A Polícia Militar do Estado de São Paulo esteve na Neo Química Arena e determinou a desmontagem do mosaico estendido na arquibancada do estádio e que citava os Mundiais de 2000 e 2012, antes do duelo contra o Palmeiras, nesta noite (03), às 19h, pela segunda rodada do Paulistão.
Como o mosaico foi uma iniciativa da torcida organizada, Gaviões da Fiel, coube ao presidente da entidade, Digão, tentar contornar a situação para que não fosse necessária a retirada. Sem torcida no estádio, os torcedores nas redes sociais questionaram o motivo da solicitação.
Segundo jornalistas presentes na Arena, são 4 mil sacos preto, 300 pessoas mobilizadas, 30h de trabalho para deixar tudo pronto, e não seria possível fazer o desmonte em menos de uma hora para inicio do Derby. Por isso, mosaico foi mantido.
Em setembro de 2020, na Neo Química Arena, duas faixas da torcida organizada Gaviões da Fiel foram retiradas pela Polícia Militar antes do início da partida entre Corinthians X Palmeiras, pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro.
Na ocasião, como a Central do Timão noticiou, o tenente-coronel da Polícia Militar de São Paulo, responsável pela segurança nos estádios, Ricardo Xavier, alegou preocupação com a violência que os dizeres das faixas podem provocar.
“Bandeiras e faixas com mensagens provocativas, que podem trazer comprometimento para segurança pública, acirrando a rivalidade, pedimos para ser recolhida”, declarou.
Segundo o Estadão, torcedores do Corinthians alegam que a Polícia Militar permite que as torcidas dos times rivais de São Paulo coloquem faixas provocativas em seus estádios.
Os Gaviões da Fiel se manifestaram por meio de nota oficial, chamando de censura o ato da PM.
O tenente-coronel Ricardo Xavier negou que seja censura ou perseguição e reforçou sobre prevenção.
“Foi o primeiro jogo que tivemos de tomar essa atitude. Temos diálogo com membros de todas as torcidas. Tudo o que for colocado para ambiente de festa, estamos apoiando. O que puder trazer prejuízo, vamos agir de forma preventiva”, disse.
“Infelizmente vivemos no mundo da cultura da intolerância. Antigamente, uma brincadeira ficava só na brincadeira. Hoje uma provocação causa morte. O ato de violência não vai ocorrer necessariamente no estádio. Pode acontecer em terminais de ônibus, estações de metrô, na rua…”, acrescentou.
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