Campanha invicta, goleada e poucos gols sofridos; relembre a conquista nacional de 1995
No dia 21 de junho de 1995, o Corinthians entrava em campo no antigo Estádio Olímpico para enfrentar o Grêmio, em Porto Alegre. Após vencer o primeiro jogo da final em casa, por 2×1, o Timão poderia até empatar para colocar as mãos na taça da Copa do Brasil, até então inédita em sua história.
Para a finalíssima, o Corinthians chegava invicto nos nove jogos: sete vitórias e dois empates. Além disso, a equipe havia sofrido apenas três gols e marcado outros 21 tentos. Só no jogo da volta pelas semifinais, o time aplicou um 5×0 sobre o Vasco, com direito a hat-trick de Viola.
Apesar de ter começado o torneio com o saudoso técnico Mário Sérgio, o Corinthians substituiu o comandante já na segunda partida da competição. Eduardo Amorim, auxiliar de Mário, assumiu o time, participando das conquistas da Copa do Brasil e do Paulistão, que viria na sequência, já em agosto.
O torneio também marcou um fato curioso: a primeira vez do Timão no Acre. O Corinthians foi a Rio Branco enfrentar os donos da casa, e venceu por 3×0 o confronto válido pela ida das oitavas-de-final.
Em entrevista à TV Globo, Marcelinho Carioca lembra que a caminhada do Corinthians foi difícil até chegar na partida contra o Grêmio, enfrentando grandes adversários. O ‘Pé de Anjo’ sagrou-se artilheiro da competição, com seis gols. O ex-camisa 7 também destacou o clima no estádio Tricolor.
“Na primeira final da Copa do Brasil, tinham 39 mil pessoas no Pacaembu nos empurrando. A semana foi uma loucura, doideira, e aí a gente sabia que estava formando uma equipe fadada a ser campeã. Depois, chegamos lá e conquistamos a Copa do Brasil em cima de 63 mil gremistas. Os caras indo jogar pedra no hotel. Você acorda às 3h da manhã. Apedrejaram ônibus, não queriam deixar a gente descer no campo. Então, nós vencemos todas as barreiras possíveis e a gente se tornava cada vez mais forte”, citou Marcelinho.
Apesar de estar na final, o Corinthians não figurava entre as principais equipes nem do futebol paulista. A conquista da disputa da decisão veio com muita luta, marca principal daquele time de 1995. E assim foi na partida contra o Grêmio de Felipão, que insistia nas tentativas sobre o Timão.
Porém, o Corinthians soube suportar a pressão, segurando os ataques de nomes como Paulo Nunes, Luís Carlos Goiano e Jardel. O gol saiu só aos 27 do segundo tempo, dos pés do artilheiro, Marcelinho Carioca. Com o tento, o Timão ficou mais próximo do título, já que precisaria sofrer uma virada para perder a taça.
E não aconteceu. Novamente sabendo se portar perante à dificuldade do jogo, o Corinthians saiu do Olímpico com a taça inédita e invicta.
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