A IFAB (The International Football Association Board ), órgão que regula as regras do futebol, definiu, em reunião anual com a Fifa, mudanças na regra do toque de mão na bola. As medidas passarão a valer a partir de 1º de julho deste ano. No entanto, campeonatos que queiram usar a mudança antes desta data estão autorizados. Caso, por exemplo, do Campeonato Brasileiro, já que começa em maio e termina em dezembro.
A principal alteração se deu no toque acidental, que tem levado muitos árbitros ao erro de interpretação e levantado polêmicas.
“Como a interpretação dos incidentes de toque de mão não têm sido consistentes por causa da aplicação incorreta da regra, os membros confirmaram que nem todo toque de mão/braço na bola é falta. Em termos de critérios da mão/braço tornar o corpo maior de forma não natural, foi confirmado que os árbitros devem continuar a usar o seu julgamento para validar a posição da mão/braço em relação ao movimento naquela situação específica”, afirma o comunicado da IFAB nesta sexta-feira, depois da reunião geral anual da entidade.
Segundo a IFAB, será considerado falta por toque de mão ou braço se um jogador:
– deliberadamente tocar a bola com sua mão/braço, por exemplo, movendo a mão/braço em direção à bola;
– toque a bola com sua mão/braço quando torna seu corpo maior de forma não natural. É considerado que um jogador aumentou o seu corpo de forma não natural quando a posição da sua mão/braço não é consequência, ou justificável pelo movimento do corpo do jogador para aquela situação específica. Ao colocar a sua mão/braço naquela posição, o jogador assume o risco que sua mão/braço seja atingida pela bola e ser, assim, penalizado; ou
– quando marca um gol contra o adversário nas seguintes situações: diretamente da sua mão/braço, mesmo se for acidental, incluindo assim o goleiro;
– ou imediatamente depois da bola ter tocado na sua mão/braço, mesmo se for acidental.
Com isso, gols que acontecerem quando houve um toque de mão/braço acidental no começo da jogada, por exemplo, serão validados; assim como quando o jogador que fez esse toque acidental criou a jogada, e não a finalizou; ou mesmo no caso do jogador que marcou o gol não ter feito o toque de mão imediatamente antes de finalizar.
Também foi esclarecido na reunião sobre a regra 11, que é a definição da regra 12 para toque de mão, onde o braço termina na axila. A partir dessa parte do corpo (portanto, considerando o ombro) será contada para impedimento.
A lei de recuo de bola que permita ao goleiro pegar com as mãos também tem mudanças. Na nova regra, passará a valer para tiros de meta. Se o goleiro cobrar o tiro de meta alto para um jogador de linha para que ele devolva com a cabeça ou peito para que ele pegue com as mãos, será considerado infração. Isso já acontecia em lances com a bola rolando.
O encontro ainda decidiu pela a manutenção das cinco substituições permitidas durante a pandemia.
A reunião teve a presença do presidente da Federação Galesa, Kieram O’Connor, que foi o presidente da sessão, e contou também com os quatro representantes da Fifa, liderados pelo presidente Gianni Infantino e que teve também a participação de Arsène Wenger, além dos presidentes da Federação Inglesa (FA), Federação Irlandesa, Federação Escocesa e da administração da IFAB.
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