Goleiro, que permaneceu no Timão até 2014, teve seu ponto alto em 2011
Uma das diversas coisas de que os corinthianos devem se orgulhar é de suas categorias de base. O clube tem o dom de formar jogadores vencedores. Um ótimo exemplo disso é o goleiro Júlio César. A cria do Terrão já acumula 13 títulos em toda sua carreira de profissional.
Formado nas categorias de base do Corinthians, o goleiro acumula nove títulos pelo Timão, entre eles, três títulos internacionais: Libertadores e Mundial de 2012 e Recopa de 2013. Em entrevista ao GloboEsporte.com, Júlio César relembrou início, momentos bons e ruins.
“A base do Corinthians foi fundamental. Cheguei em 2000 de um time pequeno e comecei a ter realmente um treinador de goleiro. Ali começou minha formação técnica. Tive momentos muito bons e muito difíceis, porque sempre que você troca de categoria não sabe o que vai acontecer. São tempos de incerteza, mas tive bons profissionais para me lapidar e graças a Deus consegui vencer”, disse.
Normalmente, quando os atletas sobem da base para o profissional, recebem poucas oportunidades. Júlio, por exemplo, jogou pela primeira vez em 2005, contra o Figueirense. Sua segunda oportunidade só foi acontecer em 2008, contra a Ponte Preta. Lembrando que neste meio tempo o goleiro não foi emprestado nenhuma vez.
Muitas pessoas pensariam em desistir, mas, aparentemente, isso não passou na mente do goleiro, que permaneceu no clube até se tornar um dos mais vitoriosos.
“Acho que o principal é a força de vontade, você não desistir jamais. Eu sou um goleiro não muito alto. Por isso, sempre teve um pé atrás das pessoas, mas isso nunca me freou. Um ponto positivo é sempre buscar a perfeição. É uma perfeição que não existe, mas eu sempre busquei isso na minha carreira. Tem a sua qualidade, técnica, tudo, mas os momentos ajudam”, relatou.
“Quando eu fui titular na Copinha de 2004, o Corinthians vinha de três anos eliminado na primeira fase. Eu dei sorte de estar em um grupo que conseguiu ser bicampeão. Ajuda a sua ascensão ao profissional, onde consegui estrear bem. Então é um conjunto de qualidade técnica e do momento certo”, finalizou.
Em 2011, foi o ponto alto do atleta no Timão. Titular em 33 jogos na campanha do penta do Brasileirão, uma das cenas mais marcantes foi quando Júlio teve fratura exposta, contra o Botafogo, aos 41 minutos do segundo tempo, mas seguiu em campo até o final da partida.
Por Matheus Fernandes / Redação da Central do Timão