Neste sábado (29) Sylvinho falou com a Corinthians TV. No bate-papo, o novo técnico falou sobre a expectativa da estreia no comando da equipe e relembrou sua trajetória no futebol e o início no Timão.
“O coração acelerado, muito acelerado. Muita expectativa, coração acelerado, ansiedade positiva, desejo”, disse sobre a estreia.
“Eu tenho até dificuldade em saber que palavra eu dirigo. Adaptação não é, obviamente, eu sou paulistano, nasci dentro do Corinthians, vivi parte importante da minha vida aqui. Readaptação também não, porque tenho visto e já tive trabalhando recentemente, alguns anos atrás, no CT novo, com os funcionários mais antigos, outros que incorporaram, mas, enfim, me sinto realmente em casa, não sei nem a palavra a utilizar. Tô me sentindo em casa.“
Iniciado no Futsal aos sete anos, atuando pelo CEI (Centro Educacional do Ibirapuera), Sylvinho iniciou sua carreira no futebol de campo na base do Corinthians. Sua estreia como profissional aconteceu em 1993, contra o Botafogo-RJ, pelo torneio Rio-SP, mas o ex-lateral só assumiu a titularidade da equipe em 1995, ano que a equipe foi campeã Paulista e da Copa do Brasil.
“Eu sou oriundo do futebol de salão, joguei muito tempo, joguei no CEI, nós estamos falando do ano 80, 81. Meu pai precisou correr atrás de uma identidade, não tínhamos, e aí eu fui tirar uma identidade com sete anos, assinei alí uma assinatura que eu nem tenho mais, pra poder jogar no Centro Educacional do Ibirapuera. Um treinador daí me levou para o Nacional, da Comendador de Souza, à partir daí eu joguei salão três, quatro anos mais, até que em um momento, os meninos do Corinthians que jogavam salão, que eu tinha uma certa amizade, queriam que eu viesse jogar campo, e fui convidado também pelo Corinthians”, relembrou Sylvinho.
“Só que a distância era um pouco grande, meu pai estava preocupado, eu também, até que, em 88, eu já com 14 anos, pra 15, por ali, eu tomei a decisão de vir, as condições, metrô, ônibus, do que qualquer adolescente já está mais maduro pode e deve fazer e, enfim, eu tomei minhas decisões, apoiadas evidentemente pela família, e vim. Estação Carrão, descendo até Celso García, Rua São Jorge, desce e para na padaria de cima alí, pega dois pãezinhos francês e desce pro clube. Ás 14h treina, até às 16h, 16h30, toma banho, sobe outra vez, chega em casa 19h30, 20h, enfim. E essa rotina foi de 88 até 94, onde eu profissionalizei em 95”.
“Eu estourei no último ano de juniores, tive passagens rápidas pelo profissional, em 93, 94, até pela minha composição física eu não cheguei maduro e maturado, digamos assim, no profissional. A resposta vem muito do atleta e eu, por uma composição física, tecnicamente sim, mas, fisicamente, o ritmo de jogo, as disputas, as imposições, eram diferentes e eu sofri. Eu sofri bastante alí nesse começo, até poder pegar aquele ritmo, então foi bastante difícil, embora tenha sido bem no último ano de juniores, eu encontrei algumas dificuldades no começo do profissional.”
“Ah, isso aqui nos remete lá em 95, o número não, porque, se eu não me engano, essa daqui evidentemente é do Marcelinho Carioca, um dos atletas mais importantes da história deste clube, que fez gols importantes em finais. Tive a felicidade de jogar com ele também“
“Passagem realmente muito bonita, passar pelo clube e ser vitorioso é realmente um casamento, uma combinação extraordinária. Muitas vezes você fica no clube por dois, três anos, quatro, às vezes mais, em etapas que realmente não marcam muito e não é que você perde algo, mas deixa de ganhar, talvez. Então fui muito vitorioso, ganhei três campeonatos paulista, a Copa do Brasil. O Campeonato Brasileiro em 98 foi o melhor momento, que aí já não era mais imaturado, já tinha uma certa experiência, era um momento de entendimento dentro do campo muito grande já, quero acreditar que o primeiro semestre de 98/99 foi o meu melhor momento, tanto ofensivo, quanto defensivo, compreensões táticas e fisicamente muito completo, o que combinou, inclusive, com a minha saída para o Arsenal.”
Com a camisa do Timão, Sylvio Méndez Campos Júnior, o Sylvinho, disputou 269 jogos, marcou três gols e conquistou cinco títulos: Campeonato Paulista (1995, 1997 e 1999), Copa do Brasil (1995) e Campeonato Brasileiro (1998), antes de se transferir para o Arsenal da Inglaterra em 1999.
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