O espírito de luta e a valentia, marcas sempre muito presentes no Timão, podem muito bem ser simbolizadas pela figura de D’Artagnan
O dia 1º de maio de 1929 foi especial para o Corinthians. Há 92 anos, a equipe conquistou sua primeira vitória em uma partida internacional, ao derrotar o Barracas da Argentina por 3 x 1, na Fazendinha, em uma partida marcada pela raça e vontade dos dois times.
No dia seguinte ao jogo, o jornalista Thomaz Mazzoni, em uma crônica para o jornal ‘A Gazeta’, escreveu sobre a “fibra de Mosqueteiro” do time que também era o bicampeão paulista de 1928/29 (que se tornaria tricampeão em 1930), formado por Tuffy, Grané e Del Debbio; Nerino, Guimarães e Munhoz; Filó, Apparício, Gambinha, Rato e De Maria. Cabe lembrar que o trio formado por Tuffy, Grané e Del Debbio, também é conhecido como “Os Três Mosqueteiros”.
No mesmo ano, o Mosqueteiro voltou a aparecer quando A Gazeta criou diversos mascotes aos times paulistas. O espírito de luta e a valentia do Timão, que são marcas registradas do Alvinegro, fez com que o Mosqueteiro se tornasse o mascote oficial do clube até hoje.
De acordo com o Almanaque do Timão, do jornalista e historiador Celso Dario Unzelte, existe uma versão anterior da origem do Mosqueteiro. Em 1913, três anos após a fundação do Corinthians, uma cisão no Campeonato Paulista gerou os torneios da APEA e da Liga.
Em seu primeiro torneio fora da várzea, o Corinthians ganhou a oportunidade de disputar a Liga Paulista de Futebol (LPF), ao lado de outros três clubes, apelidados de “Três Mosqueteiros”: Americano, Germânia (atual Esporte Clube Pinheiros) e Internacional.
Para entrar na liga o Timão precisou vencer o Minas Gerais (representante do Brás) e o FC São Paulo (representante do bairro do Bixiga), times também da várzea. Com a vaga, o Corinthians se juntou aos outros Mosqueteiros, tornando-se o ‘D’artagnan’. A partir disso o Mosqueteiro se tornou a mascote do clube. Porém, faltam registros da época dessa versão, onde ela só aparece reproduzida em textos das décadas seguintes. Além do fato do Campeonato Paulista da LPF de 1913 ter sido disputado por cinco clubes e não por quatro, pois ainda havia o Ypiranga.
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