Em entrevista recente, meia declara que pretende continuar jogando e sonha com despedida no Timão
O meio-campo Jadson atuou pelo Corinthians em duas passagens: a primeira, entre 2014 e 2015; e a segunda, entre 2017 e 2019. Anteriormente, o jogador defendia o rival São Paulo e chegou ao Timão envolvido em uma troca com o atacante Alexandre Pato.
Em 2015, sob o comando do técnico Tite, o atleta foi fundamental para a conquista do Brasileirão. Na sequência, transferiu-se para a China. Já no início de 2017, voltou para o Corinthians e ajudou o time a vencer o Paulista e o Campeonato Brasileiro daquele ano. Nas temporadas seguintes, participou de mais dois títulos estaduais.
Porém, em 2020, apesar de Jadson ainda ter um ano de contrato pela frente, o clube decidiu rescindir o vínculo com o jogador. Em entrevista para o Uol Esportes, o meia revelou a mágoa pela saída do Corinthians.
“Eu vi que o ano não estava sendo bom e pensei: ‘se eu não for bem, vão se aproveitar disso’. Foi o que aconteceu. Não fui tão bem e se aproveitaram. O treinador novo não me queria, mas tenho certeza de que por trás tinham pessoas que também não queriam que eu ficasse lá no Corinthians”, revelou Jadson.
Jadson foi categórico ao afirmar que ainda se sentia capaz de defender a camisa do Corinthians. Nesse sentido, revelou a espera por um jogo de despedida.
“Minha motivação é mostrar que eles estavam errados e que eu ainda poderia atuar com a camisa do Corinthians. Quero receber o carinho da torcida e ver como eu e o Ralf éramos queridos”, completou o jogador.
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Ao voltar da China para o Corinthians em 2017, o jogador se deparou com o título de ‘quarta força’. A denominação foi dada ao clube por comentaristas de algumas emissoras, acreditando que os outros grandes de São Paulo estariam à frente do Timão para a disputa dos campeonatos.
“Esse negócio de quarta força mexeu um pouco com o brio de cada um. A gente foi para cima e terminou campeão”, contou Jadson, referindo-se ao ano de 2017.
Apesar dos títulos daquela temporada, o time de Fábio Carille enfrentou críticas pelo estilo de jogo. Muito seguro na defesa, o treinador formou uma equipe que ganhava muitas partidas por 1×0, criando o estigma de ‘jogo feio’. O meia rechaçou esse tipo de comentário.
“Muita gente criticou, falando que a gente jogava feio. Mas jogava feio e vencia. 1 a 0, 1 a 0, 1 a 0, mas eram três pontos. O que vale no futebol é a vitória. Não adianta querer jogar bonito, futebol moderno, futebol inovador e não vem resultado. A pressão vai ser bem maior. Nossa equipe estava fazendo arroz com feijão, mas conseguiu um título importante”, citou Jadson, que ainda falou da amizade com o ex-técnico do Timão, Fábio Carille.
“O Carille é um cara especial na minha vida. Ele me ligou e disse: ‘Jadson, eu quero você aqui. Estou precisando que você volte. Você vai entrar, vai se encaixar no meu jogo’. Ele é um cara sensacional, ouvia bastante os jogadores, dava espaço para todo mundo falar”, complementou o jogador.
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Em sua passagem pelo Corinthians, Jadson conviveu com uma certa fama de ‘baladeiro’. O jogador era muitas vezes veiculado em fotos com bebidas alcoólicas nas redes sociais. O meia declarou lidar bem com as ‘zoeiras’ na internet:
“Eu sempre levei de boa, sempre fui muito brincalhão. As críticas que vinham eu trazia para o lado positivo. Abalar, ficar nervoso com esse negócio, jamais. Sou um cara tranquilão”, disse o jogador, que também defendeu o direito de se divertir.
“Eu bebo uma cervejinha, mas não vou para balada, não fico fazendo festa até 4h da manhã na rua. As pessoas têm que saber diferenciar. Isso faz parte da vida. Tem que saber diferenciar a parte profissional da parte familiar para poder viver também. Senão você morre e tem que enterrar o dinheiro junto com você e nem viveu a vida”, completou Jadson.
O jogador, que completa 37 anos em outubro deste ano, declarou que ainda se sente preparado para jogar futebol. Jadson chegou a ser cogitado no Coritiba, mas as negociações não avançaram.
“Enquanto conseguir jogar bem e sem lesões, vou indo. Mas se me machucar muito e não conseguir atuar bem, aí em dois ou três anos já começo a pensar em cuidar das minhas coisas e seguir a minha vida”, disse Jadson, que revelou propostas de dentro e fora do Brasil.
“Estou no aguardo das negociações, porque tudo parou por causa da pandemia. Se for uma coisa boa, poderia ir para o Oriente Médio, mas ainda penso em seguir jogando aqui no Brasil. Minha família já está estabilizada, está todo mundo aqui”, revelou o jogador em sua entrevista ao Uol.
Por: Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão
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