Naquele ano um Derby marcante consagraria Teleco como ídolo, para sempre, na história do Timão
A década de 30 é de fundamental importância na história do Sport Club Corinthians Paulista. A década de 1930 foi marcada pela grande dificuldade financeira dos clubes de futebol que buscavam alcançar o profissionalismo, e o Corinthians, então presidido por Alfredo Schurig, o alcançaria com muito sacrifício.
O campeonato de 1937 foi muito disputado e daria início ao terceiro Tri da história do Timão. Com dez equipes participantes, todas se enfrentando em um primeiro turno, sendo que os seis primeiros colocados iriam para a disputa do segundo turno. Assim, seguiram adiante: Corinthians, Portuguesa Santista, Palestra Itália, Estudantes, Santos e Juventus.
Um jogo daquele campeonato ficou marcado por um episódio especial envolvendo Teleco e que o consagrou como ídolo para sempre. Depois de uma bela campanha, faltando três partidas para o final do torneio, o Corinthians teria um jogo, praticamente decisivo, contra o Palestra, válido pela antepenúltima rodada do 2º turno. Para o Timão, só a vitória interessava, era questão de honra, pois havia perdido a final do campeonato anterior e a partida do primeiro turno para o rival.
Teleco estava com uma luxação no braço e não poderia jogar, mas, Zuza, seu reserva imediato, desmaiou. O heroico Teleco entrou em campo com uma camisa de mangas compridas e uma tala de bambu escondida, sustentando o braço. Aos 20 minutos do primeiro tempo, marcou, de cabeça, o gol que praticamente garantiu o título alvinegro.
O Timão conquistou seu primeiro título na Era Profissional com 10 vitórias em 14 jogos e o artilheiro foi Teleco, com 15 gols, mais de um gol por partida.
Por Nágela Gaia
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