Em meio aos efeitos da pandemia causada pelo COVID-19, o futebol brasileiro começa a sofrer de forma mais forte os reflexos das medidas adotadas por governantes e autoridades, assim como aconteceu em 2020, quando as competições ficaram interrompidas por alguns meses.
Enquanto grande parte dos dirigentes esportivos tentam achar soluções para a disputa das competições, muitas pessoas integrantes da mídia esportiva, bem como parte dos torcedores que consomem o produto futebol, posicionam-se contra a continuidade.
Depois de alguns meses sem demonstrarem de forma incisiva que eram contra a continuidade dos campeonatos, alguns profissionais da Rede Globo começaram a se posicionar de forma forte contra a sequência de jogos, a exemplo do comentarista esportivo Casagrande.
Contudo, o presidente da CBF, Rogério Caboclo, afirmou, em reunião com outros dirigentes esportivos realizada recentemente, que a emissora carioca, assim como seus patrocinadores, querem a continuidade dos jogos. Além disso, deixou claro que vai lutar de todas as formas pela sequência das competições.
“As pessoas em casa sob bandeira vermelha, sob bandeira preta… eu não abrirei mão a não ser sob doutorado dos senhores de deixar de jogar as competições nacionais e retirar nas internacionais e incorporará as Estaduais… Então, por gentileza, vamos pensar agora: nós podemos parar o futebol? a Rede Globo não quer. Ninguém quer (parar o futebol), seus patrocinadores não querem. E se parar sabe quando nós temos a segurança de dizer que a gente pode voltar? Nunca. No dia que o Governador do Mauricio… disser que pode. No dia que o Prefeito de São Nunca disser que pode… Eu não vou estar a mercê de nenhum deles. Eu vou… Landim, Galiotte, todos os presidentes.. eu vou mandar no futebol brasileiro e vou determinar que vai ter competição e que vocês estão fodidos se não tiver .”
Sobre essa fala de Caboclo, o comentarista Casagrande declarou:
“Tem pessoas morrendo em Brasília e sendo deixadas no chão porque o necrotério está lotado. Olha o tamanho do problema que temos no Brasil. Esses dirigentes não conseguem aceitar. São dois negacionistas, e o presidente da CBF está se mostrando um ditador.”
No Grupo Globo, embora em minoria, também a quem defenda a manutenção das competições, a exemplo do comentarista esportivo PVC, que cita como exemplo a continuidade das competições na Europa.
Ainda sobre as falas de Caboclo, a Globo emitiu a seguinte nota, publicada no portal GE:
“Como vem fazendo desde o início da pandemia há mais de um ano, a Globo segue respeitando as orientações dadas pelas autoridades competentes e acompanhando as decisões dos organizadores das competições. Entendemos que o momento é de cautela, e que a prioridade é a segurança de todos. Vamos seguir e respeitar todos os protocolos que forem definidos e decididos pelas entidades.”
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