A Globo, dona dos direitos de transmissão, ainda não acertou o montante total das cotas de TV aos clubes; entenda
Faltando duas rodadas para o final da primeira fase e com o mata-mata ainda pela frente, o Paulistão 2020 está paralisado. A decisão da FPF foi tomada em razão do coronavírus, pandemia que se espalha a passos largos pelo Brasil. Logo, desde o dia 16 de março, não temos mais jogos em nenhuma categoria.
Nos bastidores, há muita especulação e conversas sobre o rumo do campeonato. Andrés Sanchez, inclusive, disse que o torneio só deve ter um final completo se retornar em maio. Tal dúvida também atinge a Globo, detentora dos direitos de transmissão das partidas.
À frente de todos os outros estaduais, o Paulistão é o campeonato que mais paga aos clubes pela transmissão. O último contrato foi assinado em 2016 e tem validade até 2022. Os valores são corrigidos a cada ano. Para a edição de 2020, são previstos até 188 milhões de reais pagos pela emissora de TV.
Porém, há informações de que a Globo não pagou 100% aos clubes. Na verdade, até o momento, teria pago dois terços do valor total. Vale lembrar de que, o Corinthians, tal qual Palmeiras, São Paulo e Santos, recebe cerca de R$26 milhões da emissora. Os outros clubes contam com R$ 6 milhões cada.
A questão é que, caso o Paulistão não volte a ser disputado neste ano, a TV tende a não acertar o valor restante, o que será prejudicial para os clubes de menor expressão. A falta de jogos já tem causado desequilíbrio nas contas de clubes como Mirassol, Santo André e Água Santa.
E o prejuízo não para por aí. O Corinthians precisa bastante desse dinheiro, com a não classificação para a fase de grupo de Libertadores, perdeu dezenas de milhões de renda e premiações. Dessa maneira, não receber essa receita é uma opção pouco viável para os clubes.
É provável que nas próximas semanas, as conversas e reuniões se intensifiquem. O objetivo é chegar em um acordo para atender ambas as partes na negociação.
Apuração dos valores de pagamento: UOL Esporte.
Por: Gabriel Gonçalves / Redação da Central
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