Reunidos via online, presidentes buscam soluções que minimizem os prejuízos dos clubes e não desfavoreçam os atletas
Não é só o torcedor que sofre com a paralisação do futebol devido ao Coronavírus. A Comissão Nacional de Clubes se reuniu online nesta última sexta-feira (20), para estudar as propostas de redução do impacto da diminuição das receitas dos clubes.
Dirigentes de Fluminense, Atlético, Grêmio, Palmeiras e Bahia, da Série A, e Avaí e Paraná, da B, estiveram presentes para discutir a geração de receitas e pagamentos dos atletas. As principais propostas visaram a negociação com sindicatos para que um acordo na Justiça do Trabalho fosse homologado. O assunto mais recorrente foi o das férias dos atletas:
Conceder imediatamente a todos os atletas 30 (trinta) dias de férias coletivas com início em 23/03 e término em 21/04, antecipando qualquer período de férias proporcionais que os atletas venham a adquirir durante o restante de 2020, em qualquer clube que venham a jogar ainda em 2020. Todavia, apesar de antecipar para agora os 30 dias de gozo, o pagamento das férias seria diferido, sendo 50% do valor agora, a ser pago pelo atual empregador e os outros 50%, com o 1/3 integral, a ser pago até 31.12.2020.
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Se o atleta trocar de clube antes de 31.12.2020, o novo clube ficará responsável pelo pagamento dos 50% restante, bem como de 50% do 1/3, cabendo ao Clube atual, quando da rescisão, pagar sua parte dos 50% do 1/3.
Dessa forma, haveria uma uniformização do calendário e o gozo de férias do atleta por determinado clube afastaria o direito ao gozo por eventual novo empregador, vez que todos os dias de férias de 2020 serão antecipados
Após férias coletivas, não sendo possível a volta dos campeonatos, redução da remuneração (CLT e imagem) em 50% por 30 dias, com treinamento em casa.
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Após 30 dias de redução da remuneração, mantendo a impossibilidade de competir, suspensão do contrato de trabalho até que se retomem as atividades, com a prorrogação dos prazos dos contratos pelo período de suspensão.
Contratos que se encerrem neste período serão prorrogados até a data final dos estaduais.
Além dos clubes participantes, as propostas devem englobar todos os times das quatro séries nacionais e outros clubes pequenos estaduais. Pensando no tamanho do impacto que o calendário pausado já gerou e ainda pode gerar, estuda-se com a CBF e os sindicatos a possibilidade de uma abertura de linha de crédito para o pagamento da folha salarial de clubes menores.
Enquanto nada se define, uma nova reunião está marcada para a próxima semana.
Por Anthonio Delbon/Redação da Central do Timão
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