- Por Kennedy Cardoso / Redação Central do Timão
Nesta quinta-feira (24), o Sindicato de Atletas de São Paulo questionou o Corinthians sobre a rescisão contratual do zagueiro Danilo Avelar por um caso de racismo no jogo “Counter-Strike”. A organização alega que o defensor não pode ser punido por uma ocorrência extracampo, e que a nota publicada pelo Timão “deixa transparecer” uma pressão sobre os empresários do jogador para que aceitem um rompimento por mútuo consentimento.
“Assim como na nota que soltamos anteriormente que dizia respeito às condições dos atletas Lucas Lima, Patrick de Paula e Jô, a nossa posição se prende tão somente às questões dos direitos envolvidos na relação contratual, sem fazer apologia a qualquer defesa de atos racistas ou de intolerância”, disse a agência.
Dito isto, o atleta só poderia ter seu vínculo interrompido se fosse condenado pela Justiça Criminal de maneira a perder a própria liberdade. Isto também é um questionamento do Sindicato.
Eles também argumentam que a legislação obriga o clube a devolver o trabalhador nas mesmas condições de trabalho no momento da contratação. Atualmente, vale lembrar, Avelar está em tratamento de uma cirurgia no ligamento do joelho direito. O Corinthians também deveria garantir a estabilidade provisória de um ano a partir do momento em que ele estiver apto a atuar.
“Há um elemento que já fora pacificado na doutrina e jurisprudência, que é a comprovação do ato faltoso exercido de forma reincidente. E no caso do atleta Avelar não se tem notícia de que esse ato já havia acontecido em outras oportunidades. Com base nessa breve análise e, mesmo entendendo a repercussão nas mídias sociais replicada na imprensa esportiva, o clube deve ser mais cuidadoso na definição da questão. Afinal, mesmo que o atleta tenha cometido um ato de intolerância racial, podemos refletir se esse ato pode justificar a intolerância que está sendo construída contra ele. O Sindicato de Atletas SP oferece apoio jurídico e coloca-se à disposição do atleta”, finalizaram.
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