Jogador dá entrevista exclusiva para a Central do Timão, fala sobre a carreira e detalha rotina na quarentena; confira
Guilherme Vicentini Castellani chegou ao Corinthians aos 13 anos de idade, um mês antes de completar 14, para jogar pelo sub-15 do clube. Ainda nas categorias de base, disputou diversos campeonatos, como o Brasileiro e o Mundial da categoria.
Já atuou em três Copas São Paulo, desde 2018, jogando como titular em 2020 na equipe comandada por Dyego Coelho. Agora no profissional do Corinthians, o jogador conversou com a redação da Central do Timão.
Central do Timão: como é treinar ao lado de Cássio e Walter?
Guilherme: é um sonho e uma grande honra. Todo dia muito aprendizado. São espelhos, referências para a gente. Ídolos também, sem dúvidas. É uma sensação muito boa, até difícil de descrever. A gente acaba vendo nosso ídolo virando nosso companheiro, nosso amigo. Eles são muito parceiros, sempre ensinam o que conseguem, dão atenção quando a gente precisa. A nossa parte é aproveitar e aprender com o exemplo deles.
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Cdt: como foi a transição da base para o profissional? O que mais mudou?
Guilherme: é um processo de adaptação. Os jogadores do profissional já são mais fortes, a velocidade do jogo é mais rápida. Há uma cobrança maior, tem que errar menos, ser mais concentrado. É uma adaptação, por mais que no sub-20 você já encontre grandes jogadores que batem bem na bola e são fortes. No profissional, o grau de dificuldade aumenta.
CdT: como tem sido realizar os treinamentos em casa?
Guilherme: o clube passou toda uma planilha para a gente. Somos bem monitorados, há estratégias de treino para cada momento desta quarentena. Treinos adaptados para cada jogador, cada necessidade. A gente realiza em casa mesmo com o que tem. Eu não tenho muito espaço na minha casa, então mandaram um treino adaptado para que eu consiga fazer o melhor. Cada um vai seguindo o seu treino, tudo bem acompanhado. A gente também sempre dá o feedback para o Corinthians. Também tem o acompanhamento nutricional. A Cris (nutricionista) sempre acompanha. Agora com a mudança de temperatura, clima mais frio, ela orienta para manter a alimentação e voltar bem.
CdT: o goleiro precisa de treinos bem específicos para o reflexo e para a velocidade. Como treinar isso em casa?
Guilherme: o goleiro vai mudar bastante em relação ao treino específico com bola. Na parte física, de trabalho de força, de academia, é parecido com os outros jogadores. A planilha que é passada também tem trabalhos que os goleiros já fazem normalmente. Essa parte física a gente consegue trabalhar junto com os atletas de linha. A gente está bem acompanhado pelo treinador de goleiros. Então, se tiver alguma coisa ou outra que ele possa, está ajudando. Sempre que ele vê um treino diferente, ele manda para a gente.
CdT: vocês já têm projeção para a volta? Receberam algum planejamento?
Guilherme: não tem nenhuma data, mas o clube está se preparando, tentando encontrar estratégias. Obviamente, obedecendo as regras da OMS, o clube não vai passar por cima disso. Tivemos uma conversa de como seria um possível retorno, fazendo testes em todo mundo. Uma série de cuidados necessários para que a gente possa voltar bem e o mais rápido possível, dentro do que é liberado. Mas data ainda não tem.
CdT: qual seu recado para a torcida?
Guilherme: a Fiel pode esperar que, na nossa volta, vamos voltar melhor, vamos voltar com garra, sem dúvidas. Acredito que isso nunca faltou para a gente. Podem se preparar que virão grandes coisas ainda. Infelizmente, os portões não estarão abertos para a torcida. Vai fezar muita falta, mas a gente não vai deixar de correr. Vamos fazer acontecer.
Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão
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