Presidente Alvinegro revelou que o clube já perdeu cerca de 75% de suas receitas e preocupa perder atletas para o exterior na próxima janela; Carlos Augusto pode estar de mudança para o Monza, do futebol italiano
Em entrevista para a CNN, na última quarta-feira (08), o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, revelou que o clube perdeu cerca de 75% de seu faturamento no período e admitiu que pode perder jogadores para o exterior, devido à fragilização causada pela pandemia do coronavírus.
Andrés também afirmou que os efeitos da pandemia tendem a causar uma tragédia financeira sem precedentes na história do futebol brasileiro.
“O Corinthians faturava mais ou menos R$ 40 milhões por mês e está faturando 9, 8, 10 (milhões), no máximo. Então é praticamente uma queda de 75% na arrecadação dos clubes em maio, junho e julho e vamos aguardar se em agosto voltam todos os campeonatos e volta tudo ao normal. Mas realmente está tudo um caos e se durar muito mais tempo, será uma catástrofe no futebol brasileiro nunca vista”, explicou.
Desde 16 de março, quando houve a paralisação do futebol, o Corinthians já perdeu um patrocinador, teve suspensão nas verbas de outros parceiros e não recebeu cotas de TVs referentes aos direitos de transmissão das partidas. Sem contar a ausência de bilheterias que ajuda no pagamento da dívida da Arena e nos custos de manutenção do estádio.
O presidente corinthiano se mostrou preocupado com a perda de jogadores para o futebol europeu e árabe. Citou a desvalorização do real e a explosão dos valores do euro e do dólar, e acredita que isso vai enfraquecer ainda mais os clubes brasileiros em relação ao mercado externo, o que deve aumentar o número de jogadores deixando o Brasil na próxima janela, até mesmo para times menores do futebol europeu, pois os salários ficarão mais atraentes.
“Não só por causa da pandemia, mas o dólar a R$ 5,50, o euro a R$ 6, qualquer ‘timinho’ da Europa, com todo respeito, paga um milhão de euros por ano, que são R$ 600 mil por mês no Brasil. É óbvio que o jogador se atenta a isso, porque são seres humanos, são atletas, mas são comerciantes. Jogador é o corpo dele, mas ele vai onde tem o dinheiro, que é uma coisa mais lógica. Acho que todo ser humano pensa muito nisso, além de morar na Europa, que diga-se de passagem, em muitos países, é melhor do que morar no Brasil, infelizmente, tem muito mais condições, então óbvio que fragiliza muito mais”, explicou.
“Nós temos que passar por isso, todos estão passando, cada um com as suas dificuldades, mas você pode ter certeza que os clubes estão muito mais fragilizados, perante os europeus, o leste europeu, os próprios árabes, do que estavam seis meses atrás”, concluiu Andrés.
Recentemente, o Corinthians recusou uma primeira proposta do Monza, da segunda divisão italiana, pelo lateral-esquerdo e zagueiro Carlos Augusto. O jornalista Nicolò Schira postou em sua página no Twitter que Carlos já está de posse do passaporte comunitário (o atleta é descendente de italianos) e já pode desembarcar no Monza, que ofereceu seis milhões de euros pelo jogador, cerca de R$ 36 milhões, mas o Corinthians estaria pedindo R$ 60 milhões e que as tratativas continuam entre os dois clubes. Carlos pertence 100% ao Timão.
Veja o tweete do jornalista, abaixo:
Também não é segredo para ninguém, inclusive o assunto já foi comentado pelo diretor de futebol Duílio Monteiro, que o Timão vê a possibilidade de negociar jovens talentos do elenco na próxima janela. Além de Carlos, Mateus Vital, Lucas Piton, Bruno Méndez e Araos são nomes vistos com potencial para o exterior.
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Por Nágela Gaia/Redação da Central do Timão
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