Na manhã desta segunda-feira, 30 de junho, o Corinthians abriu os treinamentos para a imprensa no terceiro dia após a reapresentação do elenco depois de um período de 15 dias de férias devido a parada para o Mundial de Clubes nos Estados Unidos. O preparador físico Reverson Pimentel e o auxiliar técnico Celso Resende concederem entrevista coletiva no CT Dr. Joaquim Grava. O primeiro comentou sobre a importância do descanso dos atletas, mas ao mesmo tempo seguir uma “cartilha” de treinamentos.
“Dentro do nosso calendário, em que tivemos 40 jogos no primeiro semestre, esse período de descanso foi satisfatório para os atletas. Eles receberam cartilhas individuais do departamento de performance, do departamento médico e do departamento de fisioterapia, para que pudessem se cuidar durante as férias. Muitos de vocês puderam acompanhar que esses atletas treinaram durante as férias – conseguiram unir o lazer e o descanso, mas com responsabilidade. Pouco tempo, mas também um tempo satisfatório, considerando que, no início da temporada, tivemos 30 dias de férias para nove dias de treinamento antes do primeiro jogo. Agora tivemos 15 dias de férias para 15 dias de treinamento. Então, não houve uma perda significativa”, iniciou Reverson.
O auxiliar de Dorival Júnior também comentou o período sem jogos como positivo, principalmente para “limpar” o departamento médico. O zagueiro Gustavo Henrique e o volante Raniele se recuperaram de cirurgia de hérnia inguinal e lesão muscular na coxa, respectivamente.
Os atacantes Yuri Alberto e Gui Negão já estão em transição e, em breve, devem estar disponíveis. O meio-campista Luiz Gustavo Bahia se recupera de uma torção no tornozelo esquerdo. Celso Resende também evitou citar o termo “cartilha”, visto que cada um recebeu orientações individuais de recomendações específicas de treinamentos.
“Esse tempo foi muito benéfico em todos os sentidos. Vamos levar em consideração: primeiro, tivemos um período para zerar o departamento médico – o que aconteceu. Praticamente, hoje, não temos ninguém no departamento médico. Isso é importantíssimo. Com a competição em andamento, isso é muito difícil, são muitos jogos. E esse período está sendo utilizado justamente para aprimorar as valências que precisamos trabalhar. Não é só parte física, embora ela seja importantíssima. Eu diria que a parte física vem antes de qualquer valência, seja técnica ou tática. Melhorando a parte física, você dá um ganho para a parte técnica e tática. E, coordenando essas três valências junto com o Dorival, com o Lucas (Silvestre – auxiliar) e com o pessoal da parte técnica, estamos conseguindo uma melhora em todos os sentidos.”
“Essa cartilha foi individualizada para cada atleta, não chamo isso bem de uma cartilha. É a gente tentando, dando opções para que o atleta consiga desenvolver algum trabalho no período de férias, na verdade é que depois de uma semana todo mundo procura alguma coisa para fazer, o atleta procura, ele não consegue ficar parado todo o tempo. E eu acredito que obviamente isso aconteceu com a nossa elenco, pelo menos a impressão que deu agora a gente recebendo esses atletas de volta. E quanto ao departamento, justamente o departamento de Fisiologia está aqui para isso e nós usamos bastante. E junto com o professor Leandro. ele sabe a exigência. A urgência em cima dele é muito grande porque a gente quer resultados. E é só dessa maneira que a gente consegue controlar a carga de treinamento. E fazendo um bom controle de carga de treinamento, com certeza a gente consegue evitar esse processo de lesão no começo e na volta agora”, explicou.
A equipe fará algum amistoso ou jogo-treino até a volta dos jogos?
Reverson Pimentel: “Sobre o amistoso, na verdade, o período foi curto (de férias), e o tempo também é curto para retornar, no sentido de colocar um amistoso. Não houve necessidade. A comissão vai usar esse tempo para trabalhar, para aplicar carga, para elevar a intensidade, porque, quando você coloca um amistoso ali dentro, às vezes precisa segurar o dia antes e o dia depois. No amistoso, quando há um adversário, você acaba não controlando as ações, inclusive do adversário e o risco de lesão é maior. Então, optou-se, nesses 15 dias, trabalhar com o grupo. Se precisar de algo diferente, os atletas da base estão aqui para dar suporte. E aí, no dia 13, com certeza, os jogadores já estarão com ritmo de jogo para atuar”, justificou.
Avaliações clínicas dos jogadores na reapresentação
Reverson Pimentel: “Desde o primeiro dia de apresentação, a gente vem fazendo avaliações. Terminamos hoje e o resultado foi muito satisfatório, até porque, em 15 dias, não se perde todas as capacidades. Nosso ganho é que, desde o primeiro dia, temos feito trabalhos com bola. O Celso vem complementando, assumindo o aquecimento e pré-treinos. Então, o grupo já está trabalhando com bola desde o início, e as avaliações foram muito boas neste retorno. A partir disso, vamos individualizando os casos que precisam ser trabalhados mais, para que, no dia 13, a gente consiga ter um Corinthians muito forte para essa retomada, sabendo também do objetivo final, que é estar sempre entre a parte de cima da tabela.”
Condições físicas de Yuri Alberto (em transição depois de contusão na lombar jogará no Derby da Copa do Brasil?), Diego Palacios (sem espaço) e Gui Negão (em transição após lesão muscular)
Reverson Pimentel, sobre Diego Palacios e Gui Negão: “O Palacios está treinando normalmente com o clube. Lógico que falta o processo final, dele estar jogando. Mas hoje o elenco conta com grandes jogadores também na posição. Isso é uma dor de cabeça para o treinador. Nesse momento é um opção de outros laterais estarem na frente dele. Mas quanto á questão física, ele tem treinado normalmente.”
“O Gui Negão, antes de a gente sair do período de férias, teve uma lesão. O Negão já está em final de processo dessa lesão. Acredito também que na semana que vem vai estar treinando com o grupo e vai estar à disposição para o dia 13, para estar jogando contra o Red Bull Bragantino.”
Reverson Pimentel, sobre situação de Yuri Alberto e três primeiros jogos após a parada: “Se vocês puderam ver hoje, foi uma surpresa, ele (Yuri), já estar no campo, então ele já está em fase de transição. Ainda não temos data de retorno, porque ainda os trabalhos estão com restrições. Mas eu posso garantir para vocês que o retorno dele vai ser antes do esperado. Não posso colocar data ainda, porque cada dia é um trabalho diferente, cada dia é um acompanhamento que a gente tem que estar fazendo com o departamento médico.”
“Vale frisar que nesses três primeiros jogos a gente joga domingo, quarta, depois sábado. E tem uma viagem no meio. A gente tem que ser prudente, tem que analisar pós-jogo para sempre ter o que tem de melhor para o Dorival escalar e a gente diminuir todos os riscos.”
Rodagem do elenco e a questão de suportar as sequências de jogos
Celso Resende: “Isso vai depender de N fatores. Primeiro, coloca o atleta para jogar. Se ele der uma boa resposta, consequentemente, provavelmente vai ter uma outra oportunidade para dar uma sequência. Isso é o que a gente espera também. Porque quanto mais o atleta participa dos jogos, melhor o entrosamento. Eu costumo dizer que, em um time bem desenvolvido técnico e taticamente, você pode ter certeza de que o lado físico sobressai. Um time que corre errado se desgasta mais.”
“Agora é lógico, vai chegar um momento em que você vai ter uma exigência muito grande. Vai ter que segurar, ter uma outra alternativa. Existem também as questões de cartão, advertência. O que a gente espera sanar no máximo possível, se bem que a gente não consegue, é a parte das lesões. Tem lesões que a gente consegue dificultar um pouco mais que elas aconteçam, que são as musculares, mas trauma, por exemplo, você não tem como conseguir isso.”
Vantagem física em relação aos que disputaram e estão disputando o Mundial de Clubes? (Flamengo, Fluminense, Botafogo e Palmeiras) – 14 de junho até 15 de julho
Celso Resende: “Olha, não sei se a gente consegue tirar vantagem. Mas eu entendo que esses clubes que estiveram no Mundial, eles vão ter um cuidado maior na volta, porque provavelmente vai existir uma sobrecarga. Estou vendo os jogos, são jogos com uma exigência muito grande. Queiram ou não queira, para você, na sequência, disputar um Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores, a tendência é pesar um pouco mais.”
“Se a gente vai tirar proveito ou não, não sei. Ao mesmo tempo que a gente está tendo tempo para recuperar os nossos atletas e zerar o departamento médico, a gente também está reajustando as cargas de trabalho e conseguindo aprimorar um pouco mais as condições físicas, técnicas e táticas. Eles têm o jogo também. O jogo não deixa de ser importante. Então, vamos esperar para ver. Eu espero realmente que a gente tire uma vantagem maior nesse início.”
Veja Mais:
Comitê Disciplinar da FIFA absolve lateral do Corinthians Feminino por de suspeita de doping
PM aprova biometria facial da Neo Química Arena, que poderá seguir operando com 100% da capacidade
0
2019 @ Central do Timão - Todos os direitos reservados