Mesmo após carta de grupo de conselheiros do Clube pedindo que em respeito à situação sanitária do país, o Corinthians não entrasse em campo, o presidente Duílio Monteiro Alves não atendeu o pedido e levou os jogos do Timão ao Rio de Janeiro. Essa atitude foi muito criticada e cobrada pela oposição e pelos torcedores que saíram em defesa das tradições democráticas corinthianas.
A carta emitida pelos conselheiros lembrava que além da questão sanitária, que deveria ser respeitada, o Corinthians precisava dar exemplo e sinalizar que era o Time do Povo e se compadecia do sofrimento da população brasileira.
Os opositores questionaram também, o que eles chamaram de falta de pulso para ir contra as entidades do futebol brasileiro. O presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte, foi mais incisivo ao discordar do horário do jogo no Campeonato Paulista e cobrou mais debates sobre o assunto a cúpula da CBF. Algo que não foi feito pelo presidente corinthiano, segundo apuração do UOL.
Augusto Melo, um dos candidatos derrotados por Duílio na última eleição, está entre os que entendem que o presidente deveria ter tido uma postura mais firme diante da FPF e da CBF.
“O Corinthians sempre soube bater de frente pelo que é certo. O Corinthians precisa ter voz mais ativa, não poderia ter sido assim“, afirmou o opositor.
O receio da Globo não pagar cotas de TV referentes às transmissões dos jogos, se houver uma longa paralisação das competições como aconteceu no ano passado, é grande. E isso, ainda segundo o UOL, acabou influenciando na decisão do clube em aceitar jogos fora do estado.
Confira a resposta do Corinthians ao Blog do Perrone na Uol:
“O Corinthians vê com naturalidade que seus conselheiros manifestem democraticamente sua opinião, bem como setores da torcida preocupados com a situação do clube e do país. A esses, asseguramos que jamais jogaremos em disposição contrária aos órgãos de Saúde, respeitando sempre a ciência e a integridade física de nossa delegação.
Entendemos que o Corinthians alterou sua programação na última semana visando à realização de duas partidas, enquanto o clube mencionado tinha apenas um compromisso – que acabou realizado na mesma Volta Redonda que recebeu nosso jogo contra o Mirassol. Logo, não nos cabe opinar sobre como outros clubes devem gerir suas datas.
A atual diretoria reitera seu engajamento como parte da solução para o problema da pandemia: divulgamos campanhas em jogos e plataformas, promovemos a arrecadação de insumos e alimentos, a doação de sangue e abrimos a Neo Química Arena para vacinação em massa na zona leste, sempre seguindo os protocolos de saúde em vigor.
Por fim, é importante ressaltar que fomos eleitos com o compromisso de transformar o clube, mesmo diante de uma crise econômica agravada por outra, sanitária, de números cruéis e de futuro cada dia mais incerto. Lembramos que se trata de uma situação jamais enfrentada por nenhuma outra geração viva de dirigentes, o que requer coragem, ponderação e, acima de tudo, união de todos corinthianos.
Atenciosamente, Sport Club Corinthians Paulista”.
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