Sempre cercado de muita polêmica por conta de estar associado ao número do veado no jogo do bicho, e seguido de comentários com preconceito, o número “24” ainda é pouco utilizado pelos jogadores no Brasil. Na primeira divisão do Campeonato Brasileiro, apenas três jogadores entraram em campo levando o número 24 em suas camisas.
Segundo o levantamento feito pelo Rodolfo Rodrigues, do Uol, somente Kevin Malthus, do Santos, Nino, do Fluminense e o volante Cantillo, do Corinthians, usaram a camisa 24. Junto desses três times, outros quatro possuem jogadores inscritos com o número 24, porém a maioria como terceiros ou quartos goleiros. Como é o caso de Artur Gaze, do São Paulo, Anthoni, do Internacional e Leandro, do Bahia.
Além destes, o venezuelano Cesar Haydar, zagueiro do Red Bull Bragantino, também usa o 24 nas costas. Vale destacar que estrangeiros, como é o caso de Haydar e de Cantillo, não possuem o conhecimento sobre o tabu que existe sobre o número aqui no Brasil.
Quando chegou ao Corinthians, o colombiano fez parte de uma polêmica por conta do número que pediu para levar na camisa. Na ocasião, Cantillo queria usar o camisa 24, porque era a camisa que o volante utilizava no Júnior Barranquilla, seu antigo clube.
O atual presidente do Corinthians, Duílio Monteiro Alves na época atuava como diretor de futebol e entregou a camisa de número oito ao volante, além de fazer comentários que foram considerados preconceituosos pela torcida. Na apresentação de Cantillo, foi possível ouvir Duílio falar em tom de brincadeira “Vinte e quatro aqui não.”
Na ocasião, o colombiano falou sobre o caso para a imprensa “Sim, me explicaram que não poderia usar a 24, usei muito no Junior, mas número não importa, vou dar o meu melhor, espero ajudar bem o Corinthians“.
Pouco tempo depois o clube cedeu o número ao jogador, que o leva em sua camisa até hoje. Vale lembrar que o goleiro Cássio também usou a camisa 24 na campanha vitoriosa da Libertadores de 2012, na qual o goleiro foi um dos protagonistas do Timão no título inédito.
Entretanto, a Libertadores exige que a numeração das camisas seja feita de forma sequencial, o que foi a situação de Cássio, que só usou o número por conta do regulamento da competição.
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