Não é novidade para ninguém que os meio-campistas Roni, de 23 anos, e Giuliano, de 32, vivem uma relação pessoal bastante próxima dentro do Corinthians. Há cerca de um mês, o volante disse que sempre busca aprender com o veterano e o enxerga como “pai e mentor”. Mas como surgiu essa forte ligação entre os dois jogadores? De acordo com camisa 11, tudo começou logo após sua chegada ao clube, em julho de 2021.
“Quando nos conhecemos, ele (Roni) tinha vontade de falar comigo, mas não tinha coragem. Quando cheguei em 2021, viajamos para jogar contra a Chapecoense, sentei com os meninos na mesa e comecei a falar de investimento. Começou aí. No ano seguinte, o Roni falou: ‘preciso andar mais com esse cara’. Aí comecei a falar sobre outras coisas, coisas emocionais que eu vivi”, explicou Giuliano, em entrevista ao LANCE!.
“O Roni não lia, aí ele começou a ler, investir, se autoconhecer. Quando ele cresceu, ele viu que eu fui um pai para ele porque estava tudo dentro dele, e eu só instiguei, e ele se descobriu. Isso explodiu a cabeça dele, e eu passo isso para os meninos”, complementou.
Os conselhos de Giuliano fizeram Roni passar de criticado a titular do Corinthians com Fernando Lázaro. Por isso, outros garotos do elenco, como Adson, Matheus Araújo, Giovane, Matheus Donelli e Bruno Méndez, além do português Rafael Ramos, começaram a se aproximar do meio-campista. Ele, inclusive, acredita que essa é sua principal função no clube fora do campo.
“Hoje a minha função no Corinthians, além de ser jogador, é estar em contato com os mais novos e aconselhar.”
“O Roni foi o primeiro, digo que ele é a minha cobaia (risos). Uso ele como exemplo porque está tendo resultado imediato, era alguém que não fazia, começou a fazer, deu certo, desenvolveu e está dando resultado. Só sento na mesa com os meninos porque é onde quero fazer a diferença. Eles querem falar de videogame, e eu digo que precisam investir. Tem bastante gente perto porque eles viram resultado”, concluiu Giuliano.
Giuliano vem sendo importante no Corinthians não só fora das quatro linhas, mas também dentro de campo. De volta ao time titular em 2023, agora atuando como volante ao lado de seu “filho” Roni, o meio-campista está perto de completar 100 jogos com a camisa alvinegra – atualmente são 96. A tendência é de que o camisa 11 atue mais uma vez contra o Santo André, neste sábado, às 18h30, na Neo Química Arena.
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