Na tarde do último sábado, 19 de abril, o Corinthians recebeu o Sport, na Neo Química Arena, em duelo válido pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro de 2025 e venceu pelo placar de 2 x 1, de virada. O atacante Memphis Depay marcou os dois gols do Alvinegro. Com o resultado, a equipe do Parque São Jorge saltou para a sétima posição com sete pontos (duas vitórias, um empate e duas derrotas).
Após a partida, o técnico Orlando Ribeiro, da equipe Sub-20 e que está interinamente no time principal, foi questionado sobre a presença do trio das categorias de base no banco de reservas: o lateral-direito Gabriel Caipira, o meia Dieguinho e o atacante Gui Negão. Dos três, somente Dieguinho entrou em campo – no final da partida – e fez sua estreia no time de cima.
Vale lembrar que os três foram convocados para o confronto uma vez que os meias Rodrigo Garro (tendinopatia no joelho direito) e Igor Coronado (trauma no ombro esquerdo), além do atacante Talles Magno (quadro de pneumonia) foram desfalques: “Isso é bom, poque os meninos têm esperança de chegar. O Corinthians é uma integração. O Corinthians, a qualquer momento que precisar, eles (garotos) vão precisar estar à disposição. Nós trouxemos (o trio), porque a gente tinha atletas suspensos, no caso do Matheuzinho e do Martínez.”
“Realmente, nós tínhamos somente o Léo Maná jogando de especialista de posição. Nós poderíamos utilizar o Charles se precisasse, ele já fez esse posicionamento, mas você ter um especialista na posição e dar uma oportunidade para um menino ser convocado, acho que é válido. E o Dieguinho, a função que estava faltando no segundo tempo, eu já sabia que ele poderia fazer. Então, isso vai dando confiança para eles. Para todos eles que estão lá no Sub-20 saber que se o Corinthians precisar, eles podem ser chamados“, iniciou.
Em seguida, o interino comentou sobre a sensação de comandar a equipe na Neo Química Arena com um público de peso e elogiou a energia dos mais de 40 mil presentes em Itaquera: “É gratificante sentir a energia da torcida do Corinthians. Tivemos uma Copinha onde o torcedor nos prestigiou muito. Não foram 40 mil, mas foram muitos. Não posso dizer que estou acostumado, seria muita pretensão, mas sabia dessa energia. Isso para nós, é tranquilo. Com os meninos, é difícil entender algumas situações pois eles não tem a vivência dos profissionais. A idade deles faz com que paguem para ver, exige mais paciência.”
“Não é a primeira vez que assumo um time profissional, mas realmente é especial. Eu já tinha vindo como adversário na Arena um tempo atrás, e também em outros jogos do Sub-20, sabíamos da força da torcida. Realmente foi um dia especial, mas já tivemos situações como essa”, continuou.
Posteriormente, Orlando Ribeiro justificou o fato de ter iniciado a partida com o esquema 4-3-3, mesma formação tática que vinha sendo utilizada pelo técnico Ramón Díaz antes de ser demitido do cargo.
“Quanto mais simples a gente deixasse o jogo, melhor. Pedimos por vídeo e hoje no posicionamento andando em campo para que chegássemos à lateral da área para finalizar. Acredito que chegaram bastante. Foi mais o entendimento e a inteligência deles que fez com que tivéssemos várias chances de gol. Faltou só um pouco mais de capricho.”
“Na questão da construção (saída de bola), eu deixei eles mais à vontade, decidirem o que fazer. Precisa de tempo para se ajustar bem, não é só troca de passes entre zagueiros e laterais que se consegue conectar o meio com o ataque, precisa de tempo e treinos. Falei para eles antes e no intervalo do jogo que a única coisa que eles precisariam é ser mais rápidos para não dar tempo do Sport pressionar. Em todos os jogos o Sport apresentou esse pressão.”
Por fim, ele justificou as saídas de André Carrillo e Breno Bidon por volta dos 20 minutos da segunda etapa para as entradas de Maycon e Alex Santana. Segundo Orlando, a mudança se deu por questões de estratégia, afirmando que Bidon não teve uma atuação boa ao longo do período em que esteve em campo.
“Foi por estratégia. Mantivemos o resultado, sabíamos que iam pressionar mais. Não foram por questões físicas. Achamos que precisávamos de uma situação diferente do Bidon. Conheço ele desde o Sub-17 e hoje acredito que tecnicamente não se apresentou tão bem, pode muito mais. O Carrillo foi por característica de volante. Temos uns que marcam mais e outros menos. Naquele momento precisávamos de uns que marcassem mais”, finalizou.
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