Neste sábado, 27 de janeiro, o Corinthians perdeu para o São Bernardo por 1 x 0 no estádio Primeiro de Maio, no ABC Paulista, pela segunda rodada do Campeonato Paulista. Mesmo com a expulsão de um jogador do time da casa no primeiro tempo, o Corinthians não conseguiu aproveitar a vantagem numérica.
Na coletiva pós-jogo, Mano afirmou que o time está em construção, sendo praticamente novo, com poucos jogadores remanescentes. Ele lamentou a segunda derrota, considerando-a desnecessária, e destacou a dificuldade enfrentada contra o Guarani, que mostrou controle tático em todo o jogo.
“Realmente estamos em um processo de construção, diria, porque praticamente é um time novo na íntegra. Temos dois, três, quatro remanescentes. Então os primeiros passos têm sido mais difíceis do que a parte externa, o torcedor, esperava. É uma segunda derrota que não precisava ter acontecido. Jogo mais difícil para jogar foi contra o Guarani, criou mais dificuldades táticas para a gente, teve controle em todos momentos. Nos jogos seguintes isso não aconteceu, mas cometemos erros semelhantes nas duas partidas e por isso perdemos“, explicou Mano.
Mano mencionou dificuldades após levar um gol com vantagem numérica. Destacou a necessidade de mais calma, apontou dificuldades na penetração da defesa adversária e defendeu uma estratégia mais defensiva ao ficarem com um jogador a mais. Ressaltou a importância de ocupar a área adversária, criar dificuldades numéricas e melhorar a presença na chegada de bola. Reconhecendo a necessidade de aprimorar isso, enfatizou sua importância, independentemente do estágio de construção da equipe.
“Quando tomamos o gol, estávamos com um a mais e tomamos dois contra-ataques, precisava ter mais calma. Tivemos dificuldade para entrar no bloco defensivo do São Bernardo. Ficamos com um homem a mais e não deixamos o adversário entrar. Nessa hora tem que jogar naquele bloco defensivo, nossa chegada de área carece de uma presença mais certa. Precisamos encher mais a área para criar dificuldades numericamente, para pegarmos sobra de uma bola, se não fica cômodo, eles controlaram bem isso. Isso podemos fazer melhor, independente da nossa construção de equipe“, completou.
O treinador reconheceu que os resultados ruins no início da temporada podem afetar a reconstrução da equipe, que espera por reforços. Destacou a importância de levar a sério as derrotas, mesmo na terceira rodada. Comparou as dificuldades enfrentadas pelos grandes clubes, mesmo nas vitórias, com os desafios extras de construir uma equipe do zero.
“A derrota tem que ter uma repercussão de tragédia, mesmo sendo terceira rodada de campeonato. Os grandes tiveram dificuldades até quando ganharam, nós que estamos construindo uma equipe do zero temos dificuldade“, disse o técnico.
Mano reafirmou seu compromisso com lealdade e transparência, elogiando a determinação dos jogadores. Destacou a disposição da equipe em aceitar respostas intensas sem criar crises. Ressaltou a importância de construir um Corinthians forte, observando a baixa média de idade do grupo e os desafios associados a isso. Enfatizou as dificuldades de depender de jogadores jovens, como Arthur Sousa, para resolver problemas, reconhecendo a complexidade da situação.
“Vamos continuar trabalhando com a mesma lealdade, transparência dos jogadores, sabendo como é, também aceitamos respostas mais fortes. Não criamos crise onde não tem crise. Vamos trabalhar para construir um Corinthians forte. Nosso grupo de jogadores a média de idade é assustadoramente baixa. Não é fácil. Vai colocar o Arthur Sousa para resolver o problema da equipe? É mais difícil“, finalizou.
A segunda derrota consecutiva no Campeonato Paulista pode custar ao Corinthians a vice-liderança do Grupo C. Com três pontos, um a menos que o líder Bragantino, o Timão pode ser ultrapassado se o Mirassol vencer o Novorizontino no domingo.
O Corinthians voltará a jogar na terça-feira, às 19h30, na Neo Química Arena, no clássico contra o São Paulo, o primeiro da temporada. O São Bernardo jogará na quinta-feira, às 19h, contra a Inter de Limeira, fora de casa.
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