- Por Eduardo Costa / Redação da Central do Timão
Nesta quinta-feira (22), Silvio Almeida foi nomeado como Ministro dos Direitos Humanos. Um fato curioso sobre o novo encarregado do Ministério é que o seu pai, Lourival de Almeida Filho, foi goleiro do Corinthians na década de 1960.
Barbosinha, como era mais conhecido, atuou no Corinthians entre 1967 e 1968. Pelo Timão, o arqueiro disputou 34 jogos, todos como titular, e sofreu 33 gols.
Lourival ganhou o apelido de Barbosinha por ser seguro e elástico, um estilo muito parecido com o de Barbosa, o goleiro da Seleção que foi execrado do futebol pela derrota do Brasil para o Uruguai, na Copa do Mundo de 1950. Como Barbosa, o goleiro corinthiano também era negro.
O goleiro ficou marcado negativamente após a derrota por 2 x 0 para o rival Palmeiras, que resultou na eliminação do Timão no Paulistão de 1967. O último jogo de Barbosinha foi um amistoso contra o Bahia de Feira, o qual a equipe venceu por uma goleada de 7 x 0.
Em 20 de outubro de 2015, aos 74 anos, Barbosinha acabou falecendo devido a um câncer.
Em entrevista ao Troca de Passe, do SporTV, em 2020, Silvio Almeida falou sobre a importância do futebol em sua família para a sua formação como pessoa e político. “O futebol é uma coisa contraditória e complexa. No futebol, você tem forças e energias fundamentais para a luta antirracista. Se não fosse o futebol, eu não estaria aqui. Eu sou um professor de Direito, mas o futebol permitiu que meu pai construísse algo para me dar possibilidades de estudar“.
“Ao mesmo tempo, o futebol é atravessado pelo que tem de pior na sociedade, como o racismo. Por que meu pai teve o apelido de ‘Barbosinha’ – por causa do goleiro da seleção, o Barbosa*. E eu notei que o apelido do meu pai era por conta de eles serem negros. E meu pai não herdou apenas o apelido, mas o estigma sobre os goleiros negros“, completou
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