O sétimo goleiro com mais jogos na história do Corinthians, Felipe entra em campo nesta tarde, para defender a liderança do Botafogo-PB no Campeonato Paraibano, time que defende atualmente.
Apesar de ser um dos destaques positivos na campanha do rebaixamento de 2007, com três títulos pelo Corinthians: venceu a Série B de 2008, além do Paulistão e da Copa do Brasil em 2009, Felipe acumulou polemicas. Aos 37 anos, o arqueiro que está no Botafogo há pouco mais de um ano concedeu entrevista ao GE e falou sobre seu maior arrependimento na carreira.
“Me arrependo da forma como foi, você chegar numa TV (TV Bandeirantes) e bater boca com o presidente (Andrés Sanchez), foi errado. Mesmo se estivesse com a razão, eu era um funcionário do clube. Mas foi muita coisa envolvida. Você sai como mercenário, mas sempre tem dois lados. Chegou uma proposta do Genoa-ITA que para o clube era boa. O clube não é obrigado a liberar o atleta. Quando chegou, era boa para o clube financeiramente e eles aceitaram. A única pessoa que falou: “Pensa melhor e não vai” foi o Mano Menezes. Era uma proposta de empréstimo, de um ano. A gente estava bem no Brasileiro, eu estava fazendo bons jogos. Mas o Corinthians aceitou a proposta. Fomos para a intertemporada, me despedi dos atletas, fui para casa, mas neste ano a Itália tinha ido mal na Copa e neste período mudaram a lei. Em vez de três ou quatro estrangeiros, ia para um ou dois. E o Genoa voltou atrás, não ia gastar a vaga com um goleiro. Quando deu isso, o clube jogou a culpa em mim, e Mário Gobbi (então diretor) contratou outro goleiro (o paraguaio Bobadilla), pois não quis assumir que ele falou que eu tinha que ir. E para o torcedor o mercenário era o atleta. Não cavei proposta, ela chegou”, pontuou o atleta.
O goleiro chegou no Corinthians em 2007 após boas atuações no Bragantino. Primeiro goleiro negro a se destacar depois de Dida, Felipe se consagrou como um grande pegador de pênalti quando atuava na vitória e chegou a treinar com Dida, quando o atleta voltava para manter a forma do rubro-negro baiano.
“Tive o problema com Andrés, depois nos encontramos várias vezes. A gente era amigo e nunca mais foi a mesma coisa, mas a gente se respeita. Quando ele trabalhava na CBF, eu encontrava ele no Rio. André Santos, Chicão e Elias fizeram essa aproximação entre a gente quando eles estavam no Flamengo, conversei com ele, mas nunca mais falamos no que aconteceu. Mas bater boca em rede nacional com o presidente foi algo pesado. Uma das coisas que me arrependo na carreira“, concluiu.
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