Palinha jogou 148 partidas pelo Alvinegro entre 1977 e 1980, sendo bicampeão Paulista
Wanderley Eustáquio de Oliveira, o Palhinha, como todo bom mineiro, é pacato e de poucas palavras. Foi assim que chegou a São Paulo no início de 1977, sentindo a grandeza da maior cidade da América do Sul e jogando em um clube de massa, mesmo vindo de uma metrópole como Belo Horizonte e de um clube grande como o Cruzeiro.
Na verdade o que impressionou Palhinha é chegar a um time de tamanha grandeza, que há mais de 20 anos não vencia um título estadual, diferente da situação que vinha jogando em uma equipe que sempre vencia o Campeonato Mineiro.
O presidente Vicente Matheus apostou suas fichas em uma das mais caras contratações da época.
Sua estreia não foi das melhores, perdendo no Morumbi por 3 X 0 para o Guarani de Zenon e Renato, em 27/03, o que custou a demissão de Duque, o treinador do famoso jogo da invasão.
Logo em seguida vem Oswaldo Brandão para assumir o comando, um velho conhecido, campeão paulista do IV Centenário de São Paulo, o último título estadual até então.
Brandão teve grande influência no desempenho de Palhinha, que foi um dos destaques da competição.
No primeiro jogo decisivo contra a Ponte Preta, realizado no Morumbi na noite de 05/10, Palhinha faz o primeiro gol da liberdade corinthiana. Recebe um lançamento preciso de Adãozinho e na corrida chuta em cima de Carlos, com o tiro violento sendo rebatido pelo goleiro, com a bola batendo em seu nariz, entrando no arco adversário fazendo com que sua dor pela pancada apague a dor da Fiel Torcida, que mais uma vez volta a acreditar que será campeã.
Um gol de nariz ou de cara como alguns dizem, que foi a cara da torcida corinthiana.
Palinha jogou 148 partidas pelo Corinthians entre 1977 e 1980, fazendo 44 gols e levando os campeonatos Paulistas de 1977 e 1979. Em 1989, seria também técnico do Timão.
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