Com um elenco recheado de craques e mesclado com meninos do Terrão, o Timão se sagrou campeão Brasileiro naquele ano, com 82 pontos conquistados, três a mais que o vice Internacional
O volante Nilton, cria da base do Corinthians, contou histórias de bastidores da galática equipe de 2005. Cheio de medalhões, o time que tinha Carlos Alberto, Tevez, Masquerano, Roger e Nilmar, era mesclado com garotos oriundos do Terrão corinthiano, que conviviam no dia-a-dia com as estrelas.
Nesta semana, em entrevista à ESPN, Nilton relembrou algumas histórias dessa fase.
“Na época do Antônio Lopes (treinador), me colocava muito para fazer o trabalho de marcação individual. Eu marcava o Carlos Alberto, chegava atrasado, dava no tornozelo, ele ficava doido”, relatou Nilton aos risos.
Nilton era um garoto de 18 anos e estava subindo da base para um time estelar. Carlos Alberto que jogava no Porto em 2004 sendo treinado pelo Jose Mourinho, foi contratado pela MSI e veio com status de craque para o time.
“Ele gritou ‘seu moleque, seu ajuda de custo’, tá maluco?’” eu pedia desculpa.
O volante ainda revelou que Carlitos Tevez não gosta de ser chamado pelo sobrenome pelos companheiros e sim, pelo apelido Carlitos.
“Na pré-temporada, acabou um treino puxado e fomos almoçar. Quando fui ver, tinha a mesa do Tevez. Ele, Betão, Gustavo Nery e Sebá. Perguntei ‘posso sentar, Tevez?’. Pra que fui perguntar. Ele não gosta de ser chamado de Tevez. E respondeu ‘Tem que chamar de Carlitos. Tevez é para torcedor, no clube é Carlitos. Tevez não. É Carlitos’”, contou.
O jogador ainda revelou que, das estrelas daquele plantel do Corinthians, o mais ‘mala’ era o argentino Javier Mascherano, que não se preocupava em aprender Português e não fazia questão de conversar com os companheiros.
“Mascherano (o mais mala). Não é nem história, era o caso de ser educado. Eu dou bom dia, boa tarde, boa noite. Dei um bom dia e ele não falou nada, foi direto. Educação vem de casa. Vem de berço”.
“Aquele lá (Mascherano) não queria aprender uma palavrinha em português. Nada. Não podia conversar com ele. Ele ficava muito com o Tevez, com o Sebá. O Sebá tentava o português. O Tevez é bem tranquilo, Betão tinha convivência melhor com ele, conseguia ter esse vínculo”, finalizou.
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