Com Dyego Coelho no cargo de técnico interino do Corinthians, a Central do Timão vem relembrar alguns treinadores interinos que de alguma forma, ficaram marcados na história do clube
Após a demissão de Tiago Nunes, o Corinthians promoveu o treinador do sub-20 Dyego Coelho para o cargo de interino, em sua segunda passagem pelos profissionais como técnico.
A primeira vez que assumiu a função foi em novembro do ano passado, após demissão de Fábio Carille. O presidente Andrés Sanchez já admitiu que ainda procura treinador no mercado, enquanto isso Coelho segue sem qualquer previsão de deixar o comando.
A Central do Timão aproveita para relembrar alguns treinadores que já assumiram essa responsabilidade. Nomes como Rato, o terceiro treinador que mais dirigiu o clube na história, Fábio Carille, Top 7 dentre os que mais treinaram o clube, além do campeão mundial Oswaldo de Oliveira e Eduardo Amorim, com passagem brilhante em 1995, são alguns nomes que tiveram êxito na função.
Também trazemos nomes como Osmar Loss e Zé Augusto, que assumiram o clube em momentos complicados, além de Luizinho que sempre socorria o time de coração quando solicitado.
Relembre como foi a passagem deles pelo Timão:
Eduardo Amorim
Foi um dos nomes no meio de campo da Democracia Corinthiana ao lado de Biro-Biro, Zenon e Sócrates. Pelo Timão teve sucesso tanto dentro como fora de campo.
A primeira vez que assumiu a equipe como interino foi em 1994, após demissão de Afrânio Riul, contra o Novorizontino, em partida válida pelo Campeonato Paulista que terminou 1 x 1. O treinador Carlos Alberto Silva assumiu o time no jogo seguinte.
Mas a aposta e efetivação veio somente no ano seguinte, quando era auxiliar técnico do Mário Sergio, que pediu demissão do clube. Eduardo Amorim assume e levanta duas taças em 1995: A Copa do Brasil em cima do Grêmio, em pleno Estádio Olímpico em Porto Alegre e o Paulistão, em jogos épicos contra o Palmeiras da Parmalat que vinha de um bicampeonato brasileiro.
O treinador não resistiu a derrota no primeiro jogo das quartas de finais da Libertadores, no ano seguinte para o Grêmio, dando lugar para Valdir Espinosa. Como treinador foram 54 vitorias, 29 empates e 29 derrotas no comando da equipe.
Oswaldo de Oliveira
O Corinthians teve um auge técnico em 1998 sob comando do técnico Wanderley Luxemburgo, e isso chamou atenção da CBF que o convidou para dirigir a Seleção Brasileira.
Oswaldo Oliveira que era na época seu auxiliar técnico teve a chance de mostrar serviço, e de princípio não convenceu. Foi pressionado por causa dos maus resultados no torneio Rio-SP, e com dois meses de trabalho, cedeu lugar para Evaristo Macedo, voltando ao cargo auxiliar.
Três meses depois teve nova oportunidade com a queda do Evaristo, e dessa vez foi diferente. Em 1999 conquistou o Campeonato Paulista e o Brasileirão, e em 2000 ganhou o primeiro Mundial de Clubes do Corinthians. Ele voltaria depois mais duas vezes, em 2004 e em 2016 sem o mesmo sucesso da primeira passagem. No total foram 124 jogos com 61 vitorias, 26 empates e 37 derrotas.
Fábio Carille
Carille teve rápida passagem como lateral do Corinthians, justamente com Eduardo Amorim em 1996, que tinha intenção De montar dois times, um com Marcelinho, Edmundo e cia para disputa da Libertadores, e outro com destaques contratados do interior paulista, que inclua Carille, para o torneio estadual. Com a queda de Eduardo Amorim, nunca chegou a disputar uma partida pelo clube.
Como técnico interino, assumiu o time em duas oportunidades antes de ser efetivado. A primeira foi em 2010 após a saída de Adilson Batista, em partidas conta Vasco e Guarani, com uma derrota e um empate respectivamente, antes de Tite ser contratado. A segunda foi justamente no lugar de Tite, que foi para Seleção Brasileira, também por duas partidas. Ele é derrotado pelo Fluminense e vence o Botafogo antes de ceder o lugar para Cristóvão Borges.
O auxiliar técnico e homem de confiança de Tite e Mano Menezes, que coordenou a sólida defesa do Timão por quase uma década, foi enfim ter sua oportunidade em 2017, sob desconfiança da mídia e de muitos torcedores. Mas conhecia bem o clube, as peças que tinha em mãos, montando um time que não perdia, com um estilo de jogo reativo, conquistou no clube o Campeonato Brasileiro de 2017 e o tricampeonato paulista (2017-2019). Carille é o sétimo treinador que mais comandou o Timão, com 183 jogos foram 86 vitorias, 56 empates e 41 vitorias.
Rato (José Castelli)
Um interino que fez história no Corinthians é Rato, de origem italiana, José Castelli era um meia de muita habilidade nas décadas de 20 e 30 com dribles desconcertantes. Defendeu o Corinthians por quase 15 anos.
Ele dirigiu a equipe pela primeira vez em 1942 com a saída do Del Debbio para assumir o rival Palestra Itália. Depois disso não parou mais e por 20 anos sempre que ficava vazio o cargo, era nele que pensavam. E ele não dizia não.
Entre 1951 à 1954, ele comandou a equipe que tinha Luizinho, Claudio, Baltazar e cia, conquistando o bicampeonato paulista em 1951/1952 e a Pequena Taça do Mundo de 1953.
Mas o que mais gostava, era cuidar das categorias de base, e sob seu olhar atento Rivelino foi revelado. É o terceiro técnico que mais treinou o Corinthians, perdendo apenas para Oswaldo Brandao e Tite apenas. São 227 jogos, 143 vitorias, 38 empates e 46 vitorias.
Luizinho (Pequeno Polegar)
O “Pequeno Polegar” fez parte de um dos principais ataques da história corinthiana ao lado de Cláudio, “O Gerente”, e Baltazar, “O Cabecinha de Ouro e tantos outros astros. Encerrou a carreira como jogador e mesmo assim não se desligou do clube que amava.
Exerceu a função de técnico interino três vezes durante o jejum de títulos que o Corinthians enfrentava (1972, 1974 e 1975). Sempre entendeu que não tinha vocação para o trabalho, mas isso, todavia, jamais o impossibilitou de assumir a equipe em momentos difíceis porque entendia que mesmo sem estar preparado para a função, ajudar o clube era o que lhe cabia. Sua presença no banco tinha mais aspecto moral. Comandou o time em 32 oportunidades com 12 vitorias, 12 empates e oito derrotas.
José Augusto
Assim como Dyego Coelho, Zé Augusto era técnico das categorias de base, e assumiu o time em duas oportunidades no ano de 2007, subindo mais quatro garotos da base naquele elenco, que totalizava 17 jogadores formados no Terrão.
A primeira vez que assumiu como interino foi na saída de Emerson Leão, dirigindo o Corinthians em três partidas até Paulo Cesar Carpegiani assumir o cargo. Após a demissão de Capergiani, comandou a equipe em mais sete jogos, com o clube entrando na zona de rebaixamento enquanto estava no cargo.
Na sequência os dirigentes do Corinthians buscaram Nelsinho Baptista para tentar salvar o clube, sem sucesso, do rebaixamento daquele ano. Dirigiu a equipe em 10 jogos, com cinco derrotas, dois empates e três vitórias, e trabalhou nas categorias de base do clube por mais de 12 anos.
Osmar Loss
Loss na base do Corinthians é sinônimo de vitórias e títulos, ganhando quase todas as competições que disputou. Foi auxiliar técnico de Fábio Carille até sua saída para o Al Wehda da Arábia Saudita em 2018.
Assumiu precisando reformular quase toda comissão técnica, que sofreu com a debandada para Arábia, além de perder quatro jogadores titulares (Balbuena, Sidcley, Maycon e Rodriguinho) após realizar toda pré-temporada com os atletas.
Com todas as dificuldades encontradas, não obteve o mesmo sucesso que alcançou no sub-20 do Timão, cedendo lugar para Jair Ventura. Comandou a equipe em 25 jogos, totalizando 10 vitórias, 10 derrotas e cinco empates. Hoje ele atua nas categorias de base do Corinthians como coordenador técnico.
*Os números dos treinadores apresentados aqui, com exceção de Fábio Carille, foram retirados do Almanaque do Timão.
2019 @ Central do Timão - Todos os direitos reservados