O ídolo foi o símbolo de um jogador que representou uma grande época para o Corinthians e serve de exemplo para as novas gerações; neste dia em que completaria 90 anos, a Central do Timão conversou com sua filha Patrícia de Macedo Trochilo; confira a entrevista exclusiva
Luizinho, que começou sua carreira em 1943, no infantil do Corinthians, só a encerraria em 1967. Não fosse pela passagem de aproximadamente um ano pelo Clube Atlético Juventus, teria jogado pelo Corinthians 24 anos ininterruptos. O Pequeno Polegar tem uma das mais lindas histórias de amor ao Timão. Daquelas que emocionam até os que não torcem pelo alvinegro.
Vestiu a camisa do clube do Corinthians por 589 vezes, vencendo 359 delas. Disputou 280 partidas pelo Campeonato Paulista, 93 jogos pelo Torneio Rio-São Paulo, 186 amistosos e 64 jogos internacionais. Foi o jogador que mais títulos e troféus ganhou para o Timão. Luizinho conquistou 21 títulos com a camisa alvinegra. Seu gol mais importante foi o marcado contra o Palmeiras em 1954, que deu ao Corinthians o título de Campeão do IV Centenário.
Em 17 de janeiro de 1998, Luiz Trochillo morria e talvez com ele tenha morrido uma fase que jamais voltará ao nosso futebol: a fase da arte, da ética e do amor à camisa, em que o jogador iniciava e terminava sua carreira num mesmo clube. Uma época romântica em que um craque acharia impossível vestir uma camisa de cor diferente.
Sua filha, Patrícia de Macedo Trochilo, falou de forma exclusiva com a Central do Timão e contou um pouco sobre a relação de Luizinho com a Fiel, a família, os amigos, e como ele e sua família sempre foram tratados com distinção pelo clube. Confira.
CdT – Como era a relação do Luizinho com os torcedores, ele sabia o tamanho que tem na história do Corinthians?
“A influência foi muito grande. Isso reflete diretamente na torcida, que até hoje faz comentários apaixonados sobre seus dribles e lances espetaculares. Ele sabia que era respeitado por todos, e sempre manteve a humildade.“
CdT – Como era o Luizinho fora dos gramados, a relação com os amigos e família?
“Sua relação com os amigos era de grande respeito e admiração. Além de ser ídolo, era um homem bom, que se preocupava com todos. Na família, amava sua esposa e filhos. O tempo que tinha nas folgas passava em casa, dando atenção, amor e carinho. Sempre nos deu bons exemplos de como ser um homem de bem.“
CdT – Na sua opinião, qual é o legado de Luizinho?
“Seu legado foi sua vontade de sempre querer vencer, ele passava isso tanto para a família e amigos como para os futuros jogadores. Era habilidoso no ataque, com um toque de genialidade, e jeito moleque que inspirava todos, não só os companheiros do Corinthians, mas também seus adversários. Com certeza deixou um grande exemplo de como se deve jogar futebol com garra, mas sem perder os momentos de diversão que o esporte proporciona.“
CdT – Como o clube tratou o Luizinho após sua aposentadoria, e trata a família nos últimos tempos?
“O clube sempre tratou ele e a nossa família da melhor maneira possível. Nunca somos esquecidos, recebemos convites para os principais eventos do Corinthians.“
CdT – Vocês da família do Luizinho costumam ir nos jogos na Arena?
“A Arena Corinthians é um símbolo de conquistas do nosso time, uma extensão da casa de cada corinthiano. Nós costumamos frequentar a Arena, e passamos momentos inesquecíveis lá, que fazem recordar nosso pai. Estar em jogos nesse estádio é emocionante e gratificante. Vamos sempre que possível.“
Por Redação da Central do Timão
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