Pressionado no comando do Corinthians por três empates seguidos, contra Juventude, Atlético-GO e América-MG, Sylvinho pode fazer as pazes com a torcida corinthiana no próximo sábado (25), se vencer o Palmeiras, em jogo que terá início às 19h (Brasília) e será válido pela 22ª rodada do Brasileirão, na Neo Química Arena.
“A senhora não sabe o que é um Corinthians e Palmeiras”, disse o ator Lima Duarte no filme “Boleiros – Era Uma Vez o Futebol”, de 1998. Pois é. Nos últimos anos, o clássico em Itaquera acabou decidindo a vida de quatro treinadores do Timão – três deles levaram a pior. Sendo assim, Sylvinho tenta usar o Derby como um possível divisor de águas no comando do clube do Parque São Jorge.
O primeiro dos técnicos citados é Cristóvão Borges, que assumiu a equipe após a ida de Tite à Seleção Brasileira, em junho de 2016. O treinador chegava para o clássico contra o arquirrival na 26ª rodada do Brasileirão daquele ano após uma sequência de duas derrotas (Ponte Preta e Santos), dois empates (Fluminense e Coritiba) e apenas uma vitória, sobre o Sport Recife.
No entanto, o Timão foi dominado pelo arquirrival, não esboçou poder de reação e perdeu em casa no dia 17 de setembro de 2016, com gols de Moisés e Yerry Mina. Logo após o término da partida, o Corinthians anunciou o fim da passagem do técnico no CT Joaquim Grava.
O segundo da lista é Fábio Carille, o único que “dividiu as águas” de forma positiva contra o Palmeiras. Na ocasião, em 22 de fevereiro de 2017, o ex-auxiliar havia assumido o comando da equipe há cerca de dois meses e chegava para o clássico na Neo Química Arena com duas vitórias seguidas, sobre Novorizontino e Audax, ambas por 1×0. No entanto, uma derrota para o maior rival poderia mudar os eixos de um trabalho que ainda estava no início.
Porém, o Timão conquistou a vitória com gol de Jô aos 42 minutos do segundo tempo de forma heroica, pois perdeu Gabriel por expulsão ainda no primeiro tempo – é bom ressaltar que a falta que originou o cartão vermelho para o volante foi cometida por Maycon, hoje no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. Depois do confronto, o time foi encaixando e ganhando confiança, sendo campeão do Paulistão e do Brasileirão naquela temporada.
O terceiro do ranking é Tiago Nunes, que foi contratado no fim de 2019 mas só estreou em 2020. Na ocasião, o Corinthians chegava para o duelo contra o arquirrival com um desempenho aquém do esperado na temporada, já sendo eliminado na fase prévia da Copa Libertadores e algumas semanas após perder o título paulista para o próprio adversário nos pênaltis.
Na oportunidade, o Corinthians perdeu novamente por 2×0 e ainda viu Fagner e Danilo Avelar serem expulsos. O jovem treinador não resistiu ao revés e acabou sendo mandado embora logo após o clássico. É bom ressaltar que dois dias antes da partida, o presidente alvinegro na época, Andrés Sanchez, garantiu que não demitiria Tiago Nunes nem com “pressão insuportável”.
“Eu não vou mandar o Tiago Nunes embora neste momento. Ele não tem culpa (da fase ruim). Tem culpa, mas apenas uma parcela, não é o único. Está uma pressão insuportável para tirá-lo. Não vou tirar. Quando ele perder o grupo, sim. Enquanto tiver o grupo, ele continua sendo técnico do Corinthians”, disse o ex-mandatário há pouco mais de um ano, para o programa “Tino Marcos Uchôa.
O último da lista é Vagner Mancini, desligado do cargo em maio deste ano, após duas eliminações seguidas no início da atual temporada – Copa Sul-Americana e Campeonato Paulista. O Corinthians chegava para o clássico na semifinal do torneio estadual após sofrer uma goleada por 4×0 do Peñarol, no Uruguai, sendo desclassificado precocemente da competição continental e com enorme pressão sobre o trabalho do treinador.
Contudo, o Timão não conseguiu segurar o arquirrival em sua casa e perdeu por 2×0, vendo o presidente Duilio Monteiro Alves anunciar a demissão do experiente técnico cerca de uma hora após o apito final.
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