Apresentado pelo Ceará nesta sexta-feira (19/03), o atacante colombiano Stiven Mendoza, o ‘Speedy’, relembrou sua passagem pelo Corinthians e revelou que jogar no Alvinegro do Parque São Jorge foi um salto em sua carreira. Em entrevista ao ESPN Brasil, Mendoza ainda contou episódios ocorridos nas duas passagens pelo Chennaiyin FC, da Superliga da Índia, durante o tempo em que viveu no país asiático, foi tratado como um verdadeiro ‘marajá’.
“Eu tinha chance de ir para o Atlético-PR e Corinthians. Meu empresário falou que a melhor opção seria o Corinthians, pela estrutura e pela torcida. ‘Lá eles gostam de garra e raça, e você vai se encaixar no estilo, porque luta, corre, dá carrinho e vai pra cima, é o que eles gostam’, ele me disse. Recebi a proposta e falei com o Rincón, que me disse: ‘Pode ir de olhos fechado’. Aí acertamos na hora”, revelou.
No Timão, o atacante impressionou pela velocidade e ganhou, da torcida, o apelido de “Speedy Mendoza”, fazendo referência a Ligeirinho, personagem de desenho animado.
“O apelido de Speedy começou na Colômbia, mas só entre amigos mais próximos. Quando cheguei ao Corinthians ele voltou com força total, principalmente depois daquela arrancada que dei contra o Palmeiras. Fui de uma área à outra e quase fiz um golaço, mas o Prass defendeu muito bem. Daí o apelido pegou de vez”, relata.
“Chegar ao Corinthians foi uma mudança muito grande na minha vida, um salto ótimo na carreira. Foi uma experiência muito boa em todos os aspectos. No começo a língua dificultou, mas a adaptação foi muito boa. Todo mundo me adotou e sempre me ajudaram demais”, exalta.
Stiven chegou ao Corinthians após boa participação na Superliga da Índia, no final de 2014. Foi contratado por quatro anos e foi campeão Brasileiro em 2015. O atacante marcou apenas três gols, nas 31 partidas que participou, sendo 16 como titular. Com poucas oportunidades, acabou emprestado ao seu time anterior, na Índia, onde teve uma temporada brilhante, fazendo dois hat-tricks e o título de melhor jogador da Superliga. Stive recorda, saudoso, seus tempos de rei no país.
“Fizemos uma grande campanha e fomos campeões. Nessa época, me colocaram para morar em um hotel que não era cinco estrelas… Acho que na verdade tinha umas 10 estrelas (risos) Era muito bom”.
“Como a liga local dura poucos meses, eles te dão todo o suporte para você se sentir bem. Nesse meu hotel tinha de tudo: seis restaurantes, shopping de luxo, comida o tempo todo… Você se sentia sempre à vontade, parecia que estava em casa. Tinha serviço de quarto que resolvia tudo, trocavam a roupa de cama umas quatro vezes por dia (risos)”.
“E a comida era muito boa, mas tinha que ficar esperto, porque eles comem muita coisa apimentada. A gente pedia para trazerem coisas menos picantes, porque os sul-americanos não estão acostumados com essa pimenta toda.“
“Toda hora que a gente queria sair para dar um passeio tinha um carrão de luxo à disposição. Se cada um fosse sair para um lado, eles arrumavam um carrão para cada um com motorista particular. Isso era bom, porque o trânsito lá é muito diferente. Mas não é o caos que todo mundo acha. A gente vê pela TV e parece que nem dá para andar, mas no fim é mais tranquilo do que parece”, contou Mendoza.
Em 2016, Mendoza acabou voltando ao Corinthians ao final do empréstimo ao Chenayin. Com poucas oportunidades na equipe de Fábio Carille, foi repassado mais uma vez ao Bahia, onde ficou até o término do contrato no final de 2017. No começo de 2018, foi vendido ao Amiens, da França, por um milhão de euros.
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