Na noite de 23 de maio de 2012 a percepção de tempo e espaço contrariou as leis da física e a própria racionalidade de uma nação: a nossa.
Naquela noite Corinthians e Vasco duelavam pelo segundo jogo das quartas de final da Libertadores daquele ano. O primeiro jogo foi um 0 x 0 sonolento, de pouco futebol e muita luta contra o próprio gramado ruim na ocasião. O segundo jogo aqui. Tenso para os dois lados, bem jogado e bem disputado. Eis que o tempo para, depois segue lentamente…
É que lá pelas tantas do segundo tempo, em fase ofensiva, Alessandro acabou armando a melhor chance do jogo… para o Vasco. Numa bola rebatida, Diego Souza ficou com a sobra e correu o campo do Pacaembu, correu para a glória, para o gol, contra um ainda desconhecido Cássio. O tempo para quando a bola bate nele e depois segue, segue tão lento que dez segundos são suficientes para assistirmos um filme recheado de finais tristes. Diego Souza chegou ao seu caminho, mas não encontrou seu objetivo. Bom pra nós, festa no Pacaembu.
Ali algo dizia “vai ser nosso. TEM QUE SER NOSSO”. O treinador da época na arquibancada, torcida cantando alto, no volume máximo, do jeito que sempre cantou a plenos pulmões naquela que foi nossa casa em muitos momentos de festa, Cássio com defesa de título, mesmo que a gente não soubesse (ou a gente sabia? A gente sempre sabe…) e tudo apontava para algo. TEM QUE SER NOSSO. E foi.
Paulinho alçou voo, alcançou as estrelas, foi o próprio São Jorge em sua batalha à luz da lua e o tempo parou. Ali com Paulinho no alto, o filme triste de fracassos se encerrou (ao menos naquele momento). O gol custoso de sair dos pés dos atacantes, saiu da cabeça de um volante… Tinha que ser o Corinthians. Tinha que ser do Corinthians. Paulinho venceu Prass com uma cabeçada tão forte quanto um chute, tão colocada como se fosse com a mão, tão perfeita como se nenhum outro gol de cabeça antes feito tivesse sido feito da maneira correta. Deu nós.
No momento do gol pode ter parecido pouco, mesmo com a explosão de mais de 40 mil vozes em uníssono, mas não foi. Naquela curta distância entre campo e alambrado, no escalar rápido e atrapalhado, naquele abraço e no choro… Paulinho não abraçou apenas uma pessoa, não abraçou um torcedor… Abraçou uma nação de mais de trinta e três milhões de alvinegros em festa. Significou a calmaria, o acalento, o tranquilizante “vai ficar tudo bem”. Ali ‘Eu já sabia’, você já sabia, todos sabíamos. A gente só não queria admitir…
Passamos momentos felizes, passamos momentos tristes e muitos momentos que ficaram na corda bamba, pendendo para um lado ou para o outro. Eu fico com aquele abraço, de um velho amigo, e retribuo tão forte quanto o recebido naquela noite. Foi um longo caminho… Que bom que esse longo caminho foi percorrido conosco.
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