O Corinthians encerrou sua participação na Libertadores de 2023 com vitória na noite desta quarta-feira, 28. Já sem chances de avançar ao mata-mata após uma campanha decepcionante na fase de grupos, o clube utilizou jogadores reservas e do sub-20 para receber o Liverpool, do Uruguai. Mesmo assim, venceu por 3 x 0, com gols de Matheus Araújo, Felipe Augusto e Adson. Um verdadeiro show dos garotos do Terrão.
O clima antes do jogo não era favorável para uma vitória tranquila do Corinthians, uma vez que as organizadas não cantaram durante os primeiros 35 minutos em forma de protesto. Mas a equipe não encontrou qualquer dificuldade e dominou o Liverpool do começo ao fim. Bastante leve e veloz, o time criava chances, mas parava em boas defesas do goleiro Britos, até abrir o placar com Matheus Araújo aos 31.
O segundo tempo seguiu com o mesmo cenário. Corinthians e Liverpool voltaram do intervalo sem alterações e os comandados de Vanderlei Luxemburgo mantiveram o ritmo intenso. Logo no início da etapa final, o Timão marcou com Giuliano, mas o gol foi anulado por impedimento. Porém, aos 18, Felipe Augusto mostrou oportunismo e aproveitou rebote de um chute de Adson, melhor em campo, para ampliar o placar.
O Liverpool teve uma chance de diminuir o prejuízo com um pênalti dado pela arbitragem após toque de mão de Giuliano. Mas o gigante Carlos Miguel defendeu. Ainda deu tempo de Vanderlei Luxemburgo promover as estreias dos volantes Gabriel Moscardo e Ryan no elenco profissional. O primeiro, aliás, roubou a bola e iniciou o lance do gol de Adson, que fechou o placar aos 34 minutos.
E como fica?
O resultado faz o Corinthians encerrar sua participação na Libertadores com sete pontos – duas vitórias, ambas contra o Liverpool, três derrotas e um empate. A pontuação deixa o clube na terceira colocação do Grupo E, algo que garante uma classificação aos playoffs da Copa Sul-Americana. O Timão ainda não conhece seu adversário na fase que antecede as oitavas de final da competição.
Próximo compromisso
O Corinthians, agora, volta a pensar no Brasileirão, onde se encontra na 15ª colocação, próximo da zona de rebaixamento. No próximo domingo, dia 2 de julho, às 11h, o Timão enfrenta o Red Bull Bragantino, pela 13ª rodada do campeonato nacional, na Neo Química Arena. Uma vitória pode fazer a equipe de Vanderlei Luxemburgo ganhar duas posições na tabela de classificação.
Escalação do Corinthians
Eliminado da Libertadores com uma rodada de antecedência, o Corinthians decidiu sequer relacionar os titulares para o jogo desta quarta-feira e entrou em campo com jogadores considerados reservas, com exceção de Fausto Vera, que se recuperou de lesão no tornozelo e foi utilizado para retomar o ritmo de jogo. O banco de reservas foi composto, majoritariamente, por garotos do sub-20.
Portanto, o técnico Vanderlei Luxemburgo escalou o Corinthians com Carlos Miguel; Rafael Ramos, Murillo, Caetano e Fábio Santos; Fausto Vera, Giuliano e Matheus Araújo; Adson, Wesley e Felipe Augusto.
Foram seis desfalques para o duelo: os meio-campistas Cantillo (treino parcial com o grupo), Paulinho (lesão no ligamento do joelho) e Renato Augusto (edema na panturrilha esquerda), o meia-atacante Chrystian Barletta (trauma no joelho direto) e os atacantes Gustavo Mosquito (em recuperação de lesão no joelho) e Romero (em tratamento de tendinite no joelho direito).
Já no banco de reservas, o Timão contou com as seguintes opções: Matheus Donelli, Léo Mana, Vitor Meer, Giovane, Pedro, Breno Bidon, Pedrinho, Kayke, Gabriel Moscardo, Renato Santos, João Pedro e Ryan. Todos esses jogadores foram formados nas categorias de base do clube.
Escalação do Liverpool
Do outro lado, o modesto Liverpool entrou em campo sonhando com uma vaga na Copa Sul-Americana. Por isso, o técnico Jorge Bava decidiu escalar força máxima e praticamente repetiu a escalação que derrotou o Nacional, pelo Campeonato Uruguaio, na última sexta-feira, 23, por 3 x 0. As únicas mudanças foram as saídas de Meli, Rivero e Otormín para as entradas de Fabricio Díaz, Medina e Rodríguez.
Portanto, os Negriazules iniciaram o duelo em Itaquera com Sebastián Britos; Federico Pereira, Juan Izquierdo, Miguel Samudio e Gastón Martirena; Gonzalo Nápoli, Fabricio Díaz e Lucas Lemos; Alan Medina, Luciano Rodríguez e Rubén Bentancourt.
O único desfalque do Liverpool para a partida foi o meio-campista Marcelo Meli, suspenso por acúmulo de cartões amarelos. Rivero e Otormín foram sacados por opção do treinador Jorge Bava.
No banco de reservas, o treinador uruguaio teve os seguintes nomes à disposição para o decorrer do jogo: Rafael Hornos, Ignacio Rodrígez, Gonzalo Pérez, Gervasio Olivera, Matías Zunino, Martín Barrios, Yordi López, Leandro Otormin, Rodrigo Ribero, Renzo Machado e Maicol Cabrera.
Arbitragem
A Conmebol designou um trio de arbitragem venezuelano para comandar o confronto. O árbitro principal, Angel Arteaga, foi auxiliado pelos assistentes Tulio Moreno e Alberto Ponte. O boliviano Dilio Rodriguez foi o quarto árbitro, enquanto o colombiano Yadir Acuña ficou responsável pela operação do VAR.
Protesto
As principais torcidas organizadas do Corinthians não cantaram durante os primeiros 35 minutos de jogo, como forma de protesto à situação atual vivida pelo clube dentro e fora de campo. Membros de uniformizadas ficaram sentados nas arquibancadas na etapa inicial e estenderam faixas contra a gestão do presidente Duilio Monteiro Alves.
Primeiro tempo
O Corinthians deu a saída de bola e tentou chegar pela primeira vez com um minuto, mas Adson errou passe no campo ofensivo e deu contra-ataque para o Liverpool. Na sequência, Samudio encarou a marcação de Rafael Ramos na ponta esquerda, arriscou um cruzamento e acertou o lateral português.
Aos três minutos, Matheus Araújo cometeu falta em Medina na intermediária. Martirena cobrou com força, mas o goleiro Carlos Miguel fez a defesa segura. Logo em seguida, o Corinthians respondeu com Wesley, que escapou com velocidade pela esquerda e ganhou escanteio. Matheus Araújo cobrou e a zaga uruguaia afastou.
Os comandados de Vanderlei Luxemburgo deram a primeira finalização perigosa e quase abriram o placar aos cinco minutos. Matheus Araújo acionou Fábio Santos pela esquerda e viu o lateral cruzar rasteiro. Pereira cortou mal dentro da área e Wesley, meio desajeitado, chegou batendo. A bola passou perto do gol do Liverpool.
O Corinthians dominava as ações nos primeiros minutos de jogo e levava perigo, principalmente, pelos lados do campo. O Liverpool era encurralado na defesa e não conseguia sair com perigo. E aos 12, o Timão quase abriu o placar com Adson. O meia-atacante tabelou com Giuliano na entrada da área e chegou batendo de primeira, exigindo uma ótima defesa de Britos.
Já aos 17, Wesley rabiscou pela esquerda, invadiu a área e tocou para o meio. Adson apareceu na entrada da área, dominou, ajeitou e bateu forte, parando, de novo, em mais uma boa defesa do goleiro adversário, que vinha sendo o principal destaque uruguaio no jogo. Um minuto depois, Felipe Augusto girou sobre a marcação de Izquierdo, avançou pelo meio com a bola dominada e bateu rasteiro. Britos pegou e evitou o gol.
Dominado, o Liverpool só levava perigo quando o Corinthians errava na saída de bola. Foi isso que aconteceu aos 21: Giuliano vacilou no meio-campo e proporcionou contra-ataque para o adversário, aproveitado por Nápoli, que soltou a bomba de fora da área. A bola passou por cima do gol.
Pouco depois, Adson, que fazia bom jogo, recuperou a bola na entrada da área e foi derrubado por Samudio, sofrendo falta. O próprio meia-atacante cobrou à meia-altura e Caetano, de costas, achou passe para Murillo, que chegou batendo por cima. O Corinthians criava diversas oportunidades, mas não convertia em gol.
Aos 26, Giuliano aproveitou a defesa do Liverpool desarrumada e acionou Matheus Araújo em profundidade pelo meio. O garoto deu um lindo giro para se livrar da marcação e limpou o lance, deixando Adson na cara do gol pela direita. O meia-atacante perdeu o melhor ângulo, mas finalizou. A bola tirou tinta da trave.
Primeiro gol do Corinthians: depois de tanto martelar, o Corinthians abriu o placar aos 31 minutos. Adson recuperou a bola e tocou para Wesley, que fez excelente jogada individual pela esquerda do ataque, gingou para cima da marcação e bateu cruzado, de canhota, dentro da área. O chute explodiu na trave e, no rebote, Matheus Araújo apareceu para empurrar para o gol vazio.
O Liverpool tentou responder no minuto seguinte ao gol de Matheus Araújo. Os uruguaios chegaram com velocidade pela esquerda e a bola foi invertida para Martirena, que chegou chutando. Fábio Santos apareceu para bloquear e o adversário ganhou escanteio. Na sequência, Pereira cabeceou nas mãos de Carlos Miguel. Pouco depois, o goleiro alvinegro fez boa defesa após chute de Medina, de fora da área.
Neste momento, as torcidas organizadas do Corinthians começaram a cantar nas arquibancadas após 35 minutos em silêncio, como forma de protesto.
Os uruguaios buscaram uma pressão nos minutos finais do primeiro tempo para irem ao intervalo com, ao menos, um empate. A melhor chance do Liverpool no jogo aconteceu aos 43 minutos, com Nápoli, que chutou rasteiro de fora da área e Carlos Miguel se esticou para fazer a defesa. Em seguida, Fabricio Díaz finalizou por cima do gol.
A arbitragem acrescentou um minuto neste primeiro tempo. Mas, sem novos lances de perigo, o árbitro venezuelano Angel Arteaga levou o jogo para o intervalo com o placar de 1 x 0 para o Corinthians.
Segundo tempo
Corinthians e Liverpool voltaram sem alterações para o segundo tempo. E o cenário continuou o mesmo nos primeiros minutos, com os comandados de Vanderlei Luxemburgo dominando as ações e encurralando o adversário no campo defensivo.
Logo aos dois minutos, o Corinthians fez boa jogada coletiva no ataque. Adson chutou, a bola desviou no meio do caminho e sobrou para Giuliano, perto da pequena área. O meio-campista bateu de primeira e marcou gol, anulado posteriormente por impedimento após análise de três minutos do VAR.
Aos oito, Lemos arriscou de longe e viu a bola explodir em Murillo. Pouco depois, o jogo foi paralisado para atendimento médico a Fabricio Díaz, do Liverpool. O volante seguiu em campo após receber atenção médica.
Já aos 14, o técnico Vanderlei Luxemburgo fez sua primeira alteração no Corinthians ao colocar Pedro no lugar de Wesley, trocando dois pontas com características semelhantes. E logo após o jogo ser reiniciado, o Timão quase ampliou o placar com Felipe Augusto, que recebeu na intermediária, carregou e levou para o meio em uma boa jogada individual, soltando uma bomba de perna esquerda. Britos fez ótima defesa.
Segundo gol do Corinthians: Felipe Augusto, que teve duas boas finalizações defendidas ao longo do jogo, ampliou o marcador aos 18 minutos. Melhor em campo, Adson aproveitou rebote de um chute de Pedro, levou para a linha de fundo e bateu sem ângulo. A bola passou pelo goleiro Britos e bateu na trave do outro lado, voltando para a pequena área, onde o centroavante apareceu para marcar seu primeiro gol como profissional.
Aos 22 minutos, o Liverpool cobrou escanteio na segunda trave, a bola foi desviada e sobrou para Pereira, que chutou. A bola desviou no braço de Giuliano, mas, inicialmente, o árbitro não viu. Porém, após uma análise no VAR, Angel Arteaga marcou pênalti para os uruguaios e deu cartão amarelo para o meio-campista do Corinthians. Antes da cobrança, o técnico Jorge Bava colocou Rivero na vaga de Lucas Lemos.
O artilheiro do Liverpool, Bentancourt, foi para a cobrança e bateu no canto esquerdo de Carlos Miguel. Mas o goleiro caiu bem e defendeu seu primeiro pênalti com a camisa do Corinthians, mantendo a defesa alvinegra intacta no jogo. No rebote, o arqueiro de 2,04m ainda defendeu finalização de Martirena com os pés.
Já aos 31, Pereira testou cobrança de escanteio e viu a bola triscar a trave esquerda de Carlos Miguel, que só olhou a finalização sair pela linha de fundo. O Liverpool ficou por centímetros de diminuir o prejuízo na Neo Química Arena.
Pouco depois, Vanderlei Luxemburgo fez mais duas substituições no Corinthians: Felipe Augusto e Giuliano saíram para as entradas de Giovane e Gabriel Moscardo. Grande promessa da base alvinegra, o volante fazia sua estreia como profissional. Aos 33, Nápoli sofreu cartão amarelo após dar carrinho em Fausto Vera.
Terceiro do gol do Corinthians: o Corinthians fechou o placar em um lance que começou com um ótimo desarme de Gabriel Moscardo no meio-campo. O volante roubou a bola e achou passe em profundidade para Pedro, que partiu em velocidade na esquerda, entrou na área e cruzou para trás. Izquierdo afastou mal e Adson aproveitou a sobra para mandar para o fundo do gol vazio, coroando uma boa atuação individual na noite.
Logo após sofrer o terceiro gol, o técnico do Liverpool, Jorge Bava, colocou Otormín e Barrios nas vagas de Medina e Nápoli. Pouco depois, Vanderlei Luxemburgo fez mais duas alterações, dando oportunidade para Léo Mana e Ryan. Também foi a estreia do volante pelo profissional. Rafael Ramos e Fausto Vera foram substituídos.
Nos minutos finais, o Liverpool ainda teve chance em cobrança de falta de Otormín, que bateu por cima do gol de Carlos Miguel. Pouco depois, Giovane dominou no peito, avançou em velocidade, invadiu a área e armou o chute, mas foi desarmado por Fabricio Díaz no momento da finalização. Seria o quarto gol alvinegro.
A arbitragem acrescentou seis minutos neste segundo tempo. Sem novos lances de perigo, o venezuelano Angel Arteaga encerrou o jogo com vitória do Corinthians por 3 x 0 na última rodada da fase de grupos da Libertadores de 2023.
Estatísticas gerais (SofaScore)
Corinthians: três gols marcados, 62% de posse de bola, 14 finalizações (oito certas, duas erradas e quatro travadas), sete escanteios, um impedimento, 12 faltas cometidas, um cartão amarelo (Giuliano), quatro grandes chances criadas, sete defesas de Carlos Miguel (incluindo uma de pênalti), 416/482 passes, 28/44 bolas longas, 5/23 cruzamentos, 21/44 dribles, 128 perdas da posse de bola, 67 duelos ganhos, 11 disputas aéreas vencidas, 25 desarmes, 14 interceptações e 20 cortes.
Liverpool: nenhum gol marcado, 38% de posse de bola, 21 finalizações (sete certas, seis erradas e oito travadas), cinco escanteios, um impedimento, dez faltas cometidas, um cartão amarelo (Nápoli), uma grande chance criada, cinco defesas de Britos, 223/295 passes, 18/41 bolas longas, 4/14 cruzamentos, 10/20 dribles, 127 perdas da posse de bola, 55 duelos ganhos, dez disputas aéreas vencidas, 26 desarmes, nove interceptações e 23 cortes.
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