No dia 20 de agosto de 1978, o Corinthians enfrentou o Santos pelo Paulistão e empatou pelo placar de 1 x 1. Em campo, um dos maiores ídolos de sua história, Sócrates, estreava com a camisa Alvinegra e viria a se tornar o símbolo de toda uma geração de corinthianos.
Líder dentro e fora de campo, sua inteligência era notada no trato com a bola, passes precisos, visão de jogo como poucos, um calcanhar incomparável. Assim o meia conduzia o Timão às vitórias e conquistas. No Corinthians foram três os Paulistas de 1979, 1982 e 1983.
Sócrates Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, natural de Belém-PA, antes de vir para o Corinthians, começou a carreira profissional no Botafogo-SP, em 1974, clube em que marcou 101 gols em 269 partidas.
Também era chamado de Calcanhar de Ouro, Magrão e Doutor. O meia se formou em Medicina, na cidade de Ribeirão Preto. Além de atleta e médico, Sócrates também se interessava por política. Foi um dos líderes da Democracia Corintiana, movimento que, em plena Ditadura Militar, criou uma estrutura no time em que jogadores e outros profissionais tomavam juntos as principais decisões da equipe.
Com o manto alvinegro foram 298 jogos, 172 gols e três Campeonatos Paulistas conquistados (1979, 1982 e 1983). O eterno camisa 8 ainda brilhou na Seleção Brasileira: foram 63 partidas, 25 gols e duas Copas do Mundo disputadas no currículo (1982 e 1986).
Sócrates faleceu na manhã de 4 de dezembro de 2011, mesmo dia em que a Fiel vivia a expectativa da 38ª rodada do Campeonato Brasileiro, quando o Corinthians sagrou-se pentacampeão Brasileiro, contra o Palmeiras.
Naquela partida, houve um minuto de silêncio em homenagem ao Doutor, e jogadores e 40 mil torcedores prestaram homenagem reproduzindo a famosa comemoração com o braço levantado e o punho cerrado.
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