Procedimento evitaria deslocamentos interestaduais e facilitaria o protocolo contra a contaminação por coronavírus Covid-19
A CBF consultou o Ministério da Saúde sobre a retomada progressiva do futebol. Com participação de médicos e reuniões semanais em que mais de cem profissionais de clubes e infectologistas participaram, o documento foi o ponto de partida para que a reabertura dos portões possa acontecer.
O Ministério da Saúde respondeu positivamente. O plano prevê que apenas 30% dos assentos das arenas sejam vendidos nos jogos, e somente para a torcida local, não sendo permitida a presença de torcedores do time visitante. A medida visa inibir o deslocamento de torcedores entre os estados, minimizando o risco da transmissão do coronavírus Covid-19.
Outros cuidados estão sendo tomados. Em cidades que possuem mais de um time no campeonato, há a preocupação de que jogos não ocorram de forma simultânea. Isso diminui o fluxo de pessoas circulando.
Corinthians x Santos, no Neo Química Arena, e São Paulo x Atlético-GO, no Morumbi, acontecem no dia 7 de outubro em horários próximos, 19h e 20:30h respectivamente. Pode acontecer de um dos horários ser mudado.
O combinado entre os clubes da Série A era que a volta do público aos estádios passasse a acontecer a partir da virada do turno do Brasileirão, ou seja, em novembro. Com o ocorrido no Rio de Janeiro, onde a prefeitura anunciou a liberação dos portões do Maracanã já para o dia 4 de outubro, a CBF tratou de correr para evitar conflitos.
Os clubes paulistas, liderados pelo Corinthians, reagiram imediatamente. O presidente do Timão chegou a tuitar que nesses termos o Corinthians deixaria o campeonato. O Palmeiras foi outro que se manifestou publicamente através das redes sociais, se colocando ao lado do arquirrival e defendendo a isonomia.
Uma reunião entre CBF e os 20 clubes da Série A do Brasileirão acontece nesta quinta (24) e contará também com representantes de órgãos de saúde.
Segundo determinação do STF, apenas Governos estaduais e municipais podem decretar flexibilização e dizer quando o público pode voltar a eventos.
São 11 as cidades que recebem jogos do Brasileirão pelos 20 clubes: São Paulo, Rio, Santos, Porto Alegre, Belo Horizonte, Bragança Paulista (SP), Goiânia, Fortaleza, Curitiba, Salvador e Recife.
Para acontecer o retorno do público, todas as 11 cidades têm que flexibilizar seus planos, e nem todas as prefeituras estariam dispostas a correr o risco de ver seu sistema de saúde local entrar em colapso com o aumento de casos de pessoas infectadas.
No início desta tarde, o Governador de São Paulo, João Dória, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes, jogou um balde de água fria nos planos da CBF e clubes paulistas. O governante afirmou que, por enquanto, não haverá jogos de futebol com torcedores no Estado de São Paulo.
Veja, AQUI, a reação das prefeituras e órgãos de saúde sobre o tema.
Por Nágela Gaia/Redação da Central do Timão
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