CBF e clubes querem criar protocolo para volta gradual do público aos estádios

• Por Nágela Gaia / Redação da Central do Timão

A volta gradual do público aos estádios no Brasil começa a ser discutida e, para isso, CBF e clubes querem criar um protocolo. Na semana retrasada o assunto foi tratado na reunião do conselho técnico da Série A, e ficou decidido se criar uma comissão que montará um projeto para que o retorno comece a acontecer em setembro, no segundo turno do Brasileirão.

No entanto, segundo Marcel Rizzo, em sua coluna no UOL Esporte, a volta do público aos estádios vai depender da velocidade da vacinação. Caso boa parte da população esteja imunizada, o retorno aos estádios pode acontecer antes de setembro.

As dúvidas que envolvem o assunto são muitas. A comissão que criará o documento precisa tomar decisões sobre que público poderá voltar aos estádios, se apenas pessoas vacinadas ou elas seriam liberadas apenas com o teste PCR para Covid-19 negativo. Nos Estados Unidos, por exemplo, um aplicativo identifica pessoas vacinadas para entrada em eventos esportivos.

Outra pauta é a liberação de assentos nos estádios. A ideia é que, inicialmente, se libere 30% da capacidade dos estádios e possa se chegar, gradualmente, no máximo a 50%. No Mundial de Clubes da Fifa, disputado no Qatar em fevereiro, foi liberado até 50% da capacidade das arenas a torcedores imunizados ou que apresentassem o PCR negativo e feito até 72h antes da partida.

Ainda segundo Marcel Rizzo, a CBF deseja que, além de médicos, membros do Ministério Público sejam envolvidos na discussão, já que em alguns estados é o MP que tem recomendado aos governos que o futebol pare por causa da pandemia.

O prejuízo dos clubes se acumula. Em 2020, por exemplo, o Corinthians teve que repassar R$ 15 milhões ao fundo que administra a Neo Química Arena, que ficou sem público entre março e dezembro.

Desde que foi inaugurada em 2014 até 2020, a Arena arrecadou em valor bruto R$ 357,7 milhões (uma média de R$ 1,8 milhões por jogo), sendo R$ 220,3 milhões em valor líquido (R$ 1,1 milhão por jogo). Há ainda custos mensais com a manutenção do estádio e gastos na realização das partidas sem público.

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