Na noite desta segunda-feira (01), o Corinthians recebeu a Chapecoense, em jogo válido pela 29ª rodada do Brasileirão, e triunfou por 1×0. O gol corinthiano foi marcado por Róger Guedes, aos 51 minutos do segundo tempo.
Em partida marcada pela maior quantidade de cruzamentos errados (51) e de passes certos (697) do Corinthians no torneio, segundo o Footstats, o time de Sylvinho com muita posse de bola, buscou sem sucesso a infiltração nos cruzamentos. Questionado sobre o motivo da insistência, já que pela escolha de Renato Augusto como ‘falso 9’, não tinha uma referência alta na área, o treinador explicou.
“Quando você tem um time adversário que atrasa as linhas, vem na proposta de se defender o tempo que for necessário… Obviamente a melhor jogada que tem hoje no futebol é entrar entre as linhas, aquela parte do meio-campo que você passa a primeira linha do adversário, seu atleta recebe, vira e joga contra a parte defensiva. Mas nem sempre ocorre isso porque essas linhas são curtas, aí você busca amplitude, aí vem o cruzamento. Da amplitude você não volta mais. A não ser que o adversário te feche. No mundo inteiro se escuta falar, grandes treinadores falam: “Se fecham, eu tenho que dar amplitude, aí fico com cruzamento”. O cruzamento é quase um passe incerto, não é algo seguro como trabalhar entre as linhas. É mais fácil a execução, tem mais controle da situação. Mas quando entra na amplitude é porque está tudo fechado por dentro. Mas respondendo a pergunta, sim, o primeiro pau é algo que a gente ataca muito. Não somos um time de muita altura. E já fizemos gols assim, Roni, Jô, em bola de cruzamento que ele gira como quase fez hoje. Nos faltou um pouco de entrada no primeiro pau. Um atleta entra ali e desvia a bola ou cria espaço atrás na área“.
“Os números que tenho são 38 cruzamentos. Não sou somente eu quem escolhe, o atleta joga, nós montamos uma estratégia. O outro time se defende em duas linhas de quatro e te dá o lado do campo, onde o cruzamento é um passe incerto. Se ele fecha por dentro, onde queremos entrar, e o atleta de mais qualidade quer o passe, mas sobra a amplitude, na construção de jogo, ela vira uma segunda opção. Entrar por dentro não somos nós que escolhemos. Se a gente faz um gol no começo, te sobra amplitude e por dentro. Então seja, quanto mais tranquilo estiver em campo, eu escolho, o adversário sai. Fica fácil. Não foi fácil, criamos situações por dentro e fora, mas o gol não veio. Ficamos mais nervosos, com adversário, arbitragem, atraso do jogo, mas é do jogo. Um time menos qualificado tecnicamente consegue ganhar do líder, isso ocorre no futebol, sabíamos da dificuldade, mas também da responsabilidade de ganhar em casa“, disse.
“Quando um time se fecha, vão vir os cruzamentos. Aí volto a dizer, faltou entrada no primeiro pau. E o Jô era essa opção, pensávamos, mas buscávamos um posicionamento da segunda linha de meio-campo, sobre como ficaria, talvez por isso demorou. Mas poderia entrar antes? Sim, sem problema nenhum. O Jô entrou, deu sustentação na área. No cruzamento do escanteio o Jô sobe com o Gil para sobrar no Róger no segundo pau, uma jogada que temos onde ele se afastar para a segunda trave para marcar“, concluiu.
O próximo compromisso do Corinthians é no sábado, contra o Fortaleza, às 17h, também em casa. O Timão fechou a 29ª rodada na sexta colocação, com 44 pontos, a quatro do quinto colocado Fortaleza.
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