Em maio de 2011, Dentinho deixava o Parque São Jorge rumo ao Shakthar Donetsk, da Ucrânia, com 55 gols marcados em 187 partidas. Cria do terrão do Corinthians, campeão do Brasileiro Série B em 2008, da Copa do Brasil e Paulistão 2009, e parte do melhor ataque do país ao lado de Ronaldo e Jorge Henrique, Dentinho ainda lidera o ranking dos maiores artilheiros do Timão no século XXI, ultrapassando Carlito Tevez, o maior goleador até então.
De lá para os dias de hoje, o atacante de 31 anos reina soberano como o Artilheiro do Século XXI do Corinthians. Foi Paolo Guerrero quem chegou mais perto, com 54 gols marcados.
Do elenco atual, é Jô, com 52 gols, o mais próximo de de bater a marca de Dentinho. Para isso, faltam três gols para igualar, e quatro para se tornar, isolado, o Artilheiro do Século do Alvinegro.
A lista dos maiores goleadores do Corinthians no século XXI tem:
1º: Dentinho – 55 gols
2º: Paolo Guerrero – 54 gols
3º: Gil – 53 gols
4º Jô – 52 gols
5º: Liédson e Jadson – 50 gols
6º: Tevez – 46 gols
7º: Chicão – 42 gols
8º: Elias – 41 gols
9º: Deivid – 37 gols
Curiosamente, todos os goleadores que ameaçaram se aproximar da marca de Dentinho, tiveram sua trajetória interrompida no Corinthians por algum motivo. Vejamos cada um, à exceção de Deivid e Tevez que chegaram a esses números antes da marca de Dentinho.
De 2012 a 2015 o atacante peruano atuou em 130 jogos pelo Timão e marcou 54 gols, alguns deles decisivos para títulos. Após isso, Guerrero não conseguiu mais marcar pelo Timão. Em maio de 2015, Fluminense e Corinthians faziam jogo parelho quando a bola do jogo caiu nos pés de Guerrero. Aos 22 minutos da etapa final, o peruano recebeu passe de Petros e, sem goleiro, desperdiçou uma chance incrível com o gol aberto. O tento inacreditavelmente perdido faria de Guerrero, juntamente com Dentinho, o artilheiro do século XXI do Corinthians.
Cortado por Tite do próximo jogo, contra o Palmeiras, Guerrero seguiu para o Flamengo, e muito se discutiu se ele havia perdido aquele gol propositalmente.
Artilheiro do Timão em 2011, quando marcou 23 gols, o jogador perdeu espaço na equipe titular na temporada seguinte, principalmente após a eliminação da equipe no Campeonato Paulista, quando passou a ser visto por Tite apenas como opção para o banco de reservas. Com problemas no joelho, Liédson passou a atuar menos. Com seis jogos no Brasileirão, Liedson ficou fora das partidas contra o Botafogo e contra o Náutico, nas últimas rodadas, para não ficar impossibilitado de atuar por outra equipe no Brasileirão.
Nesse mesmo ano, o Levezinho, que não chegara a um acordo com a diretoria, deixou o Corinthians rumo ao Flamengo, onde atuou em 16 partidas e marcou apenas quatro gols. Em duas passagens pelo Alvinegro, Liédson marcou 50 gols, sendo 23 em 37 partidas em 2003, e 27 gols em 72 partidas, em 2011/2012.
Um ano depois de chegar ao Corinthians, Jadson teve sua melhor temporada no Brasil ao terminar 2015 com 16 gols e 21 assistências em 57 jogos. Na ocasião, a equipe, comandada por Tite, foi campeã do Brasileirão. Em 2016, Jadson se transferiu para o Tianin Quanjian, da China, e, com dificuldades na adaptação, voltou ao Timão no ano seguinte, mas não conseguiu obter números a altura de 2015. Foram nove gols e cinco assistências em 48 jogos. O ano de 2018 reservou mais uma boa jornada para o meia. Mesmo com um Corinthians oscilante, que foi de campeão Paulista a apenas 13º no Campeonato Brasileiro, Jadson manteve a regularidade e encerrou com estatísticas contundentes: 15 gols e 10 assistências em 51 partidas.
Já em 2019, após sofrer com dores no joelho, Jadson voltou aos gramados em grande estilo. O meia substituiu Sornoza na partida contra o Ceará pela Copa do Brasil, e em menos de seis minutos, marcou o seu 50º gol com a camisa do Timão.
Entretanto, após isso, Jadson caiu bruscamente de rendimento e passou a amargar constantemente o banco de reservas e terminou sua última temporada pelo Corinthians com 38 jogos disputados, um gol, e deu duas assistências. Em setembro, ainda teve um gol contra o Vasco, pelo Brasileirão, anulado pelo VAR, alegando pelo impedimento de Mateus Vital na origem do lance. Após isso, o meia não marcou mais, e no começo de 2020, foi dispensado pelo então técnico Tiago Nunes, causando grande comoção na Fiel torcida.
O zagueiro chegou ao Corinthians em 2008 para integrar o elenco que disputou a Série B do Brasileirão e rapidamente se tornou ídolo da Fiel e xerife da zaga. Cobrador de faltas e pênaltis da equipe, o zagueiro marcou 42 gols em 247 jogos com a camisa do Timão. Foram 22 gols de pênalti, oito de falta e 12 com a bola rolando. Seu último gol foi em 10 de novembro de 2012, na goleada alvinegra por 5 x 1 sobre o Coritiba no Pacaembu, válida pelo Brasileirão, de pênalti, logo no começo da partida.
Após isso, em queda técnica, Chicão foi sacado pelo técnico Tite já no treino tático que antecedia o Majestoso. Contra o São Paulo, Wallace e Paulo André formaram a dupla titular, com Leandro Castán na lateral esquerda. Naquela manhã mesmo, Chicão pediu liberação da concentração, não ficando nem no banco no Majestoso. Em 2013, não aceitando o banco de reservas imposto por Tite, abriu mão da proposta de renovação feita pelo Corinthians e acertou sua transferência para o Flamengo.
Muito identificado com a Fiel, Elias chegou ao Corinthians em 2008, vindo da Ponte Preta. Jogador com grande poder de marcação e chegadas surpreendentes no ataque, o volante foi peça fundamental nas conquistas do Campeonato Paulista invicto e da Copa do Brasil de 2009. Em 2010 ganhou a Bola de Prata da ESPN e ficou em segundo lugar no Prêmio Craque do Brasileirão. Pelo Timão entrou em campo 253 vezes e marcou 41 gols. Conquistou quatro títulos: Brasileiro Série B (2008), Campeonato Paulista (2009), Copa do Brasil (2009) e Campeonato Brasileiro (2015).
O volante deixou o time em agosto de 2016, mesmo sendo um dos pilares da equipe e seguiu rumo ao futebol português surpreendendo a Fiel torcida. Um ano depois, em entrevista ao SporTV, Elias revelou que o real motivo de sua saída foi o desejo de disputar a UEFA Champions League. No Sporting, apesar de ter sido tirado do Corinthians pelo técnico Jorge Jesus, não recebeu oportunidades do treinador que sempre escalava Adrien Silva em sua posição.
Em sua terceira passagem pelo Alvinegro, o centroavante, formado no terrão, marcou nove gols desde que retornou, no meio de 2020. Antes disso, ele já havia balançado as redes por 43 vezes com a camisa corinthiana: 18 na primeira passagem (entre 2003 e 2005) e 25 na segunda passagem (em 2017). Ao todo, são 52 gols, faltando três para se igualar a marca de Dentinho como ‘artilheiro do século’.
No começo desta temporada, mesmo longe de ser o centroavante que ganhou os oito prêmios principais do futebol brasileiro em 2017(*), Jô marcou três gols, contra Fluminense, Sport e Ponte Preta. Foi dele o primeiro gol do Corinthians neste ano de 2021, o que pode significar o início de novos tempos.
Se entrar em campo do estádio Anacleto Campanella neste domingo (14), quando, às 19h, o Corinthians enfrenta o São Caetano pela quarta rodada do Campeonato Paulista, Jô terá mais uma chance de se aproximar da marca de Dentinho, que já dura 10 anos.
(*) Em 2017, pelo Corinthians, Jô acumulou oito prêmios individuais: Melhor centroavante e Craque da Galera do Campeonato Paulista, Melhor 2º Atacante e Melhor jogador no Troféu Mesa Redonda, Melhor centroavante e Bola de Ouro no Troféu Bola de Prata da ESPN, e Melhor atacante e Melhor jogador do Campeonato Brasileiro. Além disso, ficou em segundo lugar na votação das torcidas no Craque da Galera do Brasileirão.
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