Na última terça-feira (28), a médica do Corinthians, Ana Carolina Cortê, pediu demissão do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), onde atuava como gerente médica há dez anos. A decisão da profissional foi tomada devido a conflitos internos.
O que incomodou a médica foi a promoção de Christian Trajano, agora gerente-executivo de Ciências do Esporte. O profissional não possui especialização no esporte e não atende atletas. A informação foi inicialmente divulgada pelo jornalista Demétrio Vecchioli, em sua coluna Olhar Olímpico, no UOL.
“Colocar uma pessoa acima de mim é um problema? Não seria. Eu só não acho correto. Tenho uma carreira, uma formação, um histórico dentro da medicina do esporte, dentro do COB, tenho pós-doutorado em medicina do esporte, e ser colocada embaixo de uma pessoa que, longe de ter a formação que eu tenho, muito pelo contrário, não tem nenhuma formação na medicina do esporte, e eu ter que responder a ela?”, disse Ana à coluna de Demétrio.
“Tenho valores e princípios, o que é o mais importante da minha vida. Conversei com os médicos, expliquei da minha saída, e tive o apoio incondicional deles”, finalizou.
O trabalho de Ana era bastante valorizado pelas confederações olímpicas e foi na gestão dela que o Brasil saiu sem casos de Covid-19 dos Jogos de Tóquio 2020. A decisão da médica e os conflitos internos devem levar outros profissionais a deixarem o COB. A entidade ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Ana Carolina Cortê, que agora segue somente no Timão, foi a primeira médica mulher a trabalhar em um jogo de futebol profissional no Brasil. Ela alcançou o feito como médica do Corinthians.
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