Há 55 anos, no dia 28 de abril de 1969, Lidu, lateral-direito, de 22 anos, e Eduardo, ponta-esquerda, de 24, morreram em acidente de carro na Marginal Tietê, voltando de um restaurante após o jogo contra o São Bento pelo Campeonato Paulista, que terminou empatado por 1 x 1.
A delegação corinthiana saiu de Sorocaba à noite, de ônibus, e seguiu para o Parque São Jorge. Lá, parte do grupo decidiu jantar em um restaurante no bairro de Santana. No retorno, Lidu, que havia tirado a carteira de motorista quatro meses antes, perdeu o controle de seu Fusca bege na altura da Ponte da Vila Maria, na Marginal do Rio Tietê.
O acidente comoveu o país. O velório, que aconteceu no Parque São Jorge, teve aproximadamente 30 mil pessoas, entre torcedores e personalidades do esporte. O corpo de Lidu seguiu para Presidente Prudente (SP), enquanto o corpo de Eduardo foi levado para o cemitério do Caju, no Rio de Janeiro.
Ao todo, Lidu jogou 36 partidas pelo Timão (com 24 vitórias, seis empates e seis derrotas). Já Eduardo fez 71 jogos (com 44 vitórias, 12 empates e 17 derrotas) e 15 gols com a camisa do clube.
Em 1969, pela primeira vez em 14 anos sem ser campeão Paulista, o Corinthians fazia uma ótima campanha. Havia vencido todos os quatro clássicos do primeiro turno, contra Palmeiras, Santos, São Paulo e Portuguesa, e liderava o campeonato com folga.
Mas naquele ano o regulamento mudou, deixou de ser por pontos corridos, e no quadrangular final, sem os dois jogadores que morreram, o time naufragou e perdeu todos os jogos que disputou, ficando em último lugar do grupo. O Santos foi o campeão Paulista daquele ano.
Uma história curiosa envolve o acidente na Marginal Tietê. Como o Paulistão daquele ano tinha data limite para a inscrição de jogadores, e o prazo para o registro já havia se encerrado, o Corinthians pediu à Federação Paulista de Futebol (FPF) a inscrição de dois atletas para substituírem Eduardo e Lidu. O regulamento dizia que todos os clubes deveriam aceitar o pedido do Timão, pois a decisão teria de ser unânime. Porém, o Palmeiras foi o único clube contra o pedido do rival, impossibilitando a inscrição.
Irritado, Wadih Helu, presidente do Corinthians, teria chamado os dirigentes do Palmeiras de ‘porcos’, afirmando que os cartolas do alviverde tiveram espírito sujo.
Segundo o historiador Celso Unzelte, no entanto, o apelido já existia antes deste episódio. Os são paulinos já chamavam os palmeirenses de porcos desde os tempos da Segunda Guerra Mundial, por serem italianos. Em 1969, os corinthianos fizeram o apelido pegar.
Na partida seguinte entre os dois times, os torcedores alvinegros soltaram um porco no campo do Morumbi antes do jogo. Enquanto o suíno corria, assustado, os corintianos entoavam o coro de “porco! porco!”.
O apelido ficou marcado de forma odiosa no Palmeiras por muitos anos, mas a história começou a mudar em 1983. Naquele ano, após uma partida do alviverde em Taquaritinga, no interior de São Paulo, um torcedor corinthiano, Titinho Libanori, vestiu um porco com uniforme alviverde e soltou no campo onde o Palmeiras enfrentava o CAT, Clube Atlético Taquaritinga.
A partir dali, o marketing do alviverde teve a ideia de assumir o apelido pejorativo e transformá-lo em um mascote do clube.
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