- Por Vinícios Cotrim | Redação da Central do Timão
Na última quarta-feira, 29 de maio, a Polícia Civil de São Paulo encerrou um inquérito aberto há cerca de um ano que visava investigar supostas ofensas racistas proferidas pelo conselheiro Manoel Ramos Evangelista, conhecido como Mané da Carne, em uma reunião do Conselho Deliberativo do Corinthians. A informação é do ge.globo.
O pedido de indiciamento foi feito pelo delegado João Batista Filogonio, do 52º Distrito Policial. O conselheiro vitalício do Corinthians está sendo acusado de cometer injúria racial contra os conselheiros Luiz Ricardo Alves e Marcio Moreira de Oliveira, dirigindo a ofensa “neguinho” durante a reunião.
Com a conclusão do inquérito e pedido de indiciamento, significa que a Polícia Civil encontrou motivos para apontar Mané da Carne como criminoso. O processo vai para o Ministério Público, que decide se leva a denúncia adiante ou arquiva o caso.
Manoel Ramos Evangelista não compareceu para prestar depoimento à Polícia na época da acusação, mas afirmou que teria dito “amiguinho” ao outro membro do Conselho. Um grupo de conselheiros testemunhou contra Mané, enquanto Gilmar Aparecido Iglesias Abrami e Jacinto Antonio Ribeiro, o Jaça, alegaram que não ouviram ofensas deste tipo.
O caso chegou a ser denunciado ao Conselho de Ética e Disciplina do Corinthians, mas até o momento não foi julgado. Com a eleição e a mudança de membros do Conselho, a denúncia deverá ser revisada, junto a todos os outros processos que estavam parados.
Em 2021 e 2022 também ocorreram casos protagonizados por Mané da Carne. O primeiro foi envolvendo a conselheira Analu Tomé, que alegou comentários machistas do vitalício em um grupo de WhatsApp. O segundo também aconteceu com uma conselheira, Susy Miranda Sanchez, que denunciou uma ameaça de Manoel. Ambas também foram retomadas pela nova direção do órgão.
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