primeira etapa do torneio e, sendo assim, classificando-se para a fase final.
Na semifinal, venceu o São Paulo nas duas partidas. No jogo de ida, disputado no Pacaembu, derrotou o rival por 2 a 1. Já no jogo de volta, saiu com a vitória por 2 a 0, no Morumbi, e conquistou a sua vaga para a decisão.
Na final, o Timão entrou em embate contra o Santos, seu arquirrival. No jogo de ida, na Vila Belmiro, venceu o alvinegro praiano por 3 a 1, sendo um dos gols de Ronaldo, um tento muito emblemático que está até hoje na memória da Fiel. O técnico Mano Menezes mandou a campo Felipe, Alessandro, Chicão, William, André Santos, Cristian, Elias, Douglas, Morais, Jorge Henrique e Ronaldo
No jogo de volta, no Pacaembu, o Corinthians empatou em 1 a 1 com o Santos e conquistou o seu vigésimo sexto título do Campeonato Paulista. Além de tudo, a conquista poderia servir como combustível para que o clube alcançasse mais triunfos naquela temporada. Mano fez duas alterações para este jogo, Diego Sacoman, garoto da base do Timão, no lugar de Chicão e Dentinho no lugar de Morais.
Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians
Em paralelo com o Campeonato Paulista, estava ocorrendo a Copa do Brasil, competição na qual o Timão buscava o terceiro troféu. Na primeira fase, o Coringão derrotou o Itumbiara por 2 a 0 e não foi necessário que houvesse o segundo jogo. Na etapa subsequente, venceu o embate contra o Misto pelo mesmo placar, eliminando assim o jogo de volta.
Nas oitavas de final, enfrentou o Athletico-PR, no jogo de ida foi derrotado por 3 a 2, na Arena da Baixada. Apesar da derrota, os dois gols deixaram o Timão vivo e a vitória por 2 a 0, no Pacaembu, sacramentou a classificação do Corinthians as quartas de final.
Já nas quartas de final, se o alvinegro quisesse chegar a mais uma semifinal iria ter que vencer o Fluminense. No primeiro embate, disputado no Pacaembu, o Timão se sobressaiu e venceu o tricolor carioca por 1 a 0. Para conseguir a classificação no Maracanã, bastava o empate e, coincidentemente, foi o que aconteceu. O jogo terminou com o placar igualado em 2 a 2, para a alegria da Fiel.
Na semifinal, mais um carioca estava pela frente, desta vez, o Vasco da Gama iria ser o adversário. O primeiro jogo aconteceu no Maracanã e o fator torcida poderia afetar o desenrolar do time de Mano Menezes, mas não foi o que aconteceu, a partida se encerrou com o 1 a 1 no placar. O resultado não foi o melhor possível, porém tendo em vista que existia a vantagem do gol fora, o desfecho foi agradável ao Corinthians. Bastou o placar de 0 a 0 em São Paulo para o Timão alcançar mais uma final no ano.
Foto: Reprodução
Na primeira partida da decisão, contra o Internacional, no Pacaembu, o técnico Mano Menezes mandou a campo Felipe, Alessandro, Chicão, William, Marcelo Oliveira, Cristian, Elias, Douglas, Jorge Henrique, Dentinho e Ronaldo. Com gols de Jorge Henrique e Ronaldo, o Timão abriu bela vantagem e já estava com a taça na mão.
Para o jogo da volta, no Beira Rio, a única mudança foi André Santos, lateral-esquerdo, no lugar de Marcelo Oliveira. O Timão foi ao intervalo com mais dois gols na conta, ou seja, o Internacional precisaria fazer cinco gols para sagrar-se campeões da competição. O colorado ainda diminuiu a vantagem e igualou o placar, mas de nada adiantou e o Corinthians tornou-se campeão da Copa do Brasil de 2009.
Para finalizar, o Brasileirão. Há exatos 10 anos, o Corinthians estava na 6° posição do Campeonato Brasileiro, com 23 jogos disputados, 10 vitórias, 7 derrotas e 6 empates, somando 36 pontos, nove a menos que o líder Palmeiras. O Timão vinha de vitória contra o Santos, por 2 a 1, no Pacaembu.
Na artilharia do clube, até aquele momento, tinha:
Vale ressaltar que Andrés Sanchez, presidente do clube naquela época, saiu e retornou em 2018 à presidência do clube. Fábio Carille, hoje treinador do Corinthians, era auxiliar técnico de Mano Menezes.
Pedra no sapato colorado em 2005 (ano este que o Corinthians foi tetracampeão brasileiro em um torneio de grandes polêmicas e reviravoltas), o Internacional encontrou uma boa maneira de dar uma revanche ao clube paulista.
Na última rodada do Brasileirão de 2007, o Internacional visitava o Goiás (este que estava lutando para não cair), enquanto o Corinthians (também lutando para não cair) visitava o Grêmio no antigo Estádio Olímpico.
Naquela tarde do dia 2 de dezembro de 2007, torcedores colorados e gremistas se uniram por apenas um objetivo: torcer para o rebaixamento do Corinthians.
Enquanto o Corinthians empatava com o Grêmio por 1 a 1, o Internacional entregou o resultado para a equipe goiania por 2 a 1.
Fato curioso é a arbitragem que marcou um pênalti para o Goiás, o qual Paulo Baier bateu e errou a cobrança, o juiz mandou voltar a cobrança, alegando que o goleiro avançou. Na segunda penalidade, Clemer defendeu novamente o chute de Paulo Baier, mas foi marcada outra infração do arqueiro do Internacional.
No terceiro pênalti, Élson se apresentou para a cobrança e mandou a bola no canto esquerdo de Clemer, colocando o Goiás em vantagem no jogo e sobre o Corinthians contra o rebaixamento.
Com os resultados o Corinthians foi rebaixado para a Série B de 2008.
O resultado da partida entre Goiás e Internacional gera muita polêmica, com suspeitas de entrega de jogo e mala branca.
Torcedores corinthianos que estiveram presentes no Olímpico naquela tarde, contaram que gremistas e colorados andavam pelas ruas abraçados, em prol do rebaixamento Corinthians.
Fato é que apesar de ser o maior campeão no Brasil no século XXl, o Corinthians fez bonito na Série B em 2008, subindo e ganhando o título.
Logo em 2009, o clube paulista sagrou-se tricampeão da Copa Do Brasil em cima do mesmo Internacional, dentro do Beira-Rio.
Após a queda para a Série B, o Corinthians ganhou treze títulos (5x Paulista, 3x Brasileiro, 1x Copa Do Brasil, 1x Série B, 1x Libertadores, 1x Mundial, 1x Recopa).
Era uma tarde extremamente quente em Presidente Prudente. Prenúncio de alta tensão, de mais um dia HISTÓRICO no mundo do futebol. Na véspera do dérbi, tanto Corinthians, quanto Palmeiras, se revezaram no reconhecimento do gramado. Um treino depois do outro, um aberto, comandado por Vanderlei Luxemburgo, e outro fechado. O técnico Mano Menezes fazia mistério para confirmar ou não a titularidade do Fenômeno. E o domingo começou com aquela magia típica de um dos maiores clássicos do país.
Me lembro bem de ter visto o estádio encher em uma velocidade surreal. Numa fração de segundos, lotação máxima detectada. Ah, Prudentão! Foi lindo te ver dividido quase que geometricamente, metade VERDE, metade PRETO. Quanta saudade! A batalha sonora e visual das arquibancadas dava um tempero todo especial ao clássico.
Ronaldo começou no banco, mas, no decorrer da partida, mudaria a história daquele 8 de março de 2009. Entrou no lugar do argentino Sergio Escudeiro. Mal tocou na bola e já soltou uma bomba no travessão. Os espectadores já estavam todos incrédulos. Seria essa mais uma volta por cima, Fenômeno!? Não deu outra!
O resultado do jogo poucos se lembram. A falha do goleiro Felipe no gol de Diego Souza também caiu no esquecimento. Mas aquela cabeçada, aos 47 do segundo tempo…
O cruzamento milimétrico. Douglas, que no jogo anterior havia sido duramente criticado por não ter passado a bola e consagrado o camisa 9, dessa vez caprichou na assistência. E não teve jeito, o cara subiu mais alto que toda a zaga adversária. Testada firme, como se fora um especialista no jogo aereo. A rede estufa. A Fiel explode! Tinha que ser do mesmo lado da torcida corinthiana, né!? Coincidências da vida. Do contrário, não teria a mesma emoção. O mesmo impacto. O frenesi segue, a placa de publicidade é pulada como um menino. Se pendura no alambrado como se já soubesse que, imediatamente, viria a se tornar um grande ídolo do clube.
Uma APOTEOSE, especialmente preparada pelo destino. Que dia! Que gol! Esse, ninguém esquece. E jamais esquecerá. Para sempre na memória: Um domingo fenomenal!!!
