Um dos principais nomes alvinegros no século e grande destaque do último título nacional do Corinthians, Jô acredita que o técnico Fábio Carille encaixou um “quebra-cabeça” para fazer o time conquistar Paulistão e Brasileirão em 2017. O ex-atacante destacou que aquele elenco corinthiano não tinha jogadores renomados no futebol, mas contava com as peças necessárias para o esquema tático proposto pelo treinador.
“Eu falo que esse time (de 2017) foi um quebra-cabeça. Para montar um quebra-cabeça, você tem que encaixar uma peça na outra. Não tínhamos um elenco de grandes jogadores, mas tínhamos bons jogadores que se encaixavam no esquema tático que o Carille queria naquela época”, iniciou Jô, em entrevista ao Podpah, na noite da última terça-feira, 17.
Para Jô, as características dos titulares do Corinthians de 2017 se encaixaram perfeitamente, como os zagueiros Pablo e Balbuena, os laterais Fagner e Guilherme Arana e os volantes Gabriel e Maycon. Porém, o ex-centroavante lembrou que, quando algum titular estava ausente, o reserva que entrava não conseguia manter o mesmo nível na maioria das vezes. Mesmo assim, o time conquistou dois títulos na temporada.
“Ele (Carille) tinha as melhores peças para ele. Um bom volante que marcava muito bem, que era o Gabriel; o Maycon tinha subido da base com uma boa saída de bola; dois zagueiros bons, altos, Pablo e Balbuena; Fagner; Arana subindo… Então as características vão se encaixando. Rodriguinho…”, completou.
“A gente tinha alguns jogadores (reservas), mas era muita molecada. É diferente, porque a gente tinha os 11, era muito encaixado. Os outros que entravam, não eram a mesma coisa, a mesma pegada. Mas mesmo assim, conseguimos levar.”
Jô ainda revelou uma aposta que fez, na época, com Guilherme Arana. O ídolo corinthiano disse que pagava R$ 100 a cada caneta que o lateral-esquerdo aplicava nos adversários durante os jogos, algo que acabou servindo como um incentivo para o jogador, que dava seus primeiros passos no profissional.
“Eu pagava 100 reais para ele (Arana) a cada caneta. Gastei um dinheirinho (risos). Todo jogo o menino dava uma caneta, impressionante. Eu falava ‘que facilidade você tem para dar caneta’. E ele falava ‘eu dou caneta a hora que eu quiser’. Eu falei ‘então tá bom, cem pratas para cada caneta que você der’. Ele só chegava no armário e eu já botava o cenzinho dele. Eu fiz até brincando, e acabou sendo um incentivo“, lembrou Jô.
A aposta, de acordo com Jô, também quase foi feita com o meia-atacante Pedrinho, que havia acabado de ser promovido ao elenco profissional. Neste caso, o ex-centroavante pagaria R$ 100 a cada assistência do garoto. Pagaria, se não fosse por uma intervenção do ex-meia Jadson.
“Eu ia fazer (a aposta) com o Pedrinho, que estava subindo na época, de assistências. Só que ele estava surgindo e tinha o Jadson, que falou ‘se o Pedrinho é 100, eu sou 300’ (risos)“, finalizou.
Formado na base alvinegra, Jô defendeu o Corinthians em três passagens, sendo a última entre 2020 e 2022. Pelo Timão, foram 284 jogos, com 65 gols marcados, se tornando o maior artilheiro corinthiano no século XXI. Aposentado desde fevereiro de 2023, após rápida passagem pela Arábia Saudita, o ex-jogador conquistou os Brasileiros de 2005 e 2017 e o Paulistão de 2017 pelo clube.
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